sábado, 14 de julho de 2018

COPA 2018: Merecido.

Venhamos e convenhamos: a disputa do terceiro lugar na Copa do Mundo é um jogo desnecessário. Era melhor definir as posições por pontos ao invés de fazer um jogo caça-níqueis onde a maior parte dos jogadores não quer se machucar porque estão próximos ao início de suas temporadas nos clubes.

Dito isto...


A Inglaterra veio com um time misto com o objetivo de colocar todos os jogadores da delegação para participar do evento. Kane queria a artilharia (e deixar de ser um engodo), mas os ingleses ficaram sem a maioria de suas estratégias: só sobraram os zagueiros. Já a Bélgica não quis saber: seu objetivo era fazer a melhor campanha da história e merecidamente levaram o bronze. Os belgas, na verdade, merceiam mesmo era ter chegado à final, mas os cruzamentos não permitiram. O futebol que eles jogaram foi - talvez - o mais bonito de toda a competição. Devem fechar como a seleção de melhor ataque e saldo de gols.

Vale dizer que o ex-jogador francês Thierry Henry fez parte da delegação belga. Uma de suas funções era levar a motivação e a vontade de ser campeão. Foi assim que a Bélgica entrou nessa disputa de terceiro lugar. No fim, Henry abraçou todos os jogadores com um largo sorriso no rosto, parabenizando-os pela importante conquista histórica! Campeões.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

COPA 2018: Incansáveis!


Dois jogos decisivos com empate, prorrogação e penalidades cansaram a Croácia. Era possível ver seus jogadores pesados em campo. E tomando um gol de falta da Inglaterra aos 5 minutos do primeiro tempo, fez os croatas correrem atrás do resultado, esbarrando na eficiente marcação inglesa. Isso ficou tão visível que os próprios ingleses reduziram o ritmo e pareciam levar o jogo em banho maria. Mas só bastou um intervalo de 15 minutos para a Croácia voltar com tudo. Chegaram ao empate e passaram a pressionar. Resultado: mais uma prorrogação e a Croácia jogou um jogo a mais do que todo mundo! Fez diferença isso? NÃO! Os croatas partiram pra virada, deixando os ingleses sem meio de campo, bem mais cansados do que eles e completamente atônitos! Não há bolão vencedor nesta copa!

França e Croácia revivem a semifinal de 20 anos atrás quando a França levou seu primeiro campeonato mundial. A chance de levar o segundo é absurda porque é franca favorita. O problema é que não dá pra duvidar de nada que venha desses incansáveis guerreiros croatas! Para Bélgica e Inglaterra só resta um jogo pelo terceiro lugar que todo mundo espera que seja mais animado do que o jogo de classificados da primeira fase entre essas duas seleções.
PS.: Mick Jagger disse que não estava torcendo pra ninguém, mas hoje postou a favor da Inglaterra!

terça-feira, 10 de julho de 2018

COPA 2018: Por um lance

Eu disse que ia ser um dos (ou O) jogo da Copa.


A primeira falta foi aos 16 minutos! Jogo na bola! A Bélgica dominou o primeiro tempo de forma aguda e parou em Lloris, mas a França também mostrou suas garras e fez Cortouis trabalhar. No intervalo, os franceses consertaram o posicionamento e entraram de outra forma (acordaram o Mbappé), se fecharam e conseguindo um gol em bola parada. Qualquer um que vencesse estaria bom e os franceses eram até favoritos, mas, por merecimento, os belgas deveriam levar pelo futebol, pela campanha e pela geração. Mas o futebol precisa de gols e a pontaria não estava boa hoje.

