terça-feira, 25 de maio de 2010
Final LOST: É hoje! (ou não?)
Dentro de algumas horas, Lost vai acabar... ou não? Sinceramente, acho que não. Essa é a típica série que será eternamente comentada, seja pelo final que agradou (ou não) ou seja pelos mistérios que resolveu (ou não).
O "ou não?" faz parte da série. Pra mim, Lost beira o existencialismo... aquelas perguntas que a gente nunca tem a resposta e mesmo quando a resposta aparece a gente continua procurando uma melhor. "Quem sou eu?", "Pra onde vamos?", "Qual o meu objetivo na Terra?"... sei lá... acho que essa é a essência da série.
E isso gera uma produção incrível... criações autorais em larga escala, sempre com interpretações ótimas, pois tudo é possível (ou não?) com Lost. Vejam esses belos cartazes, por exemplo:
O ilustrador Scott C. resolveu desenhar os personagens frente animais, objetos, outros personagens - ou até mesmo o Monstro da Fumaça - que cruzaram seu caminho:
E esse sensacional tarô? Eu quero!
E essas pinturas com tinta acrílica do Dr. Mikey (que não é doutor). Estão a venda!
E quem se lembra de Ty Mattson? Ele fez cartazes monocromáticos para cada episódio da última temporada. Muito legais:
Acho que ainda vão surgir muito mais criações. Que venham!
(Novamente... a maioria das coisas aqui estão sem créditos porque eu não sei de quem são. Vieram do Vida Ordinária)
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Final LOST: o mundo mudou!
Seis anos de mistérios em Lost irão terminar amanhã. E já sei que nem todos terão resposta (alguns serão respondidos no DVD... dá-lhe jogada de marketing!). Mas é impossível esquecer o que essa série fez pela televisão mundial. Ela mudou os parâmetros de muitas séries de suspense, ficção e aventura. Até mesmo o cinema se rendeu a capacidade de prender o espectador grudado a cada episódio. Todos sabiam que até mesmo os episódios fracos teriam um sentido qualquer em algum momento.
O mundo pop mudou. Todos queriam fazer parte desse universo (vejam o blog Dude! We are Lost!). Até os que nunca assistiram um episódio ou falavam mal, se incomodavam com tamanho sucesso. Existe até um wikipedia própria: o Lostpedia! Já falei um monte sobre isso, mas vou falar um pouco mais até amanhã... pelo menos!
Vejam, por exemplo, o designer croata Neven Mrgan, da Panic, fez um pixel art para comemorar o fim da série. A imagem de 8-bits tem: Jack, Kate, Sawyer, Locke, Hurley, Walt, Michael, Sayd, Claire, Charlie, Faraday, Eko, Ben e a Fumaça Negra. Ele também disponibilizou um arquivo para quem quiser adicionar mais personagens.
E que tal essa versão Simpsons:
Até o cantor Marilyn Manson entrou na onda e pintou um quadro de John Locke (Terry O’Quinn):
Pegaram as palavras mais ditas por Jack e Locke e fizeram uma imagem fotográfica deles bem legal:
E essa abertura de série no estilo Saul Bass, década de 60:
O canal AXN preparou uma programação especial amanhã. A partir das 18h, os 3 episódios anteriores serão revisados. Às 21h, o penúltimo episódio inédito. E, às 22h, as duas horas e meia do episódio final!
Alguém tem que acordar cedo na quarta? Eu não!
(A maioria das coisas aqui estão sem créditos porque eu não sei de quem são. Vieram do Vida Ordinária)
Rio!
Carlos Saldanha é muito foda mesmo... depois da excelente trilogia da Era do Gelo, ele resolveu colocar suas raízes na tela.
Sua nova animação, Rio, conta a história de uma arara azul nerd chamada Blu que vive em cativeiro em Minnesota (EUA) e acredita ser o último de sua espécie. É quando conhece outra arara azul, Jewel, e acaba embarcando em uma aventura no Rio de Janeiro, com direito a vôo de asa-delta da Pedra Bonita para o Cristo Redentor e praia lotada de popozudas ao som de "Mas que nada"!
Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Neil Patrick Harris e Rodrigo Santoro fazem vozes desse filme que já sairá em 3D. A estréia está marcada para abril de 2011 nos EUA, mas não tem previsão por aqui. Ainda.
Sua nova animação, Rio, conta a história de uma arara azul nerd chamada Blu que vive em cativeiro em Minnesota (EUA) e acredita ser o último de sua espécie. É quando conhece outra arara azul, Jewel, e acaba embarcando em uma aventura no Rio de Janeiro, com direito a vôo de asa-delta da Pedra Bonita para o Cristo Redentor e praia lotada de popozudas ao som de "Mas que nada"!
Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Neil Patrick Harris e Rodrigo Santoro fazem vozes desse filme que já sairá em 3D. A estréia está marcada para abril de 2011 nos EUA, mas não tem previsão por aqui. Ainda.
Fúria dos homens!
Assisti o Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010). Meus comentários estão lá no Mito+Graphos. Adianto que é divertido, mas com inúmeras incongruências mitológicas. O roteiro é chei ode furos e as atuações são fracas, mas os efeitos especiais tornam tudo real.
Ah... NÃO VEJAM EM 3D!
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Tá na hora de rever os meus conceitos...
Há seis anos atrás, fiz um curso com um figurão que mudou minha vida (por razões negativas, achava eu). O curso era caro, o professor falava um monte de asneiras e a turma concordava com tudo, porque - afinal - ele era uma figurão. Isso sem contar o fato que ele terminou o curso faltando duas semanas para o fim porque ele não estava dando conta dos trabalhos dele... (hã?) Para vocês terem uma idéia, eu fiquei conhecido como "o rapaz que discordou do professor". E vou contar isso.
