As artes clássicas nortearam o entendimento ocidental de beleza, mas
Rogério Ruiz buscava nas emoções dos artistas a contextualização que levava à reflexão: “Uma obra de arte é tudo que causa reação no espectador. Para o bem ou para o mal.” Talvez por essa razão tenha sido tocado pelo figurativismo abstratizante, onde os artistas precisam ter o talento da realização da obra e a capacidade de adequá-las à linguagem contemporânea sem perder sua essência.
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Equilibristas VI. Acrílica sobre tela de Odilla Mestriner (1973). Coleção particular. |
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A Santa.
Nanquim e colagem sobre cartão de
Odilla Mestriner (1966). Coleção particular. |
A cirurgia plástica deu a Rogério um espaço para desenvolver seu senso estético e a possibilidade de desenvolver uma coleção de arte que apaziguasse (e - por que não? - instigasse) seu espírito. Começou a comprar obras de artistas que, além de agradá-lo, “conversassem entre si”. Assim, Odilla Mestriner, Lívio Abramo, Djanira, Darel Olivença, Babinski, Wesley Duke Lee, entre outros, o recepcionam quando chega em casa. Como colecionador, Rogério entende a necessidade de preservação e difusão da arte. Com essa ideia, recentemente, escreveu o livro
Odilla Mestriner - O olhar do colecionador (São Paulo: Giostri, 2014), onde reuniu e organizou as informações que conseguiu rastrear de todas as obras da artista.
Contar como conheci Rogério seria preciso censura. Ou uma novela mexicana que passasse depois da meia-noite. Mas sempre ficou claro que beleza é algo que ele respira e transpira: a estética é seu suor e sua paixão.
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