segunda-feira, 14 de junho de 2010

A bela Pérsia


Fui ver Príncipe da Pérsia: As areias do tempo (Prince of Persia: The sands of time, 2010) e fiquei impressionado com a beleza do filme. Na verdade, foi a única coisa que encontrei de interessante, mesmo sabendo que deve ser tudo computação gráfica. Os filmes de ação estão se tornando - para mim - filmes românticos: você já sabe o que vai acontecer no final. Enquanto nos filmes de amor, você paga (eu não) para ver belos atores e atrizes se pegando e se emocionando, em filmes de ação, você paga para ver o que o computador e so dublês são capazes de fazer.

Resumindo a previsível história: Dastan (Jake Gyllenhaal) é um menino de rua adotado pelo rei Sharaman. Anos mais tarde, ele ajuda os irmãos adotivos a ocupar a cidade sagrada de Alamut. Logo depois, é envolvido numa conspiração e acusado de assassinar o rei Sharaman. Dastan foge na companhia da princesa de Alamut, Tamina (Gemma Arterton), carregando consigo uma misteriosa adaga que libera as “areias do tempo” e permite a seu portador voltar ao passado. Com o desenrolar da trama, Dastan fica sabendo de todo o engodo de um traidor que deseja voltar no tempo e se tornar rei, mesmo que isso destrua o mundo.

Atuações esquecíveis, até mesmo as de Ben Kingsley e Alfred Molina. Faltaram inúmeras amarrações e continuidades. E ainda tem uma crítica à política mundial: a razão pela invasão da cidade sagrada é a posse de armas inimigas, mas isso seria uma mentira. Algo a ver com a poderosa América e o Oriente Médio? Vale a pena ver? Se você tiver um Blu-Ray em casa, aguarde chegar na locadora e curtas os cenários e as perseguições. Se não, vá ver no cinema em alguma promoção da semana, tipo, no início da tarde, às quartas-feiras... sei lá.

Ah... esse filme coloca o parkour (espécie de esporte em que o jogador utiliza os obstáculos do ambiente para se mover) como a mais importante invenção para os filmes de ação dos últimos tempos (depois do computador).



PS.: Pra quem não sabe, esse filme é baseado em um videogame (aliás, o personagem pula igual) que a Disney e o produtor Jerry Bruckheimer queriam transformar no novo Piratas do Caribe, mas... passou longe! Vai da Tela Quente pra Sessão da Tarde em um piscar de olhos!

domingo, 13 de junho de 2010

Supremacia alemã!


Finalmente um jogo decente! A Alemanha mostrou a que veio! 4 a 0 na fraca Austrália que não dificultou muito, mas também não jogou um futebol tão diferente que vi anteriormente. Sabe qual foi a diferença maior? A Alemanha foi o único time até agora que vi com um meio-campo inteligente! Não vi a Argentina, mas percebo que a Alemanha chegou com uma postura bem mais campeã do que a arrogância dos hermanos. Gostei de ver Lam, Özil, Podolski e cia. Vão levar fácil esse grupo e vão passar fácil pelas oitavas. As possibilidades de cruzamento nas quartas podem complicar, mas ainda acho que esse time tem grande chance de chegar as semifinais, quiçá à final.

Tá difícil...

Caraca... acordar 8h30 da manhã pra ver Argélia e Eslovênia foi duro... e se manter acordado para a seqüência de Sérvia e Gana foi mais difícil ainda! Dois jogos péssimos! Prefiro creditar isso às estréias do que acreditar que a Copa será toda assim.

A Inglaterra tá vendo sua vida se complicar por causa de dois frangos: um de seu goleiro que permitiu o empate com os EUA e outro do goleiro da Argélia que deu a vitória e a liderança a Eslovênia... repetindo... A ESLOVÊNIA! Putz...

Depois vieram os sérvios (sem Pet) e Gana. Achei que Gana ia dar um show sobre a Sérvia (sem Pet). Até porque me lembro do jogo Gana e Suécia que foi disparado um dos melhores jogo que vi na Copa da Alemanha (2006). Mas o jogo foi disputado em suas deficiências. Algumas boas oportunidades, mas nada de encher tanto os olhos (talvez um chute à queima roupa de um sérvio que foi explodir nas mãos paradas do goleiro ganês) em mais um jogo cheio de lançamentos buscando o contra-ataque e nenhuma presença criativa no meio-campo. Mas aí... veio uma mãozinha safada de Kuzmanovic pra tirar o jogo da mesmice. Que idiota...

Até agora, falhas individuais e jogos de baixa qualidade temperados por um chatíssimo nervosismo de estréia estão imperando na África do Sul. Sinceramente... fica mais fácil de acreditar que os pés-de-boi do Dunga serão capazes de ir longe. Mas ainda falta muita estréia safada pela frente.

sábado, 12 de junho de 2010

Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

(Carlos Drummond de Andrade)

Estréias nervosas

Não pude ver os dois jogos do grupo B - Coréia 2 a 0 na Grécia e Argetina 1 a 0 na Nigéria. Mesmo assim, o pouco que vi até agora me diz que está todo mundo muito nervoso com a estréia.

O nervosismo grego traduziu-se no segundo gol coreano. É quase inadmissível uma seleção que já foi campeã européia sofrer dois gols da Coréia do Sul. Tá... os coreanos não são bobos. Chegaram às semifinais em 2002, mas era em casa e cheio de polêmicas. Mesmo assim, me parece que a Coréia não tinha nada a perder: entrou, saiu correndo e fez gol.

Queria ter visto esse jogo. Não só pelo show do Messi, mas pelo Maradona que foi uma diversão no campo, pelo que vi de suas cenas posteriormente. E, pelo jeito, a Argentina não está tão mal treinada assim... afinal.. o gol foi de jogada ensaiada. É o time a se temer (até agora). Salve o goleiro/muralha nigeriano!

Infelizmente, esse jogo eu vi. Putz... achei que a Inglaterra ia dar um show com o timaço que tem. Mas cadê o meio-campo inglês? É um buraco enorme! Pior do que o Uruguai! A diferença é que quando um jogador de meio-campo inglês resolve aparecer naquele pedaço de campo faz um diferença enorme... já os do Uruguai... Lampard não jogou. Gerrard fez o gol, mas ou jogava muito avançado ou vinha buscar a bola na defesa. Rooney teve que jogar no meio! Dos EUA, só posso falar que o condicionamento físico deles e o posicionamento tático era bom. Porque tecnicamente... putz... muito ruim. E nem vou falar tanto do gol deles, porque o goleiro inglês Green terá as orelhas mais vermelhas do dia!

PS.: Quer piadinhas infames sobre tudo e agora sobre a Copa? Vai no Comédia em Blog porque vale a pena!