Em determinado momento do curso, o figurão disse que selecionava os profissionais de design para uma bolsa na Inglaterra a partir de seus trabalhos autorais e não com uma análise de portfolios engessados por clientes. Quase que instantaneamente eu retruquei: "e quem não tem tempo?". A turma toda ficou me olhando como se eu fosse um herege, mas ao longo do meu discurso alguns concordaram comigo. Perguntei sobre aqueles que trabalhavam por mais de 8h por dia e ainda tinham filhos pra criar, roupas pra lavar ou quaisquer outras funções particulares. Será que essas pessoas que não tem tempo e, portanto, não podem fazer trabalhos autorais, devem ser excluídas dos processos de seleção? Essas pessoas não tem valor? Não tem chance?
Resposta do figurão: " Eu sei o que eu estou falando. Eu tenho olhos de falcão."
A raiva que eu fiquei foi tão grande que pensei: "se esse cara pode falar esse monte de besteira e ainda ganhar dinheiro, eu também posso... e ele usa óculos! Olhos de falcão é o C@/@7#*". Por incrível que pareça, esse foi o pontapé inicial para o meu mestrado. Os quatro anos seguintes foram de reflexão, estudo, pesquisa e avaliação. Não de um tema para o mestrado... mas de mim mesmo. Eu precisava ter certeza que esse era o caminho a seguir. No início de 2009, eu me tornei mestre em design e me vi - pelo menos - melhor do que o figurão, pois eu poderia garantir que besteira eu não ia falar.
Mas todo esse processo de anos foi além. Quatro meses depois de obter o título do mestrado, decidi que o design precisava chegar às pessoas pela educação, desde pequenas, e não somente pelas prateleiras ou universidades. Então, estou fazendo um curso para me tornar professor de ensino fundamental e médio. Voltando ao figurão: ao invés de raiva, eu deveria agradecê-lo.
Só que me vi hoje numa situação ainda mais complicada... eu tenho a impressão que ele estava certo! Não pelos malditos "olhos de falcão", mas pela idéia dos trabalhos autorais. Estou participando de palestras sobre design cultural com um outro figurão e tenho percebido uma fala romântica, utópica, quase surreal sobre a atuação dos designers brasileiros. Confesso que inicialmente achei péssimo, achei distante, achei fora da realidade. Até que comecei a me dar conta que o discurso dos figurões era convergente. Refletindo sobre o que venho acompanhando sobre projetos-conceito, iniciativas de estudantes e investimentos de grandes instituições... trabalhos autorais fazem a diferença mesmo! (Fabio Lopez, por exemplo...)
E agora? As bases do meu "divisor de águas" mudaram da esquerda para a direita! Acho que agora só me resta ter a humildade de refletir mais sobre isso, rever meus "pré-conceitos" com os figurões e - tomara - me tornar um designer melhor.
Em determinado momento do curso, o figurão disse que selecionava os profissionais de design para uma bolsa na Inglaterra a partir de seus trabalhos autorais e não com uma análise de portfolios engessados por clientes. Quase que instantaneamente eu retruquei: "e quem não tem tempo?". A turma toda ficou me olhando como se eu fosse um herege, mas ao longo do meu discurso alguns concordaram comigo. Perguntei sobre aqueles que trabalhavam por mais de 8h por dia e ainda tinham filhos pra criar, roupas pra lavar ou quaisquer outras funções particulares. Será que essas pessoas que não tem tempo e, portanto, não podem fazer trabalhos autorais, devem ser excluídas dos processos de seleção? Essas pessoas não tem valor? Não tem chance?
Resposta do figurão: " Eu sei o que eu estou falando. Eu tenho olhos de falcão."
A raiva que eu fiquei foi tão grande que pensei: "se esse cara pode falar esse monte de besteira e ainda ganhar dinheiro, eu também posso... e ele usa óculos! Olhos de falcão é o C@/@7#*". Por incrível que pareça, esse foi o pontapé inicial para o meu mestrado. Os quatro anos seguintes foram de reflexão, estudo, pesquisa e avaliação. Não de um tema para o mestrado... mas de mim mesmo. Eu precisava ter certeza que esse era o caminho a seguir. No início de 2009, eu me tornei mestre em design e me vi - pelo menos - melhor do que o figurão, pois eu poderia garantir que besteira eu não ia falar.
Mas todo esse processo de anos foi além. Quatro meses depois de obter o título do mestrado, decidi que o design precisava chegar às pessoas pela educação, desde pequenas, e não somente pelas prateleiras ou universidades. Então, estou fazendo um curso para me tornar professor de ensino fundamental e médio. Voltando ao figurão: ao invés de raiva, eu deveria agradecê-lo.
Só que me vi hoje numa situação ainda mais complicada... eu tenho a impressão que ele estava certo! Não pelos malditos "olhos de falcão", mas pela idéia dos trabalhos autorais. Estou participando de palestras sobre design cultural com um outro figurão e tenho percebido uma fala romântica, utópica, quase surreal sobre a atuação dos designers brasileiros. Confesso que inicialmente achei péssimo, achei distante, achei fora da realidade. Até que comecei a me dar conta que o discurso dos figurões era convergente. Refletindo sobre o que venho acompanhando sobre projetos-conceito, iniciativas de estudantes e investimentos de grandes instituições... trabalhos autorais fazem a diferença mesmo! (Fabio Lopez, por exemplo...)
E agora? As bases do meu "divisor de águas" mudaram da esquerda para a direita! Acho que agora só me resta ter a humildade de refletir mais sobre isso, rever meus "pré-conceitos" com os figurões e - tomara - me tornar um designer melhor.
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