segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Um quarteto nada fantástico

Críticas pesadas acompanharam o novo filme do Quarteto Fantástico (Fantastic 4, 2015) desde o momento de sua concepção até sua estreia. Claro que isso fez com que minhas expectativas estivessem lá embaixo para encará-lo no cinema. E olha... é ruim mesmo.

Sinceramente não gosto do grupo nos quadrinhos (julguem-me), mas não posso negar a importância e o potencial cinematográfico da "Primeira Família". Já tiveram um primeiro filme que foi escondido pela Marvel e dois filmes recentes que apelaram para um jeitão pop-infanto-juvenil. O novo filme se inspira em um universo paralelo que a editora construiu nos quadrinhos com certo sucesso para um público jovem, mas que altera alguns princípios básicos do original. E foi essa liberdade que a Fox usou para também mudar sua história, colocando inclusive um personagem negro no grupo. Mas eu não quero ser tão purista... O filme é ruim porque é mau escrito!

Perde-se tempo demais construindo a máquina que vai transformá-los numa tentativa vã de aprofundar os personagens e recontar a origem. Mas nada acontece. Mesmo que Miles Teller e Kate Mara sejam fisicamente perfeitos para o papel, tudo fica rasteiro, superficial, sem propósito. Ou você acha que qualquer ferro-velho tem um conversor de energia assim dando sopa? Ou que você, num momento, sofre pra usar seus poderes e, no momento seguinte, você vira um ninja? E o que falar de um Coisa sem as calças e de voz fina?


Porém... volto a ser purista pra dizer: pena mesmo eu tenho do Dr. Destino. Ele já foi um empresário rico que ganhou poderes elétricos e se transformou numa estátua de metal. Agora ele é um escrotinho sem qualquer motivação. Será que as pessoas envolvidas nesses filmes não leem mais de 60 anos de histórias? Victor Von Doom não é maligno por ser mauzinho. Ele tem uma história de dor, tristeza e vingança que o deixaram amargurado, capaz de fazer qualquer coisa (mesmo!) para recuperar sua mãe. Dessa vez conseguiram não só matar o personagem no fim como reduzi-lo a um vilão insignificante. Detalhe: nos quadrinhos atuais, Dr. Destino está sendo responsável por uma das maiores reformulações da editora...


Vendo os filmes que a própria editora anda fazendo (Vingadores, Capitão América, Homem de Ferro, Guardiões da Galáxia, Homem-Formiga etc etc), pedimos encarecidamente que a Fox devolva os direitos do Quarteto a Marvel. Aliás, fico pensando que, mesmo conseguindo fazer bons filmes dos X-Men, eu adoraria que os mutantes estivesse nas mãos da Casa das Ideias...

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Ficções contemporâenas

A exposição Ficções mergulha no universo da narrativa de alguns artistas contemporâneos em atividade no país tomando como ponto de partida o livro homônimo publicado pelo argentino Jorge Luis Borges, em 1944. Com curadoria da crítica Daniela Name, a mostra reúne mais de 40 obras entre pinturas, instalações, vídeos e outras linguagens de 33 artistas brasileiros.

É arte contemporânea, ou seja, nem sempre palatável para a maioria. Porém, é possível encontrar coisas muito interessantes, como as telas Centaura, de Daniel Lannes, e a enorme A onda, de Luiz Zerbini, ou a escultura Edição infinita, de Lourival Cuquinha.

A onda, de Luiz Zerbini. Acrílica sobre tela, 2014.
Edição infinita, de Lourival Cuquinha. Moedas de 5 francos suíços e cabo de aço, 2012.


E como gosto de palavras, ainda pude ver obras interessantes como As 6 cores poetas, de Marilá Dardot, e o ótimo Não falo duas vezes, de Marcos Chaves.

As 6 cores poetas (Branco Murilo), de Marilá Dardot. Impressão mineral sobre papel algodão e pintura em tinta guache sobre papel, passe-partout e moldura, 2013.
Não falo duas vezes, de Marcos Chaves. Vidro e vinil adesivo, 1995.

Fica até 6 de setembro na Caixa Cultural.

sábado, 1 de agosto de 2015

Cartazes para o novo herói

Vamos ver alguns cartazes bacanas feitos para o filme do Homem-Formiga (Antman, 2015)?


Não descobri quem fez, mas veio do Facebook brasileiro da Marvel.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Nas nuvens

Todo mundo já viu algo nas nuvens, um objeto, uma figura geométrica ou até um animal, e cada pessoa vê uma coisa diferente. Eu tive uma epifania quando apreciava um pôr-do-sol em Fernando de Noronha. A verdade é que as nuvens conseguem ser uma espécie de galeria a céu aberto, mostrando pra gente que a Natureza faz Arte.


Vi essas fotos em março desse ano e, como minha cabeça não pára, comecei a fotografar o céu da minha janela, criei uma conta no Instagram e já estou com um novo projeto na cabeça.

Agora... pirem com esse time lapse:


Foda.
(Via Hypeness)
(Créditos das fotos: Ken Lewis, Vincent Fryhover, Nicholas T.,
Josvandamme, Alan R. Light, Kick Petroff, Nasa e Josh Wittap)

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Arte ao lado

Quando pensei em escrever sobre amigos, conhecidos e familiares que são artistas, não imaginava que ia me dar tanto prazer. Não só pelo fato de estar me (re)conectando com algumas pessoas, mas também pelo retorno incrível que estou tendo.

Abordei os participantes, pedindo que respondessem três perguntas que todo jornalista precisa fazer para escrever um texto: o que você faz? Como você faz? Por que você faz? Depois dessas respostas começaria o processo cíclico de escrever, revisar, aprovar até que ficasse bom para ambas as partes. Quando comecei a receber as primeiras respostas, percebi que estava pedindo que os artistas se distanciassem de suas produções e refletissem sobre seus processos de criação. Confesso: não pensei nisso quando tive a ideia. Porém, criou um diálogo tão mais rico que estou fascinado.

O selo que está aqui nessa postagem abre caminho neste blog para este projeto que chamei de Arte ao Lado, uma vez que estou identificando, buscando e espalhando a Arte que vejo ao meu redor. No entanto, como disse anteriormente, não tenho agendamento para as postagens. Quero que seja um processo fluido como tem sido, para um resultado que condiga com as minhas expectativas.