sábado, 25 de dezembro de 2010

Dossiê Filipe de Noronha - parte II

Depois de uma noite tranquila de sono (muito necessária), comecei o dia mais cansativo e lindo da viagem: o Ilha Tour. Esse é o programa fundamental da ilha e deve ser a primeira coisa a ser feita em Noronha, porque você conhece as principais praias e pontos turísticos do Mar de Dentro e fica sabendo onde voltar depois. Leva o dia inteiro (8h às 18h) e o almoço é incluso. Mas sugiro um café da manhã reforçado, mas não pesado. Evite leites e gorduras, porque você vai chacoalhar bastante no carro.
DICA 2: Vá de tênis! No máximo, uma daquelas sandálias de trekking. E utilize meia também, mas saiba que esse meia que você usar será jogada no lixo após o passeio. Escolha uma meia que não seja branca e você terá alguma chance de salvá-la no fim.
Meu guia era o engraçadíssimo Bodinho (Eliélson), cheio de frases de efeito! Aliás... todos os guias na ilha se apresentam com o nome e logo depois o apelido. O primeiro passo do grupo foi alugar equipamentos de mergulho no Lula. Achei bem baratinho, viu? E ainda tinha um lugar do lado que vendia água por $1,50, enquanto, toda ilha vende a $3,50 ou mais! (Pra quem for: é na rua da Xica da Silva)

PRIMEIRA PARADA: PRAIA DO SANCHO
O grupo chega de carro num mirante que separa as trilhas para a Baía do Sancho e para o Mirante dos Golfinhos. O caminho para o Sancho é através de uma fenda em uma pedra! Loucura! Mas, antes dessa aventura, Bodinho nos leva ao que ele chama de "Mirante Aiquelindu", porque todo mundo chega lá é diz "Ai que lindo"! E é realmente um espetáculo! Talvez por ser a primeira visão que temos das águas azuis e cristalinas de Noronha com os Morros Dois Irmãos em destaque!

A praia é realmente linda com suas escarpas, mas a vegetação fica muita seca nesta época do ano, dando ares de caatinga. É considerada uma das 10 praias mais lindas do mundo, mas talvez seja no inverno quando três cachoeiras se formam e chegam ao mar. Aí sim deve ser de matar! Me lembre muito de Santorini... ai ai...

Na saída, parecia que a terra estava parindo gente! Bodinho ficava brincando, dizendo que a fenda fechava de 5 em 5 minutos pra ver se a galera acelerava o passo

Preciso dizer que foi aqui que conheci a Mabuya, que são os pequeninos lagartos que infestam Noronha. Infestam MESMO! Pra onde você olha, tem mabuya! Aparentemente são dóceis e espantáveis, mas não deixe doces e comidas à vista, porque eles são capazes até de entrar em bolsas para comer e sair sorrateiramente. Também somos apresentados a inúmeras espécies de aves, como o Atobá, a Viuvinha, o Rabo-de-Junco e a Fragata.

DICA 3: Besunte-se de protetor solar. Ao sair de um delicioso mergulho salgado, besunte-se novamente. E leve chapéu! De preferência, um boné, porque ele pode ser virado para trás e sua nuca fica protegida. Vi gente utilizando um toalhinha presa no chapéu para proteger a nuca.

SEGUNDA PARADA: CACIMBA DO PADRE E BAÍA DOS PORCOS
Ainda em êxtase pelo Sancho, somos levados de carro a Praia da Cacimba do Padre - que tem esse por causa de um fosso de água no caminho para a praia. É lá onde ocorrem os campeonatos mundiais de surfe e a Globo anda fazendo um reality show esportivo. Acho que é a maior extensão de praia pois ela se conecta as Praias da Quixabinha e do Bode sem muita dificuldade. É também a única praia onde se vê cadeiras e guarda-sóis na areia... e mesmo assim, só três, colocados pelos dois restaurantes que ficam lá. Se a maré estiver baixa você pode se aproximar bastante de um dos Morros Dois Irmãos.

Sinceramente a Cacimba é só uma praia... porque, ao lado, fica a incrível Baía dos Porcos. Esse nome é por causa de alguma coisa relacionada a EUA e Cuba que não me lembro, até porque não tem nenhum porco e a limpeza da água é protegida por leis ambientais. Não se pode mergulhar nas piscinas naturais, só aproveitar o mar que traz a fauna marinha pra bem perto da gente.

