Mostrando postagens com marcador designer. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador designer. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Às armas!

Pegue sua carteira de identidade, carteira de motorista, CPF, passaporte, carteira de trabalho... e ache o Brasão da República (ou uma das inúmeras versões dele). Aliás... você conhece o Brasão de Armas da República Federativa do Brasil? (shhh... É esse aí do lado...)

Então... se você procurou, deve ter percebido que todos são meio diferentes. Talvez o único padrão existente seja estabelecido pela baixa qualidade de reprodução das marcas d'água, reduções e versões monocromáticas que aparecem. E foi isso que intrigou Fabio Lopez.

Sabendo da necessidade do cotidiano administrativo das repartições públicas, Fabio resolveu fazer um redesign simplificado para facilitar o reconhecimento desse importante símbolo nacional criado no século XIX. Na proposta criada todos os elementos e traços do desenho original foram repensados para proporcionar maior consistência e legibilidade. É até possível entender melhor o desenho, com as folhas de café e fumo ladeando a estrela (que eu nem sabia que tinha um significado!).

Clique para aumentar

A fonte utilizada (UnB Pro e Office) é livre e pode ser implementada sem ônus algum pro país. Trata-se de um projeto desenvolvido pelo designer brasileiro Gustavo Ferreira para a reformulada identidade visual da Universidade de Brasília. Para reduções extremas, tem uma versão onde as fitas apareçam sem os dizeres oficiais, deslocando-os para fora do Brasão e garantindo sua legibilidade.

Só lamento ser uma proposta não-oficial. Mas deveria ser vista por mais pessoas. É pra isso que escrevo aqui: divulgar uma produção de design independente com qualidade (melhor ainda se for do nosso país). Sugiro a todos que façam como eu e revejam seus conceitos.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Uma dose de geometria por dia

Penroses Asteroid

O designer alemão Tilman Zitzmann posta em seu tumblr Geometry Daily um desenho geométrico por dia (como o nome sugere). Zitzmann trabalha na agência Die Krieger des Lichts (“Os guerreiros da luz”). Ele cria esquemas geométricos minimalistas em programas vetoriais inspirados em Albers, Mondrian e Frank Stella e os expõe em um fundo que lembra papel, porque diz odiar a aura pasteurizada que os desenhos por computador costumam ter.

Boa ideia, excelente exercício e ótimos resultados. Me parece ser um hobby quase mântrico. Eu coloquei aqui o 231º desenho do ano que provavelmente foi postado no dia do meu aniversário!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Até de cabeça pra baixo!

Na maioria das vezes, a vida de um designer vira de cabeça pra baixo.


Mesmo assim, a gente continua sendo designer. Parabéns pelo dia de hoje.

PS.: Esse ambigrama foi feito por uma designer inglesa do blog Paper Acrobat. Pra quem não sabe o que é um ambigrama, leia/veja O Código DaVinci, ou leia minha postagem.

sábado, 11 de agosto de 2012

Aros olímpicos e informativos

Os aros olímpicos simbolizam a união dos povos. Nas mãos de um competente designer como Gustavo Sousa, os aros podem virar belos infográficos.

Emissões de CO2 per capita | Sacerdotes católicos | Lojas do McDonald's
Prisioneiros | Mortalidade infantil | Porcentagem mundial de venda de Coca-Cola
População | Lixo perigoso | Gente vivendo com HIV
Obesidade | Porcentagem de casas com TV | Porte de arma



Algo me diz que as cores estão erradas (lembre-se que: Azul = Europa, Amarelo = Ásia, Preto = África, Verde = Oceania, e Vermelho = Américas), parecendo que a África está em amarelo, a Ásia em verde e a Europa em preto, mas não invalida a iniciativa.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Um extrusão de troféu!

O famoso designer austríaco Stefan Sagmeister criou este incrível troféu para o Prêmio Vilcek, que homenageia realizações significativas nos campos das artes visuais e biomédicas feitas por americanos nascidos no exterior.

Troféu para Joan Massague, pesquisadora do câncer

Cada troféu é individualmente projetado para cada vencedor, pois é feito em uma perspectiva extrudida a partir do texto que fica em sua base. Ele representa o ponto alto que o premiado alcançou. Muito bom!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Design carioca

O Centro Carioca de Design (que fica na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, pra quem não sabe...) fez um concurso público para definir sua identidade visual. O vencedor? Fabio Lopez, né?


