quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
POPaganda
A Caixa Cultural do Rio apresenta, até 21 de dezembro, a exposição inédita Ron English - Do estúdio para a rua com 110 obras do artista contemporâneo que definiu seu estilo como POPaganda, uma mistura de referências do cenário pop, da história da arte, da propaganda, dos quadrinhos e da música. A mostra expõe pôsteres, quadros, murais e fotografias do americano, além de um documentário que nos apresenta ao processo criativo (e provocativo) do artista.
Fui surpreendido pelos trabalhos desse artista que não conhecia. Ron é conhecido como Padrinho da Arte Urbana, um dos responsáveis pela transição do graffiti para narrativas culturais e artísticas. Na sua opinião, ele tem o objetivo de “recontextualizar” as imagens do consumismo pop e revelar sua visão do que é a alma americana, utilizando personagens do mundo atual como Homer Simpson, Hulk, Ronald McDonald e Mickey. Rende homenagens à Marilyn de Andy Warhol e fez um trabalho de impacto político ao unir Obama ao ex-presidente Abraham Lincoln.
O artista criou uma obra especialmente para a exposição brasileira: uma América do Sul duplicada como uma borboleta, que expressa sua admiração pelos valores e belezas do ecossistema do continente e como ele afeta todo o planeta. O trabalho faz referência ao “efeito borboleta”, fenômeno sobre grandes consequências causadas por pequenas mudanças. Mas fiquei realmente extasiado com sua releitura de Magritte e suas "Guernicas".
Muito bom.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Curvas geométricas de Brecheret
Ontem, além da ótima exposição de Amador Perez, terminou a mostra Mulheres de Corpo e Alma: Desenhos e Esculturas de Brecheret, organizada pelo Instituto Victor Brecheret. Mais de 100 desenhos acompanham as 37 esculturas que nos levam a perceber os passos iniciais da criação artística.
O ítalo-brasileiro Victor Brecheret é o mais importante escultor do Modernismo brasileiro. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e alimentou a discussão sobre identidade nacional. Grande parte de suas esculturas está exposta em locais públicos da cidade de São Paulo, como o famoso Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera.
O interessante é que nem seus desenhos ou o torso feminino de mármore escolhido como identidade visual da exposição servem como real identidade visual do artista. A simplificação geométrica de Brecheret é sua assinatura. Nessa exposição três obras chamam a atenção: As três graças (com destaque para a versão monolítica), O beijo (tanto a geométrica quanto a simplificação máxima) e Sóror Dolorosa, um ângulo de representação da Pietá que eu nunca tinha visto antes.
Brecheret merece mais reconhecimento hoje. Precisa ser mais estudado como artista e como identidade nacional.
O ítalo-brasileiro Victor Brecheret é o mais importante escultor do Modernismo brasileiro. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e alimentou a discussão sobre identidade nacional. Grande parte de suas esculturas está exposta em locais públicos da cidade de São Paulo, como o famoso Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera.
O interessante é que nem seus desenhos ou o torso feminino de mármore escolhido como identidade visual da exposição servem como real identidade visual do artista. A simplificação geométrica de Brecheret é sua assinatura. Nessa exposição três obras chamam a atenção: As três graças (com destaque para a versão monolítica), O beijo (tanto a geométrica quanto a simplificação máxima) e Sóror Dolorosa, um ângulo de representação da Pietá que eu nunca tinha visto antes.
O beijo |
Sóror Dolorosa |
Brecheret merece mais reconhecimento hoje. Precisa ser mais estudado como artista e como identidade nacional.
sábado, 6 de dezembro de 2014
Perito Perez
Memorabilia é a exposição para os 40 anos de carreira de Amador Perez, com mais de 100 obras realizadas desde 1974 até hoje, onde ele reflete sobre a reprodução e imaterialidade da arte. Ela termina amanhã no Centro Cultural dos Correios. Pronto. Isso é o básico que você precisa saber sobre a exposição.
Agora vamos ao gênio.
Amador Perez foi meu professor na ESDI. Talvez ele não saiba disso, mas devo minha formação a ele. No meio do primeiro ano da faculdade, eu havia decidido que aquilo não era pra mim. O nível de exigência era extremamente elevado para projetos sem explicação, critérios ou significado. Professores rasgavam trabalhos de alunos, mandavam os alunos se virarem e falavam um "academicês" desnecessário, desmotivando não só a mim, mas 1/3 da turma. Três desistiram. Porém, decidi chegar até o fim e ver no que ia dar. Sorte a minha.
Numa quinta-feira de 1997, tornei-me seu aluno. Sua fala doce, seu amor pelo ensino, pelo design e pela arte transbordavam para aqueles que tinham dúvidas como eu. Com ele aprendi que os erros tem valor, que se tira proveito de tudo. Aprendi que devemos insistir e persistir em busca de um resultado melhor, pois isso criará um processo significativo, relevante, engrandecedor. E, assim, sou designer e professor.
Podemos ver seus ensinamentos nas obras expostas, principalmente, no núcleo Gioventú, que tive o prazer de ver em sua inauguração no MNBA e rever agora. Amador mostra uma técnica em grafite que flerta com a perfeição e nos coloca em suspense. A exposição está muito bem montada: parece que a técnica do grafite em Gioventú e as maravilhosas explorações técnico-visuais em Nijinski se unem no centro, no núcleo Memorabilia, onde Amador se permite embaralhar grafite, impressão, Photoshop e objetos pessoais em novas representações artísticas.
Mesmo sendo cliché brincar com seu nome, Amador não tem nada de amador. É perito. Nas artes, no ensino. É Perito Perez.
Obrigado.
Agora vamos ao gênio.
Amador Perez foi meu professor na ESDI. Talvez ele não saiba disso, mas devo minha formação a ele. No meio do primeiro ano da faculdade, eu havia decidido que aquilo não era pra mim. O nível de exigência era extremamente elevado para projetos sem explicação, critérios ou significado. Professores rasgavam trabalhos de alunos, mandavam os alunos se virarem e falavam um "academicês" desnecessário, desmotivando não só a mim, mas 1/3 da turma. Três desistiram. Porém, decidi chegar até o fim e ver no que ia dar. Sorte a minha.
Numa quinta-feira de 1997, tornei-me seu aluno. Sua fala doce, seu amor pelo ensino, pelo design e pela arte transbordavam para aqueles que tinham dúvidas como eu. Com ele aprendi que os erros tem valor, que se tira proveito de tudo. Aprendi que devemos insistir e persistir em busca de um resultado melhor, pois isso criará um processo significativo, relevante, engrandecedor. E, assim, sou designer e professor.
Fonte: site do artista |
Mesmo sendo cliché brincar com seu nome, Amador não tem nada de amador. É perito. Nas artes, no ensino. É Perito Perez.
Obrigado.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
HIV Hoje
Sabia que o número de infectados pelo HIV no Brasil AUMENTOU entre jovens de 15 a 24 anos, principalmente gays? Mas por quê? E por que a AIDS, embora exista em maior número entre heterossexuais, proporcionalmente atinge mais os gays? Como é o tratamento de quem já foi infectado? A importância do diagnóstico precoce. Qual a melhor maneira e quais as novas maneiras de se prevenir? Conhece a PEP?
Vejam as respostas no vídeo a seguir:
Bem educativo e importante. Transmitam essas informações. Compartilhem o vídeo e/ou a postagem. E – é claro – usem camisinha!
Vejam as respostas no vídeo a seguir:
Bem educativo e importante. Transmitam essas informações. Compartilhem o vídeo e/ou a postagem. E – é claro – usem camisinha!
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