Aqui, eu já comecei a ficar enebriado por Noronha. A Baía dos Porcos é de uma beleza ímpar e ela ainda reservou um mistério pra mim alguns dias depois... Almoçamos um charéu (peixe) na folha de bananeira, que deve ser um prato típico da ilha. Dá pra dividir pra duas pessoas e o preço fica razoável.

TERCEIRA PARADA: BOLDRÓ
Essa foi uma parada rápida, pois só eu não conhecia ainda a bela Praia do Boldró. Boa extensão de areia e um pouco de vegetação ainda viva faziam essa praia ter um ar tão aconchegante que eu voltei depois. Adorei os coqueiros sombreando e um riozinho de água potável que desembocava do mar salgado.


QUARTA PARADA: BURACO DA RAQUEL
Em seguida fomos ao Buraco da Raquel, que é um buraco numa pedra vulcânica que possui inúmeras lendas sobre uma tal Raquel - poderia ser tanto uma residente autista que só se acalmava por lá, ou a filha safadinha de um militar que ia pra lá "namorar". O lugar é bem bonito e do mirante é possível ver a Pedra do Porta-Aviões, a Enseada das Caieras e o Alagado dos Tubarões.

Nesse mirante também fica o Museu dos Tubarões, onde somos informados sobre essas criaturinhas violentas e comemos o famoso tubalhau (bolinho de tubarão ao invés de bacalhau que tem gosto de bacalhau mesmo, ou seja, se botaram bacalhau no meu, eu comi achando que era tubarão).


QUINTA PARADA: PONTA DA AIR FRANCE
O nome Air France não tem nada a ver com o recente acidente aéreo na região. O local serviu de base aérea para esta companhia estrangeira nos anos 1920. Numa das três construções da época que restaram, fica instalada atualmente a Associação de Artesãos de Fernando de Noronha, onde também funciona um curso de educação artística para crianças da Ilha.

Essa é a ponta superior da Ilha, onde podemos ver pela primeira vez o encontro do Mar de Dentro com o Mar de Fora - que, na verdade, é o mesmo Oceano Atlântico, mas tem o lado da Ilha voltado para o Brasil (dentro) e o lado voltado para a África (fora). É também onde somos apresentados a algumas ilhas secundárias: Viuvinha, Rasa e Sela Gineta.

Antes do Air France, ainda conhecemos a pequenina Capela de São Pedro dos Pescadores.

SEXTA PARADA: BAÍA DO SUESTE
Fomos, então, para nossa primeira praia do Mar de Fora: a incrível Praia do Sueste, onde podíamos fazer snorkeling! Eu nunca tinha feito, mas peguei minha máscara, meu respirador, meu colete e minhas nadadeiras para não perder nada! E minha primeira vez foi incrível (ui!)! Nadei com tartarugas, fugi de tubarão, passei no meio de cardumes... nada mais a declarar!

SÉTIMA PARADA: PRAIA DO LEÃO
Essa também foi bem rápida, porque ficamos apenas no mirante. A Praia do Leão tem esse nome por causa de uma pedra em sua enseada que deveria parecer um leão marinho, mas Bodinho achava mais parecido com um hipopótamo e eu fiquei achando que parecia um cachorro. Mas não importa, o sol já estava descendo e a vista ficando incrível!


OITAVA PARADA: MIRANTE DO FORTINHO DO BOLDRÓ
Pra finalizar, que tal um pôr-do-sol no Mirante do Fortinho do Boldró? Bodinho disse que seria um "eclipse nuvial" porque estava meio nublado. Mas eu não podia pedir mais nada! Me lembrei novamente de Santorini, da curtição de ver o sol se pondo no Mediterrâneo... ai ai... E foi aqui que todo o êxtase pelas belezas que eu tinha visto resultou na maior viagem ácida sem ácido que eu já tive:
Não é o sol que está se pondo, é a terra que está girando.