O projeto sagrou-se vencedor no dia 21 de março ao ser escolhido dentre outras 35 propostas por um júri formado pelos designers Paula Camargo (CCD), Chirs Lima (ADG), Luiz Stein e Bruno Porto (sociedade civil) e por Flavio Vaz (representante da prefeitura). Vamos à explicação do designer:
Forte, expansiva e irreverente: uma marca para representar a missão de construir um futuro vigoroso para o design carioca.
A ideia central da proposta apresentada apoia-se em três pilares de comunicação: no fortalecimento da economia criativa (estratégia), no espírito irreverente do design carioca (personalidade) e na importância da instituição (qualidade técnica). Esses pilares foram reunidos em uma solução simples e pregnante, uma marca feita para trabalhar.

Estratégia / fortalecimento da economia criativa
Com elementos compactos de preenchimento sólido, a marca constitui uma solução forte e consistente apta a operar com destaque sobre diversas escalas, cores e ambientes de aplicação. O acrônimo CCD faz menção aos conceitos de proteção (CC = Copyright / Creative Commons), bem como destaque e expansão, através de uma forma radial que lembra ainda uma engrenagem da indústria criativa da cidade.

Personalidade / espírito irreverente do design carioca
De maneira simbólica, a forma que abriga a letra ‘D’ no acrônimo CCD também remete ao Sol, astro tradicionalmente associado a capital carioca. Essa associação faz ainda mais sentido se entendermos o CCD como um centro de referência e fonte de transformação. O espírito irreverente do carioca está presente em uma escolha tipográfica que foge ao protocolo: na versão apresentada a fonte Aller Display mescla de maneira inusitada letras minúsculas e maiúsculas, sugerindo diversidade e descontração. Por se tratar de uma fonte distribuída gratuitamente, o projeto favorece um uso pleno e correto da tipografia sem custos para o CCD, facilitando o manuseio do projeto por designers e fornecedores.

Qualidade Técnica / importância da instituição
A marca apresentada é legível e bem acabada, e constitui uma representação de qualidade e eficiência que assegura a percepção de importância nas ações da instituição. Vale ressaltar ainda a versatilidade do sistema de identidade apresentado, baseado em uma completa gama de assinaturas institucionais e versões. Por constituir uma solução simples o sistema é extremamente flexível e permite inúmeras experimentações formais – e uma marca viva é um convite para a criatividade.

Então... concordam? Na página do Facebook do CCD, podemos ver as marcas que ficaram em segundo e terceiro lugares (ao lado). As críticas são inúmeras. Numa rápida contagem, parece que o segundo lugar é preferido pelos internautas. E, numa primeira olhada, essa segunda marca realmente parece ser de fácil entendimento: dá pra ver os dois C, o D, a ideia de sol, de cores quentes, etc etc.

Já a marca criada pelo Fabio não é tão óbvia: os C que lembram copyright, o sol azul que lembra uma engrenagem etc. Ao ler a explicação dada, ela ganha, então, maiores dimensões simbólicas. Mas quando vemos ela aplicada e a sequência de sua construção... é vitória fácil! (OBS.: Como não tive acesso a defesa e apresentação dos outros concorrentes, não tenho como opinar mais profundamente sobre eles.)

Memorial descritivo completo AQUI.

Como eu sempre digo, no design nada deve ser gratuito. Mesmo que o objetivo seja estético, esse já é um objetivo. É preciso ser coerente em todo o projeto para que fique fácil argumentar em sua defesa. E é isso que Fabio sempre faz. E ele ainda alia isso a uma linguagem atual que foge do convencional. Do óbvio.

Parabéns é pouco!

sábado, 5 de novembro de 2011

Mais um dia...

Pra quem ainda não sabe, hoje, dia 5 de novembro é o Dia Nacional do Design (explico rapidamente aqui e aqui). Já que estou "comemorando" fazendo uns freelas – e por essa razão não tenho tido tempo de escrever nos blogs –, vou colocar aqui a excelente campanha da Revista De2ign como viral gráfico do Facebook. A setinha aponta para a foto do perfil daquele que escolher compartilhar as imagens.


Legal, não?

Vale até uma reflexão: se temos um dia de comemoração legítimo porque não temos um regulamentação igualmente legítima? Então, aproveito e divulgo também o blog Design é Qualidade, de Freddy van Camp, nome importante e atuante do design brasileiro (que foi meu professor na ESDI!).

Ah... e parabéns pra mim, né?!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Para aprender design


Ainda na esteira do Dia Mundial do Design Gráfico que aconteceu na última quarta-feira, dia 27, um cartaz que não descobri a autoria (peguei no Collecta), mas tem uma mensagem legal (mesmo que extremamente simplista).

