quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Fabio Lopez

Em 1996, entrei para a Escola Superior de Desenho Industrial e conheci o Fabio. Sua loucura sempre foi evidente (rsrs); e o resultado de seus trabalhos, incríveis. Podíamos sempre esperar algo diferente vindo dele. E, se ser designer é pensar em respostas diferentes para uma questão, o Fabio com certeza é designer. Além disso, me parece ser um apaixonado por isso.

Nunca vou esquecer do livro que ele fez com fotos tiradas de cadáveres. Pertubador, mas ao mesmo tempo, sensacional. Sua veia tipográfica já se mostrava latente.


Chegamos a fazer alguns trabalhos juntos e até fomos parados por policiais! Sua monografia de conclusão de graduação era um livro sobre tipografia... tão foda... mas tão foda... que sugeriram sua publicação!

Nos formamos em 2000. De materiais para a indústria da moda (eu tenho uma camisa dele!) a adesivos de decoração, Fabio se jogou no design (e na corrida). Aventurou-se no mestrado para soltar ainda mais a cabecinha de gênio. Palestras, cursos, tipografias premiadas... eu nem sei o que esperar de sua dissertação. No mínimo, genial.


E o que dizer de sua piração em novembro de 2007... o War in Rio! O maluco apareceu de bigodão na TV e ainda foi matéria de praticamente todos os jornais. Coloque o nome dele no Goggle que vocês ainda acharão muitas coisas sobre isso. Mas se vocês quiserem entender mesmo a idéia, leiam o blog que ele construiu sobre o jogo.

A 9ª Bienal da ADG terá a honra de ter dois de seus trabalhos: War in Rio na categoria vernacular e regional, levando um pedacinho do Rio pra exposição, e o cartaz Rethink Consumption na categoria manifesto, selecionado pelo portal designboom na mostra Love your earth, depois de já ter passeado em Tokyo e Seoul.

Ficou claro, então, que sou fã. Fã mesmo. Daqueles que acha qualquer coisa feita por ele sensacional. Me orgulho de dizer que te conheço! Obrigado por existir, Fabio! HAHAHAHA
Eu e Fabio fazendo pose no 1º ano da ESDI.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

I'm back from Búzios! Estou de volta de uma viagem revigorante ao balneário carioca que encantou Brigitte Bardot. Muito sol, muito peixe e muita gente bonita. Só que estava cheio demais! Nunca vi Búzios tão lotada. Mas fiquei numa pousada bem localizada e consegui fugir da loucura de Geribá para outras praias bem lindas.

Agora, já posso viver o ano de 2009 cheio de coisas novas com novos prefeitos e Obama no poder. É ano do Sol, do Boi e de Oxóssi, mas ainda não sei o que quer dizer isso, mas tenho certeza (hã? rsrs) que está bom pra mim!

Infelizmente me deparei com as chuvas que ainda castigam o Brasil (dá um tempo, São Pedro! Mas também não precisa mandar uma seca daquelas!) e com a maldita guerra na Faixa de Gaza que nem merece comentários mais desenvolvidos porque acho complicada, burra e presa a um passado contestável.

Mas como todos sabem, a esperança é a última que morre. E decidi seguir a música de Geraldo Vandré (Pra não dizer que não falei de flores), que, na minha opinião será o lema do ano: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Em 2009, a hora é minha.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

2009

Datas festivas deveriam ser motivos para trégua

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914), alemães, franceses e ingleses se juntaram em coro para cantar "Noite Feliz" e jogar uma partidinha de futebol (leia mais sobre isso aqui). Mas, no natal de 2008, a humanidade dá uma lição de retrocesso: peguem os jornais e vejam o que está acontecendo em Israel. Acho absolutamente lamentável que certas coisas não sejam resolvidas... e, pelo jeito, nunca serão. É assim que cuidamos do mundo?

sábado, 27 de dezembro de 2008

Burle Marx permanente

Aproveitei o distanciamento de quase uma semana para poder falar da exposição que participei: Roberto Burle Marx – A permanência do instável, no Paço Imperial do Rio de Janeiro.

Foram três meses envolvido nesse imenso projeto (que levou três anos para ser concebido e provavelmente ainda terá mais um mês cuidando de consertos) que aborda não só o lado conhecido de paisagista de Burle Marx, mas também de seu lado artista. Jóias, muranos, pinturas modernas, cenários, figurinos, tapeçarias são algumas das obras que vemos nessa exposição que inicia as comemorações pelo centenário de Roberto.É interessante ver esse lado desconhecido de Burle Marx. Todo o primeiro andar da exposição cobre essa cronologia artística, onde possível ver uma interessante trajetória estilística. As jóias e os muranos são surpresas ótimas. Na passagem do primeiro para o segundo andar ainda vemos cerâmicas e tecidos feitos por ele.
O segundo andar aborda o conhecido: seus projetos paisagísticos que dão nome a exposição. E descobre-se que não são tão instáveis e também não tão conhecidos assim. Os projetos internacionais de Burle Marx são incríveis e vão da Venezuela a Malásia! O Rio de Janeiro tem uma sala própria onde Copacabana e o Aterro do Flamengo se sobressaem. Residências particulares do mundo inteiro também aparecem. Esse andar termina com seu lado botânico (uma lista de plantas descobertas ou homenageadas a ele, com uma ilustração de Margareth Mee) e seu lado intimista (fotos de seu sítio, desenhos pessoais, quadros da família pintados por ele e uma entrevista).É claro que não poderia faltar um jardim. O Escritório Burle Marx Cia. montou um jardim a la Burle Marx no pátio, com direito a bromélias em esculturas de metal e grande variação de cores.Como é possível perceber, a exposição é bem grande e até mesmo cansativa. Mas vale muito a pena ver o trabalho de Burle Marx tão bem reunido. A exposição fica até 22 de março de 2009 ou seja, muito tempo pra ver e rever. Detalhes sórdidos dos bastidores, só em particular! hehehe