Agora é partir pro bicampeonato.

sábado, 7 de julho de 2018

COPA 2018: Só pode haver um


A superioridade inglesa era óbvia e foi notória. Ao analisarmos o percurso da Suécia até aqui, só poderíamos imaginar que os suecos levariam essa se algo ajudasse. Veja: na primeira fase, ganharam da Coréia com um pênalti de vídeo, perderam da Alemanha e só ganharam de um México já classificado porque teve um gol contra que desnorteou os mexicanos; e, nas oitavas, só ganhou da Suíça porque o chute sueco desviou no zagueiro suíço. Já o conjunto da Inglaterra não foi muito testado durante a primeira fase, mas mostrou uma consistência estratégica de marcação, bom goleiro, contra ataques rápidos e um atacante fatal (entendeu, Brasil?). Aliás, são tão parecidos com a Bélgica (que ganharam dos ingleses na primeira fase por 1 gol somente) que não me supreenderia se houvesse um reencontro na final.


A ex-União Soviética e a ex-Iugoslávia fizeram uma das maiores peladas dessa Copa. Apresentaram um futebol que não se esperaria em uma quartas-de-final. A Croácia sempre foi melhor e favorita, chegando a apresentar um futebol melhor em alguns momentos. A Rússia sempre foi a franco atiradora que jogava com o coração de anfitriã, sendo dessa forma que chegou ao empate na prorrogação. Ambas já haviam passado por penalidades nas oitavas, então mostraram um futebol mais cansado e cansativo. Mas vale dizer que os russos fizeram uma participação incrível com Cheryshev marcando três gols belíssimos e a eliminação da Espanha. A classificação croata era esperada, mas sua continuidade dependerá de descanso e de seus talentos assumirem a responsabilidade.

Inglaterra vs. Croácia é o caminho mais difícil para os ingleses após a saída dos espanhóis. A diferença do que vem sendo apresentado pelos dois lados do chaveamento nessa copa, me faz dizer que a saída do Brasil foi um erro de planejamento ao não ter se permitido passar em segundo lugar no grupo.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

COPA 2018: Supremacia do amadurecimento europeu


No primeiro tempo, o jogo foi dividido em três partes: um terço de bom jogo, aberto e disputado com as duas equipes reconhecendo o terreno; outro terço, chato, mais pegado e nervoso; e o terço final com a França assumindo sua postura dominante no jogo. O segundo tempo foi um mistura dos dois terços finais anteriores, com um Uruguai nervoso e uma França mandando. É muito ruim quando um frango (ou um desvio como no jogo entre Suécia e Suíça) decide o jogo... sim, já estava 1 a 0 para os franceses, mas quebra o ritmo, o clima.. entra o fator pena, o desespero. Uruguai chegou às quartas sem ser derrotado, com apenas um gol sofrido e apenas um cartão amarelo. Ver seu jogador chorando com a bola rolando foi de cortar o coração. No entanto, os franceses mereceram por toda a campanha e bom futebol (grandes chances de ser campeã).



Hazard fez o que Neymar não fez (driblou com eficiência e ganhou todas de seu marcador). Cortouis fez o que Alisson não fez (defesas confiantes). De Bruyne fez o que Philippe Coutinho não fez (levou o time pra frente). Lukaku fez o que Gabriel Jesus não fez (segurou a zaga por imposição de qualidade). Fernandinho fez o que Casemiro não fez (um gol contra que tão ruim quanto um frango). A Bélgica foi eficiente na marcação e fatal no contra ataque, enquanto o Brasil foi perdendo chances de forma quase desordenada (não temos jogada de linha de fundo, todos os jogadores centralizam). Não jogamos mal, mas emocionalmente...

E assim caem os dois sulamericanos, mostrando a supremacia europeia que já falei antes: só sobrou seleção da Europa. É mais do que dinheiro e jogadores de qualidade. É um amadurecimento emocional que passa MUITO longe deste continente. Talento, raça e coração não vencem mais.

A semifinal entre França e Bélgica deverá ser o grande jogo desta Copa. Talvez maior do que a final. Melhores jogadores, melhores esquemas táticos... Mas as (bem) pequenas falhas na defesa que os belgas apresentam podem ser aproveitados pelos franceses.