E aproveito para divulgar o tutorial sobre design criado pelo designer Fabio Lopez. O tutorial é um compacto das aulas de conteúdo em Programação Visual apresentadas as turmas do curso de Design da Puc-Rio. Aborda os temas identidade visual, tipografia, diagramação e naming, com finalidade estritamente acadêmica: "seu intuito é reforçar de forma remota os principais pontos do conteúdo teórico das aulas. Contém 148 páginas, 180 imagens, links, referências bibliográficas e diversas ferramentas teóricas de grande utilidade. Bom proveito"!

sábado, 19 de março de 2011

O designer humilde

Esse é o título do livro de Charles Bezerra, designer pernambucano com phD no IIT, de texto fácil e bem curto, que deveria ser uma introdução em TODOS os cursos de design, comunicação e engenharia. Na verdade, deveria ser lido por todo mundo, já que ele faz questão de afirmar que todos somos designers (e me convenceu disso).

Charles quer nos acordar para a necessidade urgente de uma visão ética e lógica no que fazemos hoje. Com isso, ele faz um discurso presente e atual; não uma precognição futurista que parece nos afastar das conseqüências. Ele explica suscintamente nossa função e nos responsabiliza a mudar. Não só o mundo, mas a nós mesmos.

Ele apresenta algumas idéias do filósofo Karl Popper (que preciso conhecer melhor) e percebi algumas convergências com a ecosofia de Félix Guattari, que estudei no meu mestrado. Ambos parecem querer que nós alcancemos uma consciência maior de nossa existência no planeta e na sociedade para nos tornarmos indivíduos mais humildes.

Acho que não sou um designer humilde. Ainda.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A ação do designer


Para ajudar à região serrana do Rio de Janeiro, o designer Leo Conrado resolveu doar, entre outras coisas, o seu trabalho: criou o poster acima com o objetivo de estimular ainda mais a mobilização da sociedade e montou o blog www.ajude.net reunindo algumas informações que encontrou sobre como ajudar.

Leo estudou comigo na ESDI e fundou em 2007 - ao lado de Gabriela Rocha - a Gecko Stickers, empresa de adesivos para paredes e superfícies, que também faz projetos personalizados de ilustração e design. Seu catálogo possui mais de 150 desenhos e produtos descorativos que podem ser vendidos para o mundo inteiro! São figurinha certa em eventos como o Casa Cor!

Excelente!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Thor Old Style

Olly Moss é um designer inglês incrível que gosta de se inspirar no ainda mais incrível Saul Bass para fazer cartazes ótimos. Inclusive foi convidado pela Marvel Studios para criar um cartaz especial do filme Thor (que estreia por aqui 29 de abril) para distribuir unicamente à equipe e ao elenco do filme. O resultado é esse:


Já falei sobre Olly quando ele fez cartazes minimalistas de filmes e um cartaz para Lost com direito a camisa.

Acho que farei um post sobre Saul Bass em breve. Ele foi conhecido por seu trabalho de design gráfico no cinema e abertura de filmes, pelo qual é considerado por muitos como um paradigma dessa atividade.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um ano pra se entender o que é design

Em 2011, tenha um calendário que te explique o que é design. Iria facilitar muito a minha vida se todos entendessem...


Esse foi criado pelo designer francês Fabien Barral, que mantém o site Graphic-Exchange, um espaço de inspiração.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Filatelia natalina

É... não tem jeito... o Natal começa dois meses antes da data real por causa das Lojas Americanas.

Mas esse post é pra falar de mais um empreitada do meu amigo Fabio Lopez. Em junho deste ano, ele participou de uma concorrência dos Correios para a criação de um bloco de selo natalinos... e ganhou! Vejam o resultado e a explicação:


O bloco mostra José e Maria reunidos em torno do menino Jesus de onde emanam raios de luz, representando o carinho e o amor familiar. Acima deles, um anjo voa trazendo consigo a estrela de Belém pendurada numa varinha. Flores e estrelas completam o cenário da noite de Natal.

As cores predominantes do bloco remetem a bandeira do Brasil: uma grande área de azul e verde, e detalhes em amarelo e branco. Essas cores apresentam tonalidades relativamente próximas, servindo para destacar os personagens e o colorido desse encontro.

Quase todos os elementos no bloco estão posicionados de forma a convergir o olhar para o acontecimento central retratado: os círculos de cor, as faixas de luz, a nuvem, as pombas e as flores dispostas simetricamente. A disposição de todos esses elementos periféricos ajuda a integrar os personagens em torno de um pequeno coração, representando o amor como o alicerce da união familiar.

O bloco foi criado com técnicas mistas de ilustração vetorial. Os recursos de volume e sombra destacam os elementos do fundo como se estivéssemos diante de uma colagem digital. A forma de representação dos elementos criados para a ilustração segue um princípio de simplificação: recurso que facilita a criação de um desenho adequado a escala do impresso. Quando o selo é destacado do bloco (ainda que isso não seja usual) a imagem principal se mantém em destaque, e as proporções continuam adequadas para essa nova dimensão.