Não viajei? Foi pior do que as nuvens do post anterior, não? Pois é... isso tudo deu uma mexida nas minhas perspectivas a partir dessa viagem. Agora eu digo que minha vida é AN e DN - antes e depois de Noronha. E olha que esse ainda foi o segundo dia de viagem...

Natal do século XXI

Nem o nascimento de Jesus escapa...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Dossiê Filipe de Noronha - parte I


Voltei... infelizmente, mas voltei! Na verdade, corpo e mente voltaram, mas o espírito ficou. Pode parecer literal demais, mas viajei nessa viagem! Vou fazer um dossiê diário por aqui com dicas e acontecimentos dessa minha experiência única.

Comece ouvindo O Sol, do Jota Quest, porque pra onde tenha sol, é pra lá que você vai sem dor ou medo! Deixe tocando enquanto você lê:


Minha "viagem" começou no vôo mesmo. Comecei a curtir os céus pela janelinha do avião e me deparei com a loucura que são as nuvens. Você já parou para prestar atenção nas nuvens? Num conjuntinho de fumacinha que anda pra todos os lados na direção do vento, mudando constantemente de forma? Passei toda a viagem reparando nisso...
DICA 1: Se puder escolher os assentos de seu vôo para Noronha, escolha do lado esquerdo do avião, pois a rota aérea mostra toda a ilha desse lado! No caso da Gol, a poltrona A é da janela esquerda!
O pequeno aeroporto estava em obras, mas - ainda bem - foi tudo bem rápido mesmo com a quantidade gigante de papel que tem que apresentar (taxas ambientais, comprovante de hospedagem etc etc etc...). O transfer me levou para o hotel e já se via o Morro do Pico, que é avistado de praticamente todo ponto da ilha. E aí eu pergunto: "Morro do Pico"... todo morro não tem um pico? Qual o sentido desse nome? Esqueci de perguntar, mas acho que não teria explicação, não... a não ser... que seja uma explicação erótica...

No Hotel Dolphin, fui SUPER-ULTRA-HIPER-VULCAN-MEGA-POWER bem recebido! Recomendo a todos que forem para lá! Obrigado Selma, Bárbara, Aline, Rildo (Tubarão), Eneida, Gardênia, César, Fabio e todos os outros que trabalham no hotel. Fiquei num quarto ótimo bem reservado e com vista para o Morro do Pico, é claro.


Me instalei rapidamente e já fui pra rua reconhecer o terreno. Para um lado, tinha Praia da Conceição, Projeto Tamar e Praia do Boldró. Para o outro, o Centro Histórico da ilha que foi minha opção. No caminho, dou de cara com a frase "Pernambuco com Design" em uma parede, o que me fez procurá-lo por todos os lados...


E que tal o bar Ousadia que botou uma "perigosa" ponte para você chegar até ele?


Bom... o Centro Histórico fica na Vila dos Remédios. Lá conheci o Palácio São Miguel, a Igreja Nossa Senhora dos Remédios e o Reduto de Sant'anna. Passei também pelo famoso Bar do Cachorro (onde tem o forró - que não fui porque optei por uma viagem diurna e não noturna), que possui um mirante para a Praia do Cachorro e a Praia do Meio. Voltando já no fim da tarde, lanchei uma tapioca numa lanchonete simpática chamada Empório São Miguel. Achei a marca tão bem feitinha que fotografei e achei que Noronha iria reforçar a idéia do "Pernambuco com Design".


Voltei ao hotel para terminar de me instalar e organizar meus próximos dias com passeios e afins. Jantei no bom restaurante Acqua Marine do hotel, onde comecei minha "dieta mediterrânea": só comi peixe (e camarão!) no paraíso.

No primeiro dia, ainda não é possível se desconcetar do mundo real/virtual. Mesmo sem computador e com o celular desligado, fiquei pensando na hora, nos e-mails, nos malditos spams, no Facebook e por aí vai. Mas é claro que isso mudou ao longo dos dias que contarei por aqui.

PS.: Nunca consumi psicotrópicos na minha vida. Viajei MESMO!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Já volto...

Um ano pra se entender o que é design

Em 2011, tenha um calendário que te explique o que é design. Iria facilitar muito a minha vida se todos entendessem...


