quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vestida de luz


"Vestida de luz" é o título dessa belíssima foto do francês Lucien Clergue, que trabalha o nú artístico como poucos. Um aula de naming. E fotografia, é claro.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Vela Verde

Foi assim que me senti depois de sair do filme Lanterna Verde (Green Lantern, 2011): nada iluminado... O filme é ruim e a crítica já avisava isso. Vou tentar explicar através das atuações.

Ryan Reynolds é o Deadpool no filme do Wolverine e não o Lanterna Verde/Hal Jordan. Ele é piadista demais, tem uma cara de bobo que não convence como super-herói. Parece que foi escolhido por ter um corpo malhado e só. Aliás, isso era exatamente o que se achava do Chris Evans em Capitão América, mas esse boboca se saiu muito melhor. Você poderia até dizer que isso só vale pra quem conhece os quadrinhos... ok... mesmo assim, ele está péssimo.

Blake Lively até se impõe como Carol Ferris, o interesse romântico/mulher independente, mas ainda não chegou lá como atriz. Tim Robbins e Angela Basset deveriam se perguntar o que estavam fazendo ali em uma ou duas cenas péssimas. Todo mundo anda falando muito sobre o maravilhoso Mark Strong como Sinestro, mas, na verdade, ele só se sobressai porque todo o resto é ruim. Nivelando por baixo, ele se destaca, mas tem pouquíssimos cenas. A mais empolgante cena dele não tem fala e acontece no pós-créditos... precisa dizer mais?


Preciso: os dois personagens mais interessantes são de computador. Tomar-Re (voz de Geoffrey Hush) e Killowog (voz de Michal C. Duncan) são as únicas coisas nesse filme que faz você querer que tenha uma sequência para que eles apareçam mais. Inclusive, esse filme ficou com jeito de péssimas preliminares que gritam por uma partida oficial empolgante. Peter Sarsgaard faz o vilão Hector Hammond muito melhor do que Sinestro, mas seu personagem foi jogado para escanteio por causa de um Parallax enxertado da maneira errada no roteiro.


Então, vamos falar do roteiro? Ninguém se surpreende com um herói verde voando ou se assusta com aliens? E alguém consegue me explicar como você vai pra outro planeta, se mistura instantaneamente com alienígenas e treina para ser o protetor da Via Láctea INTEIRA em duas cenas? Será que o diretor não sabe fazer cenas de passagem de tempo (veja a abertura de créditos de Wolverine, querido!)? Como se cria 3600 protetores universais que não conseguem pensar em matar um vilão TÃÃÃÃÃO poderoso e um humano atrasado faz isso em 5 minutos? Fica claro que era preciso condensar toda a origem em duas horas e ainda botar uma açãozinha no meio, mas os dois falharam.

Lanterna Verde é um filme pós-Batman Begins com cara de pré-Batman Begins. Entenderam? Dizem que a nova série cinematográfica do Homem-Morcego redefiniu a forma que os super-heróis deveriam ser encarados na telona, pois antes eles eram muito pueris e infantilizados (vide Batman Eternamente), apelando para efeitos e cenários, e esquecendo das boas histórias.

É isso. Vá ver, mas não espere absolutamente nada. No máximo, por um próximo filme melhor.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Super 80!

Se você viveu não tão falada e cultuada década de 80, você vai sentir a pura nostalgia no cinema ao ver Super 8 (Super 8, 2011). É uma clara homenagem do diretor J. J. Abrams (de Lost) aos filmes com crianças do produtor Steven Spielberg. Eu saí do cinema pensando em Goonies...

Super 8 te faz rir, dá susto, deixa tenso, emociona e consegue rapidinho te envolver na trama, por mais previsível - e até infantil - que seja. Você nem se preocupa com as atuações e sim com o desenrolar da história. E, mesmo assim, ainda conseguimos ver essas crianças em bons momentos de talento (porque são realmente crianças no filme e não "mini-adultos") e alguns atores do escalão televisivo ou do último escalão cinematográfico aparecendo sem deixar furo.

