Outro dia me vi discutindo sobre política com um amigo. Sabe quando eu fiz isso antes? NUNCA! Nem me lembrava que já tinha me manifestado sobre o assunto aqui no blog antes! Algo aconteceu comigo nesta eleição: estou com uma preocupação maior. Na maioria das vezes fui voto contra ou voto nulo. Sempre achei um absurdo viver no meio de um discurso de "Democracia Brasileira", mas ser obrigado a votar!!! Aliás... continuo achando isso um absurdo, mas dessa vez, eu quero votar.
Aí é que está o problema...
A discussão sobre as próximas eleições está obviamente muito carregada sobre os candidatos a presidência da República. O povo tem argumentos de sobra para definir sua opção. Mas o que fazer com os deputados e senadores? Até mesmo os governadores tem um espaço menor na mídia.
Para presidente, por exemplo, eu tenho minhas convicções e sei em quem votar. Quero um presidente com opinião própria e articulado. Chega de pessoas criadas e montadas para serem fantoches de partidos / quadrilhas. Mesmo assim eu pergunto: será que em quatro anos de planejamento de campanha, não é possível incluir um cursinho de português e inglês para os candidatos? Ou algum de vocês consegue imaginar nossos protótipos de presidentes conversando com Obama (EUA) ou Merckel (Alemanha) sem a ajuda de um tradutor? Acho também que deveria ser obrigatório um cursinho na Socila...
Os desafios do próximo governador são muitos. Tenho o clássico medo de arriscar meu voto em um novo candidato. Mas esse medo só existe porque as trocas de governos sempre são problemáticas, com governantes querendo desfazer tudo o que foi feito em mandatos anteriores, mesmo que seja bom. Tomara que meu candidato seja capaz de enxergar o positivo para retomar o orgulho de ser carioca perante o Brasil e o mundo.
Agora... senadores e deputados será complicado. É cada nome, cada figura! Temo muito pelos próximos quatro anos! Vou acabar anulando meu voto ou votando em partido. Sinceramente, não sei... principalmente quando vejo isso:
Aí eu pergunto... pode? Sei que a lei deve dar direitos a esse tipo de coisa, mas como nós ficamos depois? Será que ninguém vê isso? As gracinhas do Tiririca já estão colocando-o como eleito para deputado federal! As pessoas vão votar nele!
Sabe... me dá vontade de votar também... afinal... vote em Tiririca, pior do que tá não fica!
Um comentário:
Na minha longa jornada política (e sempre fui militante)nunca me vi numa situação tão difícil.
Até na época da ditadura militar era mais fácil pois votava-se no MDB (partido da oposição consentida) para fazer frente à Arena (o partido do "sim senhor").
Ideologicamente não anulo voto. Acho que tenho que escolher da melhor forma possível. Muitas vezes errei, mas a democracia é feita de erros e acertos. Sei sempre em quem votei e procuro saber o que andam fazendo no governo.
Só que dessa vez estou em estado de profundo ceticismo. Dilma e PT, nunca mais (fui eleitora do partido por anos e me sinto traída, entre outros motivos, pelo aparelhamento que eles fizeram do Estado depois de anos acusando Deus e todo mundo de falta de ética)). José Serra? Pode ter até experiência política mas é um conhecido autoritário e de trato muito difícil (o pior é que para tentar levar a eleição para 2o turno estou me vendo premida pela necessidade de votar nele = acho que vou enfartar quando apertar o botão). Marina? Uma gracinha mas candidata de projeto unico.
Agora, o pior de tudo está sendo a escolha de Senadores para o Rio: ver quais são os candidatos me remete à campanha do Tiririca, ou seja, com qualquer um deles pior não fica.
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