Esse foi criado pelo designer francês Fabien Barral, que mantém o site Graphic-Exchange, um espaço de inspiração.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Literal

Ser literal às vezes é necessário para ser claro. Essa foi a idéia do estúdio londrino Mash Creative para sua coleção de itens State of the Obvious (estado de óbvio).


Divertido!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Arte do século XXI (UAU!)


Uma das coisas mais bonitas que vi esse ano... Veja em tela cheia!



Thought of You foi feito pelo designer e ilustrador Ryan J. Woodward, utilizando a música World spins madly on do The Wheppies. Seu objetivo era unir suas paixões: animação 2D e dança contemporânea. No site também tem o making of para entender não só o processo mais a idéia por trás da animação.

Pra mim, pura arte do século XXI.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Heróis e vilões minimalistas

Fabian Glez provou que heróis e vilões também podem ser simplificados ao mínimo:

Batman, Robin, Batgirl, Superman, Supergirl, Barbarella, Super Mouse, Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Ciclope, Os Incríveis, Kick Ass, Homem-Radioativo, Fall out boy (?), Mulher-Maravilha, Flash, Capitão Átomo, Aeon Flux, El Santo, Wolverine, Mulher Invisível, Tocha Humana, Professor Xavier, Chapolin Colorado, The Darkness, The Tick, Coisa, Hellboy, He-Man, Freakazoid, Surfista Prateado, Witchblade, Metamorfo, Homem-Aranha, Mandrake, Mighty Man (?), Lanterna Verde, Falcon (?), Formiga Atômica, Hancock, Fantasma, Tempestade, Homem-Pássaro, Aquaman, Homem de Gelo, Shazan, Spawn, Space Ghost, Blade, Falcão Azul, Dynomutt (?), Flash Gordon, Bartman, Visão, Tartaruga Ninja Raphael, Tartaruga Ninja Leonardo, Tartaruga Ninja Donatello, Tartaruga Ninja Michelangelo, Homem-Elástico, Duffman (?), Feiticeira Escarlate, Justiceiro, Demolidor, Gavião Negro, Vulcão Negro, Zorro, Rapina e Columba, Sandman, Hulk Hogan, Gambit, Irmãos Gêmeos, Bravestarr, Electra e Garota-Aranha.

Galactus , Magneto, Mercenário, Bane, Mumm-Ra, Apocalypse (DC), Coringa, Mulher-Gato, Dr. Destino, Amanda Waller, Venom, Electro, Capitão Frio, Duende Verde, Carnificina, Cara-de-Barro, Adão Negro, Pinguim, Hera Venenosa, Rei do Crime, General Zod, MODOK, Loki, Apocalypse (Marvel), Lex Lutor, Dr. Octopus, Duas-Caras, Mística, Mandarim, Bizarro, Caveira Vermelha, Zoom, Fanático, Ozymandias, Destruidor (TMNT), Barão Zemo II, Sr. Frio, Pistoleiro, Esqueleto, Arlequina, Abominável, Sebastian Shaw, Dentes-de-Sabre, Dormammu, Charada, Espantalho, Ciborgue (Superman), Mefisto, Prometheus, Lagarto, Sargento Garcia, Líder, Dr. Sivana, Grigori Rasputin, Kang, Herr Starr (?), Killer Frost (?), Mysterio, Cheetah (?), The Governor (?), Stryker (X-Men), Shade, Sandman, Parallax, Omni-Man, Mxyzptlk, Ômega Vermelho, Violador, Fin Fang Foom, Thanos, Darkseid, Ra's Al Ghul, Fênix Negra, Sinestro, Brainiac, Hordak, Homem-Absorvente.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Direito Civil?

Direito Civil - onde já se viu? (em gênero, número e grau)

Aham... senta lá!

Pra quem não conhece daonde veio o novo lema... Aham, Claudia, senta lá:



Confesso que chego a ficar com pena da Xuxa. O desespero dela sem os ajudantes de palco com crianças por todos os lados é dureza. Só resta pedir: "Ajuda eu"!

Nossa...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cabelo, cabeleira, cabeludo, descabelados!


