sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ao esquecimento

Oblivion (2013) é uma ficção científica cinza e esquecível (como seu nome já diz). Não é ruim, mas não diz nada. Muito pelo contrário... a cada cena temos certeza que já vimos aquilo em algum lugar. É um filme cheio de homenagens (clichés) que acabam por datá-lo. Tem Wall-E (2008), tem 2001 - Uma odisséia no espaço (2001 - A space odyssey, 1968), tem A Ilha (The island, 2005), tem Lunar (Moon, 2009), tem THX-1138 (1971), tem até Independence Day (1996)!

A trilha sonora é ótima, mas me dizia o tempo todo que era um filme da década de 1980. Até agora não sei o quê Morgan Freeman foi fazer nesse filme... talvez me supreender na única e penúltima cena (porque até a última cena eu achei óbvia).



No entanto, é preciso fazer uma ressalva a Tom Cruise. Além de não envelhecer, está parecendo que, desde o primeiro Missão Impossível (Mission Impossible, 1996) - isso se você não contar os caças de Ases Indomáveis (Top Gun, 1986) -, Cruise só escolhe filmes com os melhores brinquedos! Me dei conta que ele deve ser meio visionário nesse mundo de ficção científica no cinema. Quem não se lembra de Minority Report - A nova lei (Minority Report, 2002) e aquela tela aérea que ele mexia com as mãos? Aquilo foi incrível na época e já é real! Ele pode ser louco com sua Cientologia-sei-lá-o-quê, mas ainda consegue levar um bom público aos cinemas. Só espere esse chegar na TV.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Um céu de passados para redimensionar o futuro

O pequeno texto a seguir foi tirado do livro Criação Imperfeita, de Marcelo Gleiser, que estou lendo (devorando e me perdendo em um universo de conhecimentos!):
A primeira observação que podemos fazer sobre o Universo é, também a mais óbvia: o Universo é muito grande. Quão grande? Temos que tomar muito cuidado com essa questão. Podemos apensa falar da parte do Universo que nos é visível, isto é, aquela que podemos observar através de nossos telescópios e antenas. Lembre-se de que a velocidade da luz estabelece um limite na velocidade com que a informação pode ser trocada: como nada pode viajar mais rápido do que a luz, podemos apenas receber informação de regiões que se encontram no nosso passado casual. (...) Por exemplo, o Sol encontra-se a oito minutos-luz de distância da Terra; se explodisse agora, só saberíamos dentro de oito minutos, os nossos últimos. A estrela mais próxima, Alfa Centauro, está a aproximadamente 4,37 anos-luz de distância: quando a vemos no céu noturno, estamos, na realidade, vendo-a como era há 4,37 anos e não no presente, pois este é o tempo que a luz demora para viajar de lá até aqui. Saindo da Via Láctea, encontramos Andrômeda, a nossa galáxia vizinha, a aproximadamente 2,5 milhões de anos-luz. A luz que vemos hoje partiu de Andrômeda quando nossos ancestrais estavam se espalhando pela savana africana. Olhar para as profundezas do espaço é olhar para o passado remoto.

Na boa... não sei vocês... mas isso aí em cima deveria mudar a vida de qualquer um. Ter a noção do tempo e do tamanho do Universo... ter a noção que todo dia vemos um céu de passados... que por mais belo que ele seja, ele já não é o presente... sei lá.

Reflitamos muito.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Amor à camisa eterna

No dia 26 de maio, o Flamengo irá estrear no Campeonato Brasileiro contra o Santos, vestindo o novo uniforme patrocinado pela Adidas, o novo fabricante de material esportivo. Para encerrar o vínculo de quatro anos, a atual fornecedora, a Olympikus, lançou um vídeo chamado “A camisa eterna” com uma réplica do primeiro uniforme da parceria (usado no ano do hexacampeonato brasileiro, em 2009), feita com os mesmos tecidos usados nos coletes à prova de balas e nas roupas dos bombeiros. A camisa supera vários testes de resistências, provando que pode durar para sempre.



