Reinaldo Smoleanschi trabalha na área comercial, buscando clientes que queiram imagens de seus produtos para comercializá-los. Descrito dessa forma, você pode imaginar uma série de profissões administrativas, mas Reinaldo é fotógrafo, um daqueles que encara seu trabalho como um desafio:
“Fotografar uma peça do Philippe Starck é relativamente fácil. Difícil é tornar um parafuso interessante em uma página de uma revista especializada em parafusos”.
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Cliente: Celma Turbinas |
O olhar de um fotógrafo costuma ser a linha que separa amadores de profissionais e, no caso de Reinaldo, ele se junta a uma mente ágil que imediatamente enxerga a relação entre objeto e espaço e as possibilidades que a luz oferece em diversos ângulos. Buscando mesclar tecnologia e arte para ressaltar as qualidades de qualquer elemento, não descansa até conseguir transpor o que imaginou para a câmera e, posteriormente, na tela do computador (“a sensação de realização é grande e forte”).
Reinaldo se considera oficialmente fotógrafo desde 1988, quando entrou para a
Neri Bloomfield School of Design em Haifa, Israel. Seja visitando exposições ou simplesmente analisando o mercado de trabalho, é capaz de ficar um bom tempo conversando sobre fotografia. Hoje se sente um privilegiado por ainda conseguir viver da sua arte:
“Através dela viajei, conheci pessoas interessantes, estive nos bastidores de grandes produções e até nas situações que poderiam ser consideradas as mais chatas, encontrei elementos novos e desconhecidos que tornaram os trabalhos mais excitantes”.
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Jogos Panamericanos Rio 2007. |
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Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. |
Conheci Reinaldo em 2001 numa pelada: eu, lateral esquerdo; ele, direito. Entre os amigos do futebol de fim de semana, nunca faltaram as piadas sobre seu nariz judeu ou sua semelhança com o ator Robin Williams. Sabia que era fotógrafo, mas nunca tive a oportunidade de ver seu trabalho até a chegada do Facebook. Nem sabia que ele tinha tanto prazer em viver a fotografia.
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