Trinta e três anos depois da estréia na Broadway, os onipresentes e onipotentes Charles Möeller (direção) e Claudio Botelho (versão) fizeram a montagem nacional de Hair, mantendo a qualidade técnica de sempre e a força das mensagens de liberdade, paz e esperança que marcaram as décadas de 60 e 70. Fui ver e me impressionei com a atualidade de tudo! Hair traz um elenco de 30 atores afinadíssimos que nos supreendem - seja em coro, seja em solos - nas 35 músicas que são apresentadas em dois atos cheios de interação com o público.

A história traz cenas curtas sobre uma comunidade de hippies de Nova York, como a montagem original. Tabus raciais, sexuais, de drogas, familiares e políticos fazem parte dos conflitos daquela época que ainda são assunto mais do que em pauta hoje em dia - vide os recentes manifestos de criminalização do usuário de drogas após a confusão no Complexo do Alemão no Rio e atos covardes de violência homofóbica em São Paulo.
Ainda vivemos em guerra e os conflitos são muito parecidos e tão assustadores e sem sentido como o do Vietnã. Da mesma forma que ainda somos cheios de tabus e vivemos na intolerância. O grito de Hair continua ecoando. (Charles Möeller)

Acompanhamos, então, John Berger (Igor Rickli), que lidera o grupo de hippies, e Claude (Hugo Bonemer), que vive o dilema entre as realidades tradicional e hippie quando os EUA o convocam para a Guerra no Vietnã. E a tribo é formada por: Carolina Puntel (Sheila do triângulo amoroso), Karin Hills (Dionne e seu vozeiraço de Aquarius), Leticia Colin (Jeanie, a doidona grávida e divertidíssima), Marcel Octavio (o afetado e católico Woof), Reynaldo Machado (o negão Hud da foto acima. O melhor! Momentos impagáveis! Música perfeita! Vozeirão!), Tatih Köhler (Crissy), Fernando Rocha (fiquei esperando seu momento "aham, senta lá Claudia" do seu Hubert), Danilo Timm (a excelente turista Margareth), Renan Mattos (acho que ele é o engraçadíssimo diretor nazista da escola de Berger), Janaina Lince, Aline Wirley, Bruna Guerin, Kotoe Karasawa (canta muito), Esdras de Lucia, Luciana Bollina, Cesar Mello, Cassia Rachel (que voz!), Conrado Helt, Ditto Leite (bailarinaço), Emerson Spinola, Felipe Maga, Jana Amorim, Julia Gorman, Luana Zenun, Marcelo Pires, Mariana Gallindo, Pedro Caetano e Sergio Dalcin.



Parabenizo também Marcela Altberg (que casting é esse, mulher?), Marcelo Castro (arranjos e direção musical), Alonso Barros (coregrafias excelentes!), Rogério Falcão (cenários simples e na medida), Marcelo Pies (figurino) e Paulo Cesar Medeiros (iluminação importantíssima!). Importante lembrar que Hair virou filme (de Milos Forman, 1979) e já havia sido montado aqui no Brasil em 1969 com Helena Ignez, Armando Bogus, Aracy Balabanian, Ariclê Perez, Francarlos Reis, Sônia Braga, Ney Latorraca, Buza Ferraz, José Luiz Pena e Carlos Alberto Riccelli, entre outros.

Livrem-se dos preconceitos e dos tabus por 2h10 minutos! Paguem o quanto for o ingresso e corram para ver (mas a censura é 14 anos, viu... porque rola nu generalizado!). Fica no Oi Casa Grande até 19 de dezembro!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Canonizem esses homens!

Chocólatra assumido (e pervertido), investiguei as origens do chocolate acreditando que deveria santificar o homem que inventou a guloseima. Em minhas pesquisas, descobri a (óbvia) ligação deste alimento com o divino e postei lá no Mito+Graphos. Agora minha curiosidade busca canonizar outra pessoa, aquela responsável por salvar a vida de inúmeros cariocas no calor senegalês que desponta em todo verão... o homem que inventou o ar condicionado!

Desde a Antiga Roma já se buscava amenizar o calor. Mas eu não quero saber de ventiladores, leques, abanos, eunucos, aquedutos, cisternas ou processos químicos... o que me interessa é o ar condicionado! Então, fico sabendo que em 1824, o médico americano John Gorrie (1802-1855) usou tecnologia de compressão para criar gelo, o qual usava para arrefecer o ar para os pacientes do seu hospital na Flórida. Apesar de ter visionado futuros sistemas de ar condicionado central e até mesmo patentear a tecnologia, seus protótipos tinham vazamentos e funcionamento irregular. Mesmo assim, é considerado o pai da refrigeração.

