segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Museus paulistas

No feriado da Consciência Negra (dia 20 de novembro), estive em São Paulo, visitando museus como inspiração para um projeto que fui convidado a participar pela mestre em museologia Thelma Palha. Apesar de cansativa (ida e volta de ônibus para ver 4 museus em um dia), a viagem foi muito boa.

Por chegar muito cedo, primeiro fomos tomar um café da manhã no Mercado Municipal, com seus pastéis, barracas de frutas estranhas (inclusive a do Tony Ramos na novela "Próxima Vítima") e temperos do mundo todo.
Nossa primeira parada cultural foi a Pinacoteca do Estado. O prédio é belíssimo, tanto por dentro, quanto por fora.... ao ponto de ser mais válido ver o prédio do que as exposições. Brincadeiras a parte, o prédio é um labirinto com pouca sinalização, mas muito bem estruturado para exposições. Tive a oportunidade de ver uma exposição sobre Eliseu Visconti e uma mostra de arte abstrata/construtivista brasileira.
Bem na frente, o tão falado Museu da Língua Portuguesa. É legal? É. Mas não é nada disso que todo mundo fala. Tavlez por minha experiência, talvez pelo meu gênio excessivamente crítico. Mas acho que o excesso de expectativa que se coloca estraga as surpresas. O museu é muito tecnológico: muitos vídeos porjetados, computadores, áudios e por aí vai. Mas a parte analógica precisa ser revista: vitrines com luz queimada, cronologia muito extensa... mas o museu é ótimo! As exposições temporárias concentram o foco do lugar. Vi a exposição (bem cenográfica) de Machado de Assis e achei bem interessante. O "Largo do Machado" estava ótimo.
Depois do almoço e um passeio de ônibus, chegamos ao estádio de futebol do Corínthians, o Pacaembu, onde está localizado o Museu do Futebol. É um museu pra quem é fã do esporte. Ou seja, eu adorei! E nesse museu a tecnologia é utilizada da forma correta... VEJAM O VÍDEO! Foi feita uma área debaixo das arquibancadas com projeção de torcidas que é de arrepiar! Essa é a forma correta de se pensar em tecnologia. A parte educativa também é muito boa com a tomada de uma partido visual ótimo. Ainda tem o final interativo, com jogos virtuais e filmes 3D. Vale a pena pra quem gosta muito (e acho que pra quem não gosta tanto também).


E por fim... a 28ª Bienal. Não tenho o que comentar. Sabe por quê? Porque resolveram dizer que iam fazer uma reflexão sobre o vazio e deixaram um andar INTEIRO vazio! E isso porque a organização do evento tem dois anos pra fazer tudo. Achei péssimo. E quando tinha alguma coisa no terceiro andar, eles fizeram estruturas aparentes de papelão e compensado dizendo que era outro partido do evento. Então, prefiro postar as fotos do lindíssimo prédio de Niemeyer e rever minhas vontades de visitar esse evento no futuro.
Tirei bastante proveito dessa viagem. Foi muito bom ver o que se faz por aí em exposições e museus.

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