O cartaz é um ótimo exemplo da grande capacidade criativa do Brasil. A proposta ganhadora sem dúvida servirá como um esplêndido cartão de visita para a Copa do Mundo da Fifa 2014, que começará em 498 dias. Com muita emotividade, o cartaz destaca a importância e o brilho do torneio, assim como o fascínio gerado pelo futebol. - Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa
É diferente, brasileiro, criativo e ousado. Tem a nossa imensidão, capta nosso ritmo e nossas cores. À vitória! - Marta Suplicy, ministra da Cultura
O cartaz oficial é um passo importante para apresentar o Brasil e a Copa do Mundo da Fifa tanto no próprio país-sede quanto no exterior. É importante passar a imagem de uma nação que é moderna, inovadora, sustentável, feliz, unida e, é claro, apaixonada pelo futebol. - Ronaldo, craque e embaixador da Copa
Tenho certeza de que o povo brasileiro se sentirá bem representado assim que conhecer o cartaz. Estamos orgulhosos deste símbolo tão importante da Copa do Mundo da Fifa, que também mostra a paixão pelo futebol que existe em nosso país. - Bebeto, craque e embaixador da Copa
Essa peça venceu outros três cartazes finalistas. Sabemos que alguns dos jurados foram: Valcke, Suplicy, José Marin (presidente do COL), Romero Britto (artista plástico), Bebeto, Ronaldo, Carlos Aberto Torres, Amarildo e Marta. Essa é a comissão julgadora dita de alto nível?
Bom... independente disso, gosto bastante do resultado que trabalha a gestalt das pernas dos jogadores com o formato do Brasil. Ele parece seguir as linhas de identidade visual criadas para marca, tanto nas cores quanto nas formas. A única coisa que pega, pra mim, é a sua ligeira semelhança criativa com a marca da Unilever...
Um comentário:
E o designer americano Felix Sochwell detonou o cartaz e a identidade visual da Copa:
"Não é um pôster inspirador, mas já vi piores. O fato é que marca já causa uma reação terrível, por causa do processo que levou àquele monte de lixo. Giselle Bundchen é uma mulher extremamente bonita. Mas ela não pode estar na comissão julgadora.
Tenho certeza de que os presidentes e diretores de Budweiser, Coca Cola e McDonald’s (todos parceiros da Fifa) não ficam ligando para Ryan Seacrest para pedir sua opinião a respeito das fontes e serifas que eles usam desde as primeiras décadas do século 20. A Fifa conseguiu o que queria: uma grande confusão.
Da perspectiva do design, eu consigo ver a “grande” ideia aqui, que é simplesmente o contorno do mapa do Brasil. Então “Os jogos serão no Brasil” é o mais profundo que conseguimos enxergar conceitualmente.
Em termos de estilo, fomos brindados com um tutorial de ferramentas para duplicação. Como designer ou ilustrador, posso dizer que isso é preguiça. Primeiro, você desenha cada peça, depois mede cuidadosamente onde ela entra. Mas aqui você vê que um grão, uma flor e uma folha foram desenhados e depois duplicados para poupar tempo. Os efeitos, em geral, mostram descuido, falta de individualidade e estética. A estética aqui pode ser descrita como “computador”.
Ainda mais impressionante do que o conceito e os detalhes do pôster é a ideia de que cada patrocinador tem de acomodar seu logo neste molde de pena de pássaro. Alguns poucos patrocinadores se beneficiam por terem logos horizontais, mas há outros que não têm a mesma sorte. Imagine você patrocinar uma Copa do Mundo e não conseguir mostrar seu logo no pôster oficial?
Por fim, vamos analisar a fonte tipográfica desenhada para o evento. Elas parecem ter sido criadas por um programa baseado em vetores; as curvas e os detalhes que normalmente aparecem em um desenho deste nível caíram por terra. Com quem esse padrão gráfico conversa? Com crianças? Ele só funciona um pouco porque tem um pouco de balanço e delicadeza. Mas, como a marca e os materiais relativos, não é algo que deva ser levado muito a sério."
Ou seja, o cara chutou o balde. Acho que tem um pouco de mimimi invejo no tom de suas palavras. No entanto, há coerência em vários pontos.
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