Depois disso, o engenheiro norte-americano Willis Carrier (1876-1950) precisou resolver um probleminha de uma gráfica que era sua cliente. No verão, o papel absorvia a umidade do ar e se dilatava, prejudicando demais a impressão. Carrier teorizou, então, que poderia retirar a umidade da gráfica pelo resfriamento do ar. Usou seu conhecimento em aquecimento de objetos com vapor e reverteu o processo. Ao invés de enviar ar por serpentinas quentes, enviou-o através de serpentinas cheias de água fria. O ar era, assim, arrefecido e podia-se controlar a quantidade de umidade nele contida. Por sua vez, a umidade na sala poderia ser também controlada. Seguindo estes princípios, projetou e construiu o primeiro aparelho de ar condicionado, que iria iniciar sua operação a 17 de julho de 1902. Sua invenção controlava não só a umidade, mas também a temperatura do ar. Os baixos níveis de calor e umidade destinavam-se a manter constantes as dimensões do papel e do alinhamento da tinta. Tornou-se, assim, o pai do aparelho moderno de ar condicionado!

Mais tarde, a tecnologia de Carrier foi aplicada para aumentar a produtividade nos postos de trabalho e a crescente procura daquela tenologia levou à criação da empresa Carrier Air Conditioning Company of America, ainda hoje existente como o maior fabricante de equipamentos de refrigeração e condicionamento de ar do mundo. Com o passar do tempo, o ar condicionado veio a ser usado também para o conforto interior em residências e em automóveis. Na década de 1950, a utilização de ares condicionados domésticos expandiu-se de forma dramática.

Portanto... Santo Willis Carrier, abençoai o nosso Rio!

PS.: Salve a Wikipedia!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Harry e as Heresias - parte I

Fui ver a primeira parte do capítulo final cinematográfico da saga de Harry Potter: as Relíquias da Morte (Harry Potter and the Deathly Hallows - part I, 2010). Na boa... MUITO CHATO! Nem sei por onde começar...

Bom... quando eu lia os livros, eu os achava muito chatos (primeira heresia). A autora ficava repetindo a descrição ruiva da família Weasley em todas as páginas ou, então, a explicação de como a cicatriz de raio apareceu na testa de Harry... blá-blá-blá... eu já sabia disso tudo no quarto livro, mas ela fazia questão de repetir tudo como se alguém pudesse começar a história pelo meio... Com isso, eu tinha certeza que alguns livros poderiam ser enxugados em 100 páginas pelo menos. Mesmo assim, JK sabe escrever e prender o leitor quando ela costura todos esses inúmeros detalhes sem perder o fio da meada. Parecia que toda a enrolação tinha um porquê que precisava ser lido sem parar (aliás, descobri o "grande mistério" quando se falou pela primeira vez em horcrux no meio do penúltimo livro).


Mas quando vieram os filmes, eu percebi que a enrolação dos livros era real. Enquanto alguns reclamavam que os filmes cortavam coisas importantíssimas dos livros, eu achava a condensação perfeita (segunda heresia). A adaptação do livro para um roteiro de cinema acabava cortando firulas e passagens de tempo para privilegiar a dinâmica da telona. Os filmes eram repletos de ação com doses homeopáticas de hormônios adolescentes que foram aumentando conforme o livro, os filmes e a idade dos atores.


Neste filme (o Harry 7.1), a tentativa de agradar os fãs e ser o mais fiel possível ao livro trouxe a enrolação, a falta de dinâmica e a sonolência para o cinema (terceira heresia). De tão chato que ficou o filme, todos os momentos com um pouquinho mais de ação ganharam um volume bem maior, quando, na verdade, eram medíocres. Era preciso sentir a tensão no ar em cada momento de fuga, mas eu só senti sono. Ao invés de 2 filmes de 2h30, acho que daria pra fazer um só de 3h30... afinal, o livro A Ordem da Fênix tem bem mais páginas e coube num filme só.