É sempre legal ver como se faz um filme sem 3D ou excessos de tecnologia funcionar muito bem. Mas fico na dúvida se esse filme encantará a nova geração. Talvez consiga angariar alguns jovens para a o mundo mágico da cinefilia, mas acredito que é um filme saudosista que fará toda uma geração feliz em ter um ótimo Sessão da Tarde na telona.

sábado, 20 de agosto de 2011

Debulhando!

Só pra dizer que que está tudo no caminho... o caminho certo, eu não sei... mas está indo pra frente. E agora é a hora de colher os frutos, sem esquecer de continuar plantando sempre.

Feliz ano novo astrológico pra mim!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Capitão América para fãs

Eu nunca fui fã do Capitão América dos quadrinhos, porque nunca entendi um bandeiroso sem poderes vencer todo mundo com um escudo. Mas se você pensar bem ele é o Batman e o Superman (ambos da DC) juntos em um só: o humano sem poderes que não mata ninguém e inspira todo mundo com sua super-ética e seu uniforme americanizado. Com o tempo, a gente passa a entender melhor o personagem dentro de seu universo. E a Marvel conseguiu modernizar bastante o personagem nas HQs, trazendo-o para o século 21 sem precisar de eventos cósmicos ou cancelamento de revistas (para isso, teve que "matá-lo" e "ressucistá-lo", como sempre).

E já era hora de levá-lo para o cinema. Mas, primeiro, era preciso tirar o mal estar do filme feito em 1990 que - de tão ruim - foi direto pra VHS em 1992...


E, quando, disseram que Chris Evans iria fazer o filme, todo mundo só ficava repensando os péssimos filmes de comédia da carreira do rapaz e do fato dele já ter feito o Tocha Humana nos dois filmes do Quarteto Fantástico, da mesma editora. Mas Chris Evans segura a onda do personagem, sem sua canastrice habitual.


Aliás, de todo, o filme Capitão América: O Primeiro Vingador (Capitain America: The First Avenger, 2011) é bom. Bem amarrado - mais até do que o filme do Thor -, porém previsível como uma história em quadrinhos da década de 40. Foi legal terem desviado um pouco do nazismo, para não ficar uma guerra clara entre nações, sendo uma delas o "todo-poderoso-maravilhoso" EUA.


Falando nisso, é absolutamente ridículo a crítica especializada ficar comparando o filme ao Bastardos Inglórios de Tarantino, chamando o herói de pueril... ALÔ, CRÍTICOS! VOCÊS JÁ LERAM QUADRINHOS OU FICAM ACHANDO QUE O MUNDO É CHATO COMO O QUE O WOODY ALLEN ESCREVE? Quem disse que todo filme precisa ser comparado a outro filme? Nem tudo deve ser trazido aos tempos atuais! Isso é um filme a partir de uma história em quadrinhos da Segunda Guerra!!! Eu hein...

Bom...

É preciso entender a construção desse heroi bondoso ao extremo, resiliente ao máximo. Para isso, três cenas ainda antes de sua transformação em um supersoldado são seminais: (1) a surra que ele se levanta sem parar; (2) a sacada da bandeira; e (3) a granada falsa. Outra coisa importante é sua relação com Peggy Carter, que vai sendo construída em um crescente para que torçamos para dar certo e nos apiedemos ao final.

Claro que Hugo Weaving merece um destaque por si só. Ele é o anarquista e vingativo V, o rei dos elfos Elrond no Senhor dos Anéis, o Agente Smith de Matrix, a voz de Megatron e encarna o Caveira Vermelha nesse filme! Quer mais? Bom... é verdade que o Caveira não chega a ser um vilão memorável, mas e daí? Olha os filmes que esse cara faz! E os personagens! Weaving age com respeito ao personagem. Como sempre.

Voltando ao filme, é preciso saber que ele é uma ponta solta que será concluída no filme dos Vingadores em maio de 2012, que juntará o Capitão América ao Homem de Ferro, ao Thor, ao Hulk e a outros personagens que apareceram nos filmes anteriores. Portanto, sugiro que você veja todos esses filmes antes dos Vingadores e - até mesmo - deste filme do Capitão, pois você entenderá algumas ligações com maior facilidade.

Com isso tudo, quero dizer que o filme é para fãs de quadrinhos. É divertido, mas não é de encher os olhos. Então, como fã digo: vão se divertir no cinema!