segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Espião América

O primeiro filme do Capitão América (Captain America: The first Avenger, 2011) foi considerado por muitos o mais fraco da Primeira Fase cinematográfica da Marvel que culminou no filme dos Vingadores (The Avengers, 2012). No entanto, foi importante para estabelecer o início da S.H.I.E.L.D., que apareceu como coadjuvante em todos os outros filmes e foi uma das protagonista no filme da equipe.

Comecei dessa forma minha crítica ao Capitão América 2: O Soldado Invernal (Captain America 2: The Winter Soldier, 2014) porque a S.H.I.E.L.D. é a verdadeira protagonista do filme e, sendo assim, acabamos com mais espionagem e conspirações do que ação. Mas calma: a ação está lá garantida (o escudo vai ser a segunda melhor arma que você já viu na vida, depois do Mjolnir de Thor, é claro)! Até porque (SPOILERS a partir daqui!) com o comprometimento da instituição pela Hidra, nunca se sabe em quem confiar. Com isso, Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Viúva Negra (Scarlett Johansson) ganham papéis equivalentes ao do Capitão América. Vale aqui a ressalva que Chris Evans já eliminou quaisquer dúvidas existentes sobre sua capacidade de fazer o herói (que vai da ação frenética no elevador ao drama de rever Peggy).


Sempre bem amarrado e com espaço pra todos, o filme insere personagens importantes da história quadrinística do herói: trouxe um Arnim Zola (Toby Jones) em sua versão computadorizada que ainda deve ter continuidade; Falcão/Sam Wilson (Anthony Mackie em ótima presença que faz você esquecer onde está o Gavião Arqueiro nisso tudo) foi um dos maiores parceiros dele e chegou a se tornar um vingador; a vizinha/enfermeira/agente Sharon Carter (Emily vanCamp, chamada de Kate no filme) é neta de seu antigo amor Peggy e virou seu mais importante interesse amoroso; Alexander Pierce (Robert Redford) chegou a se tornar um Caveira Vermelha; o mercenário Batroc (Georges Saint Pierre) é um dos clássicos inimigos do bandeiroso; e Brock Rumlow (Frank Grillo), líder da Strike, vai se tornar Ossos Cruzados, uma antítese do herói.

Paralela à trama de conspiração, temos a inserção do Soldado Invernal. Não sei se chega ser uma grande revelação dizer que estamos falando do retorno de Bucky Barnes (Sebastian Stan) - dado como morto no primeiro filme após cair de um trem - porque os quadrinhos já contaram isso. A dinâmica entre os dois é sempre muito boa, mas confesso que fiquei esperando a resolução desse imbróglio ainda neste filme.


Cartaz da Mondo
Aliás, acho que esse é o primeiro filme da Marvel que não tem um final totalmente fechado: ele foi feito para ter uma continuidade (o terceiro já está programado), não só pelas cenas finais, mas também pela segunda cena pós-crédito (isso mesmo: são duas cenas, ou você ainda não sabia que a Marvel sempre faz isso?). A primeira cena pós-crédito, além de inserir mais um personagem clássico (o Barão Strucker) ainda liga o filme ao primeiro filme dos Vingadores e, provavelmente, ao segundo filme da equipe.

Quem gosta do Capitão América ou do universo cinematográfico da Marvel, vai ver um filmaço (melhor que o terceiro do Homem de Ferro e até faz entender algumas coisas nele). Quem gosta de filme de super-herói, pode sentir falta de poderes e vilões mirabolantes. Quem não gosta de filme de super-herói, mas se interessa pela trilogia Bourne, por exemplo, vai ver um excelente filme. Ou seja... VEJA (e dá pra ser tranquilamente em 2D)!

E se você já virou fã, aconselho a seguir a série Agents of S.H.I.E.L.D. que passa no canal Sony. Além de outros personagens, ele está diretamente ligado a esse filme... afinal... como ficará o nome do seriado se não existe mais a instituição? Fora isso, o início do S.H.I.E.L.D. deve virar seriado também com direito ao retorno de Peggy Carter (Hayley Atwell) como agente e Howard Stark (Dominic Cooper), pai de Tony. Aguardem!

Um comentário:

Wallace disse...

Engraçado ver a MARVEL fazer no cinema aquilo que sempre fez nos quadrinhos. Isso por um lado motiva as pessoas a asistirem todos so filmes da MARVEL mas cai no perigo de um filme depender do outro para ser entendido.