terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Ao Oscar com: A TEORIA DE TUDO

Eu sou fã da Física que tenta explicar nosso universo, então, achei A teoria de tudo (The theory of everything, 2014) um filme bem interessante. Na verdade, o lado genial do físico (ainda vivo) Stephen Hawking é quase deixado de lado (um documentário funcionaria melhor nesse caso): o filme é baseado no livro escrito por Jane Wilde Hawking (Travelling to Infinity: My Life with Stephen), ex-esposa de Stephen, interpretada muito bem (mas não para um indicação) por Felicity Jones. Ficamos em torno de como a doença (esclerose lateral amiotrófica) o afetou e - principalmente - afetou a todos a sua volta. É emocionante demais! Doloroso, difícil, forte. Força essa que vemos não só no cérebro tanto genial quanto falho de Hawking, mas no amor sacrificante de Jane. Não tem como você não questionar a sua própria vida o tempo (que tanto persegue o gênio) inteiro.

Quando um filme conta uma história real, normalmente procuramos duas coisas: particularidades interessantes que não vieram a público (aqui é "tudo o que você queria saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar") e atores que se aproximam dos personagens reais e dão veracidade aos fatos na telona. Meryl Streep fez isso na Dama de Ferro. E Eddie Remayne encarnou fisicamente o gênio. Para quem conhece o físico, são vários os momentos que o espectador se perde: Remayne se torna Hawking. A disputa do Oscar de Melhor Ator fica forte.


Também disputa Filme, Atriz, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora no Oscar. Tenho a impressão que vai sair de mãos abanando, o que não invalida sua intensa qualidade. Quero até encarar a leitura do livro de Hawking!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ao Oscar com: BIRDMAN

Quase metalinguístico. Quase biográfico. Foram as duas coisas que pensei ao sair de Birdman (ou a Inesperada Virtude da Ignorância) [Birdman (or the Unexpected Virtue of Ignorance, 2014). O diretor Alejandro Gonzáles Iñarritu realiza um exercício cinematográfico de tomada única, ou seja, a câmera não pára, fica o tempo inteiro presente como se fosse um personagem do filme, como se fosse o espectador. O cenário é a coxia de um teatro da Broadway e seu entorno somente. Ficamos confinados nesse espaço e imersos nas relações.

O filme conta a história de Riggan Thompson, um ator que no passado foi famoso por interpretar um super-herói (o Birdman) tentando retomar seu prestígio e sua carreira ao escrever, dirigir e estrelar uma peça na Broadway em meio ao novo mundo das subcelebridades e redes sociais. Não à toa, o ator chamado para estrelar esse filme foi Michael Keaton, o eterno Batman. E é por essa razão que vários momentos parece um filme feito para ele. Até as frases são perfeitas para o filme e - talvez - para a carreira de Keaton! Acho que ele se reposicionou como ator e nós o redescobrimos. Pode vir um Oscar.


Edward Norton surpreende com um papel irritante e diferente do que estou acostumado a vê-lo (mesmo sabendo que ele fez algo bem parecido com ele mesmo na vida real), enquanto Naomi Harris está chatíssima e apagada. Já Emma Stone se fixa como uma atriz MUITO talentosa. Até Zach Galifianakis, que dificilmente seria pensado como um ator “sério” dá um show interpretando o agente de Riggan.

Apesar de ter encantado a Academia por seu lado metalinguístico, ser indicado para nove prêmios (Filme, Direção, Ator, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Roteiro Original, Edição de Som, Mixagem de Som e Fotografia) e ter vencido os SAG Awards de Melhor Elenco e Melhor Filme, só deve concorrer com força em dois ou três Oscars, mas perderá para Boyhood, o favorito absoluto.

É um filme diferente do usual que pode não agradar a todos. Questiona o mundo do teatro/cinema/celebridade e te leva por dentro dos personagens de uma forma sofisticada. [SPOILER] Confesso que não sei se precisava do super-herói em si. A voz e a simulação dos poderes já sustentava. Claro que ver Keaton vestido de Birdman aumenta o lado biográfico, mas o voar, as explosões... fiquei na dúvida da necessidade, mesmo com o final metafórico.

Ao Oscar com: WHIPLASH

Um dos filmes mais viscerais que já vi nos últimos tempos. Whiplash - Em busca da perfeição (Whiplash, 2014) é daqueles que te afetam fisicamente e emocionalmente.

O longa conta história de Andrew Neyman, um estudante de música que se esforça para se superar na bateria e conseguir enfim entrar na banda do rígido (e abusivo) professor Fletcher. Passamos, então, a acompanhar uma história sobre insistência que beira a obsessão: tanto Neyman que larga sua vida pessoal para se tornar um dos melhores bateristas que o mundo do jazz já viu quanto Fletcher que passa dos limites para encontrar um novo gênio da música.

Está tudo na atuação da dupla principal: o jovem Miles Teller, que se tornou o novo queridinho de Hollywood, e do espetacular J.K. Simmons. Já vi vários trabalhos de J.K., mas o que ele faz nesse filme... não vi todos os outros concorrentes ao Oscar de Ator Coadjuvante, mas acho difícil tirar dele. Ele está demais!


Ainda disputa Filme, Roteiro Adaptado, Mixagem de Som e Edição. Acho que só no Som pode disputar alguma coisa, mesmo tendo sido filmado em - impressionantes - 19 dias! Filme forte pacas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Jabá

Já falei dos meus blogs e agora é hora de falar do meu trabalho mesmo.

www.filipechagas.com
"Casa de ferreiro, espeto de pau" é o que sempre se ouve de designers que nunca tem tempo de fazer seus portfolios ou sites da maneira correta. E eu não fujo à regra... porém, dessa vez, vou tentar manter mais atualizado tanto com as novidades que aparecerem, quanto com trabalhos antigos que já tem seu espaço mas pouca explicação. Esse layout de quadradinhos é a base (e quase minha assinatura) e está em constante mudança de tamanhos de acordo com o enfoque que quero dar ou o trabalho que está sendo realizado no momento.

No site também estão as minhas "artes" (na imagem é onde está o Mude! Muda? Mudo.) e os meus textos, que incluem alguns artigos e até mesmo minha dissertação de mestrado (na imagem é o caderno azul no canto superior direito).

Bom... e pra quem ainda não sabe... sou designer de formação. Como fiz ESDI, sou tanto designer gráfico quanto designer de produto, mas segui a linha gráfica. Tenho experiência com projetos editoriais e identidade visual de eventos, mas adoro uma construção de identidade (não à toa esse foi o tema do meu Mestrado). Minhas atividades como designer se baseiam em freelancers, pois segui a carreira acadêmica e hoje sou Coordenador do curso técnico em Comunicação Social do Instituto de Tecnologia ORT. Além de coordenar o curso, orientar os projetos finais e ensinar alguns softwares gráficos, dou aula de Artes para o Ensino Fundamental II.

É isso. :)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Curiosidades médicas

Pâté é o apelido de Paul Paterman, um designer inglês que fez interessantes peças gráficas para o Centro Médico dos escritórios da Discovery Channel no Reino Unido.

Seus olhos possuem a resolução de 576 megapixels.
Seu cérebro pode ligar uma lâmpada.
Seu espirro viaja até 160 km/h.
Seu pé pode produzir um litro de suor por dia.
As batidas do seu coração segue a música que você estiver ouvindo.

Além das imagens ótimas, essa informação do coração é sensacional!