Em Tiros em Columbine, Moore faz uma análise sobre a obssessão americana às armas de fogo, após os tiroteios em Columbine. Pra quem não se lembra, a idéia do documentário partiu após o episódio onde dois garotos entraram armados a la Matrix na escola e metralharam seus coleguinhas. Moore questiona todas as mortes por armas de fogo no país e se pergunta se a culpa é realmente da TV e dos games, ou se a cultura americana não está com problemas profundos. Investiga a origem dessa cultura bélica e busca respostas nas pequenas cidades dos EUA, onde a maioria das casa possui uma arma. Detalhe para a entrevista com Charlton Heston que pega pesado por ser presidente da Associação Americana do Rifle. Ganhou Oscar e outros prêmios!
Fahrenheit é uma pancada no governo Bush, após a tragédia de 11 de setembro. Moore passou três anos encontrando provas de que a família Bush tinha (e ainda deve ter) ligações intrínsecas e diretas com Osama Bin Laden, o líder do Al-Qaeda e dado como responsável pelos ataques terroristas. Para vocês terem uma idéia: ele apresenta provas de que os EUA patrocinaram o Al-Qaeda. Muito boa a decisão de Moore de pedir aos membros do Senado americano que mandem seus filhos para o Iraque. A cara deles é incrível. E Moore ainda mostra a atmosfera de medo instalada pelo governo para poder financiar ainda mais suas decisões equivocadas. Ganhou Palma de Ouro em Cannes! Parece que Moore vai continuar nesse tema e lançar mais um filme. Confesso que não sei como esse homem ainda está vivo e não foi levado por uma dessas companhias de segurança secretas americanas...
O sistema de saúde americano é literalmente esculhambado em S.O.S Saúde. Moore derruba todos os argumentos do governo, que acredita que a medicina socializada, ou seja, gratuita, é péssima para a população e "coisa de comunista". As visitas ao Canadá, França, Inglaterra e Cuba detonam os EUA. E ainda tem uma tentativa de usar os equipamentos da Baía de Guantánamo (a sinistra prisão americana em território cubano) que foi incrível: Moore prova que os "piores inimigos da cultura americana" recebem tratamento melhor do que o povo americano! Apesar de extremamente sensacionalista, utilizando o sofrimento (e a morte) de cidadãos comuns para apresentar seus argumentos, Moore é novamente implacável. Ele consegue até o depoimento de ex-funcionários de empresas de seguros que abrem o jogo sobre como se faz para ganhar dinheiro em detrimento da vida das pessoas. Esse documentário faz a gente pensar no nosso país.Não sou fã de documentários, mas virei fã da ironia de Michael Moore. Não sei se falta esse tipo de olhar no Brasil ou se aqui é tão esculhambado que a ironia já virou uma rotina desagradável.
Um comentário:
O Moore ainda está vivo exatamente porque se morresse ou desaparecesse subitamente todo mundo logo desconfiaria do aparelho de segurança do governo.
Também acho que ele é bastante sensacionalista mas sua ironia foi o meio que encontrou para denunciar os furos do chamado american way of life.
Quanto ao documentário sobre o sistema de saúde infelizmente o que ele mostrou do Canadá não é tão verdadeiro assim basta que você assista ao filme "Invasão dos Bárbaros".
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