O acerto foi começar o vídeo dizendo que apesar do contrato ter chegado ao final, o amor sempre existirá. Esse tipo de "amor à camisa" é tão raro nos dias de hoje, que o vídeo impressiona não só pela ideia dos materiais resistentes. A “Camisa eterna” será entregue pela empresa ao Museu do Flamengo.

sábado, 4 de maio de 2013

Homem de Ferro - Skyfall


Quem já passou por aqui sabe o quanto sou fã de quadrinhos de super-heróis e o quanto vibro com essa safra ininterrupta de filmes sobre o gênero. No entanto, creio que o terceiro filme do Homem de Ferro (Ironman 3, 2013) nos colocou em um impasse. São filmes demais e acho que pode saturar: este ano ainda teremos um recomeço para o Superman e as sequências de Wolverine e Thor, que desencadearão em mais Capitão América, mais Vingadores, mais X-Men, mais Homem-Aranha, um novo Quarteto Fantástico, Doutor Estranho, Homem-Formiga... Particulamente acho ótimo, mas onde e quando isso vai parar?

Bom... pra quem não sabe, a Marvel (dona do herói, dos Vingadores, do Homem-Aranha, dos X-Men e por aí vai) foi comprada recentemente pela Disney. Com isso, os filmes terão uma pegada mais "família". Isso quer dizer que jamais teremos um filme sombrio a la Batman (que é da DC Comics) de Christopher Nolan.

Voltando para o filme... o título deste post resume um pouco da minha impressão geral: Tony Stark virou James Bond. Desde o início sabíamos que Robert Downey Jr. tinha personificado Stark de uma forma tão indissociável, que ele se tornou maior que o Homem de Ferro: tornou-se o grande personagem dos Vingadores. E isso fica ainda mais claro nesse filme que fecha a trilogia. Mesmo com trocentas armaduras em combate e vilões tecnológicos indestrutíveis, Tony é o mecânico com ataques de ansiedade que invade mansões e derruba bandidos.


Falei da Disney antes, porque boa parte deste filme gira em torno de uma criança. Se você perceber, o público infantil é o que mais gosta dos filmes do Homem de Ferro, mas em nenhum deles tem crianças relevantes! Era preciso conectar diretamente o público ao herói. E isso foi feito... usando até o termo conectar repetitivamente.

Particularmente não gostei da solução dada para o Mandarim (que é um dos maiores arquiinimigos do herói) de Ben Kingsley, mesmo que ele faça sentido nos dias de hoje e na linha dada para os filmes da Marvel. Também não sei se gostei da forma que aumentaram a importância de Pepper Pots (Gwyneth Paltrow). No início até vai muito bem, mas no fim exageraram.

O filme é, em geral, divertido, pois mantém o nível de humor Tony e toda a ação é bem pensada desde o início. Mas não é um filmaço. É um bom entretenimento cinematográfico que manterá os fãs aquecidos (ou de saco cheio).

OBS.: Ainda sobre o título deste post: o filme começa com uma grande queda de Tony; tem um sensacional salvamento aéreo que já aparecia no trailer, mas ainda vale até a sua conclusão; e Tony/Robert já deram o que tinha que dar em filmes solo. Não só o ator, mas o personagem em si. Acho que só no vindouro Vingadores 2 teremos mais do herói (mesmo que esse filme crie um "fechamento"). Ou será que já podemos esperar o reboot?

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Criação humana do coletivo

Acabo de conhecer o trabalho do jovem italiano Angelo Musco (via Bem Legaus) e fiquei impressionado com a capacidade dele transpor emoções em milhões de corpos nus entrelaçados. São ampliações fotográficas gigantescas que parecem placentas, ninhos, úteros... provavelmente um resultado de um nascimento difícil (sua gestação durou 11 meses por conta de problemas hormonais maternos!).


Em outubro será lançado o filme Conception que viaja pela mente do artista, tentando explorar a ligação entre dor e beleza, paixão e obsessão, da natureza e da experiência humana.



Surreal.