
Acabo de rever A História sem Fim (Neverending Story, 1984) e não acredito que nunca falei desse incrível filme por aqui - que talvez faça um enorme sentido nos dias de hoje. É um filme inesquecível da minha infância.


Num mundo real, não há espaço para fantasia, para imaginação. O objetivo do livro é fazer com que o leitor entre num mundo imaginário, crie personagens, faça aquele reino descrito existir nem que seja por um instante. Mas o filme vai além, pois para salvar tudo do Nada (a não-imaginação), é preciso que o leitor dê um nome para a Imperatriz. É claro que Bastian, já totalmente envolvido pela história, escolhe o nome de sua mãe recém-falecida para ela e dá uma chance à F(f)antasia. E no fim (perdão pela revelação), Bastian ainda faz o que todo mundo queria fazer ao longo do filme: voa no dorso de Falkor!
TODA CRIANÇA TEM QUE VER ESSE FILME! Mesmo que a tecnologia não chegue aos pés dos blockbusters atuais, a mensagem é perfeita. Além de fortalecer o mundo da imaginação, esse filme é uma ode à literatura, aos livros que fazem a gente pensar, fazem a gente criar. Acredito que os livros jamais serão derrotados pela tecnologia, mas é um bom momento também para nos perguntarmos se esse mundo extremamente visual no qual vivemos não está atrapalhando um pouco a nossa capacidade de criar, de imaginar.
Será que eu quero um livro no iPad que me mostra a cara dos personagens, ou quero folhear minha mente para construir um mundo só meu? Acho que já falei isso, mas quando li o primeiro livro do Harry Potter, eu tinha um Harry na minha cabeça. Depois dos filmes, eu lia os livros pensando no Daniel Radcliff... Bom... ouça aqui a trilha sonora principal:
Leia! Imagine!
Um comentário:
Filme inesquecível!
Quanto à necessidade de ler me vem a mente um ditado antigo mas sempre atual: "Quem não lê mal fala, mal ouve, mal vê". Eu acrescentaria: perde a oportunidade não só de imaginar mas, sobretudo, de sonhar.
Como professora agradeço o incentivo dado à leitura nesse blog.
Postar um comentário