No último domingo, fui visitar a retrospectiva Vik, de Vik Muniz no MAM do Rio. E fiquei naquele história de ter orgulho de ser brasileiro só por saber que sou da mesma nacionalidade de um cara tão talentoso e criativo.
É a maior exibição do artista já feita, com curadoria dele próprio. São 20 anos de quadros e fotografias expostos nas maiores galerias do mundo que nos mostra a incrível capacidade de Vik. Açúcar, poeira, linha, arame, sucata, diamantes, caviar, flores, pigmento em pó, algodão, calda de chocolate, molho de tomate, geléia, pasta de amendoim... tudo pode virar "tinta" na mão do artista. E não são trabalhos de inspiração abstrata. Toda a idéia tem uma belíssima conceituação e uma inspiração que conecta o uso do material a idéia, provando que a arte contemporânea tão difícil de ser entendida pode ser repensada. Vejam, por exemplo, o "WWW", um mapa mundi feito de sucata de computadores. Não é facilmente entendida a mensagem?
Isso sem falar da beleza plástica de suas obras. Vik reproduz obras da pintura da sua maneira com resultados supreendentes. "O nascimento de Vênus" de Botticelli feito de sucata é absolutamente incrível! O "Narciso" de Caravaggio também. A imagem de Elizabeth Taylor de diamantes é lindíssima. As paisagens de linhas são belas. As crianças africanas de açúcar e os trabalhadores do lixão feitos de lixo são emocionantes.
Ah... e não posso me esquecer de falar do "pré-expo". Assim que você sobe as escadas para a exposição do Vik, você dá de cara com uma vídeo-instalação incrivel de um finlandês. Osmo Rauhala projeta na parede um vídeo de um cervo em um bosque. Até aí nada de mais. Mas entre o projetor e a tela, ele colocou várias placas de vidro supensas por cbos de aço que fiam em movimento e refletem o vídeo em todas as paredes com tamanhos e cores diferentes. Achei interessantíssimo.
A exposição vai até 8 de março, então corra porque vale muito a pena! Aproveite também e saiba mais sobre Vik Muniz no site dele.
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