sábado, 4 de maio de 2013

Homem de Ferro - Skyfall


Quem já passou por aqui sabe o quanto sou fã de quadrinhos de super-heróis e o quanto vibro com essa safra ininterrupta de filmes sobre o gênero. No entanto, creio que o terceiro filme do Homem de Ferro (Ironman 3, 2013) nos colocou em um impasse. São filmes demais e acho que pode saturar: este ano ainda teremos um recomeço para o Superman e as sequências de Wolverine e Thor, que desencadearão em mais Capitão América, mais Vingadores, mais X-Men, mais Homem-Aranha, um novo Quarteto Fantástico, Doutor Estranho, Homem-Formiga... Particulamente acho ótimo, mas onde e quando isso vai parar?

Bom... pra quem não sabe, a Marvel (dona do herói, dos Vingadores, do Homem-Aranha, dos X-Men e por aí vai) foi comprada recentemente pela Disney. Com isso, os filmes terão uma pegada mais "família". Isso quer dizer que jamais teremos um filme sombrio a la Batman (que é da DC Comics) de Christopher Nolan.

Voltando para o filme... o título deste post resume um pouco da minha impressão geral: Tony Stark virou James Bond. Desde o início sabíamos que Robert Downey Jr. tinha personificado Stark de uma forma tão indissociável, que ele se tornou maior que o Homem de Ferro: tornou-se o grande personagem dos Vingadores. E isso fica ainda mais claro nesse filme que fecha a trilogia. Mesmo com trocentas armaduras em combate e vilões tecnológicos indestrutíveis, Tony é o mecânico com ataques de ansiedade que invade mansões e derruba bandidos.


Falei da Disney antes, porque boa parte deste filme gira em torno de uma criança. Se você perceber, o público infantil é o que mais gosta dos filmes do Homem de Ferro, mas em nenhum deles tem crianças relevantes! Era preciso conectar diretamente o público ao herói. E isso foi feito... usando até o termo conectar repetitivamente.

Particularmente não gostei da solução dada para o Mandarim (que é um dos maiores arquiinimigos do herói) de Ben Kingsley, mesmo que ele faça sentido nos dias de hoje e na linha dada para os filmes da Marvel. Também não sei se gostei da forma que aumentaram a importância de Pepper Pots (Gwyneth Paltrow). No início até vai muito bem, mas no fim exageraram.

O filme é, em geral, divertido, pois mantém o nível de humor Tony e toda a ação é bem pensada desde o início. Mas não é um filmaço. É um bom entretenimento cinematográfico que manterá os fãs aquecidos (ou de saco cheio).

OBS.: Ainda sobre o título deste post: o filme começa com uma grande queda de Tony; tem um sensacional salvamento aéreo que já aparecia no trailer, mas ainda vale até a sua conclusão; e Tony/Robert já deram o que tinha que dar em filmes solo. Não só o ator, mas o personagem em si. Acho que só no vindouro Vingadores 2 teremos mais do herói (mesmo que esse filme crie um "fechamento"). Ou será que já podemos esperar o reboot?

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