Depois do incrível filme Ilha do Medo que falei ontem, descobri que, em uma entrevista a Revista GQ, o diretor Martin Scorcese disse que cartazes fazem mais do que empurrar bilhetes; eles também possuem um nível mais profundo de concepção que vende romance, mistério...
Para mim, e para qualquer um que tenha crescido antes de uma certa época — alguma coisa em torno dos anos 1980, eu diria — os cartazes eram uma peça-chave da experiência de ir ao cinema. Você andava pelo lobby, olhava o cartaz, normalmente acompanhados de cartões, e frequentemente de stills e linguagem promocional, do filme que você estava para ver e de outro que entraria em cartaz em seguida. Você guarda e absorve a imagem no olho da sua mente. Parte da excitação, naquela época, era assistir ao tal filme e compará-lo com o filme imaginário que você criou durante os poucos segundos que olhou para o cartaz".
Gênio, não? Em um livro, ele selecionou seus 10 cartazes preferidos da clássica Hollywood, quando o cartaz era representativo de uma época. Vejam:
Private Detective 62 (1933), Perseguição implacável (1942), Maridos cegos (1919) e Levada da breca (1938)
Assim caminha a humanidade (1956) e Órfãs da tempestade (1922)
Daphne and the pirate (1916), Gilda (1946), Diário de uma pecadora (1929) e Paixão dos fortes (1946)
Há muito tempo eu não ia ao cinema e saía com dor no pescoço por uma boa causa... era sempre porque o filme era longo e chato demais ou a cadeira era péssima. Ilha do Medo (Shutter Island) foi a razão da dor.
Caraca... o filme é até longo... mas é longo de tensão pura! Até o final ficava a dúvida do que realmente estava acontecendo. Excelente! E o medo do título não é por criaturas estranhas ou situações sobrenaturais... é um thriller psicológico de dar dor no pescoço MESMO! São muitas reviravoltas... uma hora você acha uma coisa, depois você acha que descobriu o fim do filme e aí você fica na dúvida... incrível. Só a natureza humana é capaz de fazer isso e dar uma realidade a história.
Não sou fã de Leonardo DiCaprio e não acho que sua atuação foi memorável. Aliás... nenhuma atuação chama a atenção. Ele faz um policial federal que investiga uma ilha onde funciona um presídio especial para criminosos com graves problemas psiquiátricos, e fica desconfiado de que ali os prisioneiros são submetidos a experiências científicas semelhantes aos horrores cometidos pelos nazistas nos campos de concentração. Mas quem leva tudo mesmo é Martin Scorcese e sua equipe. Direção, edição, roteiro, fotografia... tudo de alto nível. E parece que a idéia era homenagear os clássicos filmes B do gênero... mas foi um B+, bem maiúsculo! Como disse meu colega Otávio, do blog Hollywoodiano:
A trama, sinceramente, é o que menos importa em Ilha do Medo. O desfecho, menos ainda. É a viagem que vale cada centavo do ingresso. (...) Quando Ilha do Medo acaba, não temos referência suficiente para julgar com certeza a sua conclusão, que pode ou não ser verdadeira. É desconcertante.
E fica a frase instigante do final: é melhor viver como um monstro ou morrer como um homem bom?
Como diz Adriana Calcanhoto: "Cariocas não gostam de dias nublados". O verão começou infernal e acabou choroso. Realmente foram "as águas de março fechando o verão". Só espero que a frase continue e que venham "promessas de vida" no coração de todos! Amén!
Gandhi (Gandhi), O retorno da Pantera Cor-de-rosa (The return of Pink Panther) e Gremlins (Gremlins)
Operação Dragão (Enter the Dragon), Flipper (Flipper - 1985) e Atração Fatal (Fatal Attraction)
Touro indomável (Raging Bull), Willow - Na terra da magia (Willow), Crocodilo Dundee 2 (Crocodilo Dundee II) e A história sem fim (The neverending story)
De olhos bem fechados (Eyes wide shut), O Império contra-atraca (The Empire strikes back) e Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark)
Alien - O oitavo passageiro (Alien), O bebê de Rosemary (Rosemary's baby) e A mosca (The fly)
A brief history of pretty much everything é uma animação feita em um caderno com algumas canetas bic e muito... mas MUITO tempo!
Jamie Bell usou 3 semanas de trabalho para desenhar em mais de 2100 folhas de caderno para esse projeto final de seu curso de artes! A música é o cancan francês de Jacques Offenbach, e tá fazendo tanto sucesso que já virou até camisa! Ele ainda promete mais loucuras como essa, pois "fundou" o Displeased Eskimo, um bureau de ilustração.