Vi o filme
Oz: Grande e Poderoso (
Oz: The great and powerful, 2013) há algum tempo, mas estava esperando ter tempo para
rever o maravilhoso e original
O Mágico de Oz (
The Wizard of Oz, 1939) para escrever minha opinião. Saí do filme com uma certeza que só se confirmou: o novo filme é completamente desnecessário e sem sentido.
Adoro a
Disney e contar como Oz chegou a Oz era intrigante, mas dessa vez ela errou feio ao tentar transformar em franquia uma
marca consagrada e finalizada. Dessa vez não porque isso é uma coisa que a empresa adora... ou você não sabia que existe
Rei Leão 2,
Pequena Sereia 2,
Cinderela 2,
Mulan 2, etc etc etc? Pois é... chato pacas! E a Disney já planeja outro filme em Oz! Ainda sem Dorothy! Mas como? Não vai fazer o menor sentido! Esse já não faz sentido!
Veja bem... por mais que Dorothy não esteja sonhando no livro de L. Frank Baum, o
filmaço que eternizou a história colocou nossa heróina - na atuação de Judy Garland - num incrível sonho. Portanto, se é um sonho... OZ NÃO EXISTE! Claro que a defesa é "estamos nos baseando no livro com mais liberdade criativa", até porque o romance original é de domínio público e o roteiro pode se basear nele, mas não pode utilizar nada incluído no
clássico da Warner (como os sapatinhos de rubi que são mais do que importantes).
Claro que existem inspirações e o filme pode ficar mais interessante
se você tiver visto o anterior. Por exemplo, o começo do filme em preto e branco remete ao
tom sépia de antes. Mas se
a ideia de Victor Fleming - diretor de 1939 - era brincar com o mundo dos sonhos, qual o sentido neste novo filme? E o que dizer da nova Terra de Oz? Tenho certeza que você vai achar que o protagonista chegou no País das Maravilhas e vai dar de cara com um coelho branco apressado...
Michelle Williams (Glinda), Rachel Weisz (Evanora) e Mila Kunis (Theodora, mas que
tinha que ser Almira) são as bruxas que deixam o filme com alguma coisa interessante.
Pra quem viu o primeiro, sabe exatamente quem é a boa e quem são as más, mas duvido que consiga imaginar que uma beleza de bruxa irá ficar verde, queixuda e horrorosa por causa de uma maçã... alguém aí ouviu Branca de Neve? Sobre James Franco, nada vou declarar porque nunca gostei dele como ator: está sempre com cara de chapado e, fazendo um mágico trambiqueiro garanhão sem a menor emoção, não melhorou minha opinião sobre ele. Um macaco voador (que deveria ser vilão) e uma bonequinha porcelana também não me compraram.
Prefiro o leão travestido.
Então é isso... não veja no cinema essa
Sessão da Tarde esquecível. Compre o DVD do original (que fiz questão de grifar como é melhor) e divirta-se com músicas lindíssimas, ingenuidade, fantasia e sonho. Afinal: "
Não há lugar como nossa casa".