Como últimas heresias do dia, digo que Emma Watson (Hermione) evoluiu demais como atriz nessa longa jornada, provavelmente, pela proximidade com a competência de Helena Bonhan-Carter (Belatrix Lestrange, que vai se tornar uma das vilãs do cinema), Alan Rickman (Severo Snape, pra mim, o melhor disparado), entre outros. Em alguns momentos, acho que Rupert Grint (Ron) também pode se sair um bom ator. Mas... gente... o Daniel Radcliffe é péssimo!!! Como protagonista de 7 filmes, ele teve inúmeras oportunidades para despontar como ótimo ator e... NADA! Com direito a uma patética cena de dança e um beijo nu com Hermione que deveria ser altamente sexy, mas acabou totalmente falso. Talvez a culpa seja do personagem, porque ele ficou melhor interpretando versões dele mesmo logo no início do filme.

Essa é a prova de quem nem sempre o purismo deve ser considerado na adaptação de um livro para o cinema. Acho que não se pode destruir um personagem pela descaracterização completa (como o Hulk mutante do primeiro filme), mas pequenos ajustes devem ser feitos para o bem do entretenimento (como o tamanho do Wolverine). Pra mim, esse filme é um caça-níquel sem pé nem cabeça... quem leu os livros nem precisa ver, mas precisa esperar até o meio do ano que bem pelo fim definitivo.

Lembrem-se: tudo aqui é MINHA opinião. Ano que vem eu faço (ou não) a parte II...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Espelho, espelho meu...

Sabe aqueles testes com espelho que se faz com crianças e animais para ver se eles já tem noção de identificação/identidade? Pois é... já vi com bebê, com macaco, com cachorro, gato... mas com aranha foi a primeira vez:



Ela deu uma surtada, não? rsrsrs

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Direitos Humanos para Humanos Direitos

(pra você Monicão!)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PARAPAPAPAPAPAPAPAPAPA


Rio de Janeiro a Novembro de 2010

Criatividade sustentável

Não vou falar sobre projetos verdes. Mas é importante saber que uma das máximas do ideário sustentável é a prática dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar, Reciclar).

E vocês sabem porque a reciclagem é o último R? O que ninguém sabe, na verdade, é que o processo de reciclagem pode ser tão ou mais poluente que o processo de fabricação primário. Dessa forma, é preferível que primeiro pensemos na quntidade do que consumimos e depois na qualidade do que consumimos. Por último, vem a transformação do comsumido em algo totalmente novo. Acho que esse é o caminho pra muita coisa nos dias atuais. Vejam por exemplo, esses dois projetos:

O designer Rotem Lewinsohn criou a Wear me Bag em um momento propício onde se discute mundialmente a utilização de sacolas plásticas. O conceito é bem simples: você sai vestido(a) com um colete para ir ao mercado e volta com uma bela bolsa cheia de mercadorias!


E também tem o Get the Hang of It dos ingleses da DeDe (Dextrous Design). As sacolas de papel das lojas de roupas ganham um cabide colorido de papelão que é destacável e pode ser realmente utilizado!


Excelentes iniciativas!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Arte nos materiais!

Seguindo o post de criatividade de ontem, coloco aqui agora duas formas de ser bem criativo com os materiais.

Primeiro, o artista britânico Chris Gilmour que usa papelão e cola (e nada mais! Nenhuma estrutura escondida!) para fazer veículos em tamanho real! Só falta funcionar!


E que tal as incríveis jóias da artista italiana Maria Cristina Bellucci feitas de lápis de cor! Clique para aumentar!


Lindíssimas!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sejamos criativos sempre!

Outro dia tive que ajudar uma aluna adolescente a fazer um currículo próprio (mas já? Pois é...) e sugeri que ela inovasse um pouco, para não ficar na mesmice de itens e mais itens. Como ela gostava de escrever, acabamos inventando um texto narrativo bem pessoal com uma bossa tipográfica na diagramação. Não sei se ela vai usar ou não, mas isso me faz pensar que a criatividade tem que estar nas pequenas coisas.

Como, por exemplo, nesses cartões...

De um escritório de advocacia especializado em divórcios.

De uma empresa de impressão bem nerd...

Eu quero um do Google!