Foi feita um tiragem de 150 mil cópias, através de um processo de impressão offset em couché gomado com fosforescência.
Como eu sempre digo, a diferença de um designer está na argumentação. Percebam que nada é gratuito ou decidido por gosto pessoal. E isso tem valor. O trabalho fica melhor, tem peso, consistência.

E tem mais: o interesse do Fabio por selos vem da infância, mas o interesse adolescente se perdeu em meio a outros até retornar no mestrado "sob o disfarce do design gráfico", como ele mesmo diz. Deslumbrado com o que encontrou - principalmente no design holandês -, começou o blog design e filatelia, escreveu um artigo na Revista Tupigrafia e ministrou uma palestra na ESDI que o levou a novos rumos e à concorrência aqui postada.

Isso mostra que gostar do que se faz é definitivamente o diferencial. É o que te leva a buscar mais e mais e mais. Uma lição do Fabio.

domingo, 24 de outubro de 2010

E ela escalou!


E Luisa escalou gente! Deu uma merda do cacete, mas ela foi! Eu vi no Odeon (por isso as fotos horríveis!)! E vocês vão ver quando?

sábado, 9 de outubro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Amigos Designers News!

Meus amigos Fabio Lopez e Erick Grigorovski continuam naquela vida bem sucedida. Fabio foi entrevistado por Miya Choi, do portal de notícias sul coreano design.db:


Aliás... vale a pena a gente pensar no já clássico War in Rio e nas UPPs do governo do estado atual. Conquista e ocupação territorial! Lembram do que o Beltrame falou?

Além disso, foi convidado pelos curadores Rico Lins e André Stolarski a participar da 3ª Bienal Brasileira de Design em Curitiba na mostra de cartazes "Sustentabilidade, e eu com isso?" com o trabalho Papo furado incorporated, que ele descreve da seguinte forma:
sustentabilidadesustentabilidadesustentabilidade... Repita até não significar mais nada. Temos agora uma palavra sem conteúdo, pronta para ser usada como enchimento e moldura em campanhas publicitárias pouco criativas. Utilize-a para catequizar os corações apavorados pelo risco de destruir a civilização com sacos plásticos e emissões involuntárias de carbono. O cartaz apresenta uma esfinge-manequim-pinóquio-flutuante conduzindo consumidores-marionetes pelo jardim do papo furado. A mentira está na intenção, mas o disfarce não oferece perigo – afinal, importante é salvar as consciências sem averiguar se a preservação da sociedade fará mal para a espécie. Recicla-me ou devoro-te.

Muito bom, né?

E Erick continua angariando prêmios com a animação Entre Nós. Inclusive, competiu na 10ª Mostra Internacional de Filmes de Montanha. Sua personagem Luísa acabou de sortear uma mochila pelo Facebook e sua história está cada vez mais engraçada com complicações amorosas, dificuldades escolares e muita trilha e escalada!



E lembrem-se: outubro é o lançamento! Luísa vai escalar!!!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Aquecido pela arte!

Neste último final de semana gélido, resolvi sair debaixo das cobertas para ver algumas exposições no Centro da Cidade do Rio de Janeiro... que boa pedida (gratuita)!!! Fui ao CCBB, ao Centro Cultural dos Correios e ao Caixa Cultural, e fiquei maravilhado! Só senti falta de mais... MUITO MAIS divulgação...

O CCBB está se tornando meu ponto preferido. Eles estão com três exposições de tirar o fôlego: Anita Malfatti: 120 anos de nascimento, Expedição Langsdorff e Zeróis: Ziraldo na tela grande! Todas obrigatórias!

ANITA MALFATTI: 120 obras, entre pinturas, gravuras e desenhos com algumas inéditas. O homem amarelo, A boba (imagem), Retrato de Mário de Andrade, A estudante... ainda preciso escrever mais? Uma beleza de passagem pela obra dessa artista moderna brasileira que afirma: "procurei por todas as técnicas, até me achar na simplicidade". Fica até 26 de setembro.

EXPEDIÇÃO LANGSDORFF: Na continuação da Anita, a gente já cai nessa interessante e educativa exposição. Ela é bem grande, mas a qualidade do material de Rugendas, Taunay e Hercule Florence vale a passada. São centenas de desenhos belíssimos de uma técnica apuradíssima que retratam a natureza e os tipos brasileiros encontrados pelos caminhos. Até os inacabados são lindos! Fiquei de queixo caído em alguns momentos! Fica até 26 de setembro.

ZERÓIS: IMPERDÍVEL! Sério! Sempre achei o trabalho do Ziraldo ótimo, mas fiquei meio preso com O Menino Maluquinho e os eternos cartazes da Feira da Providência. De repente, me deparo com 44 quadros incríveis, de humor perfeito e técnica admirável (ainda não sei como ele consegue fazer degradés!). Pra quem é fã de quadrinhos de super-heróis e arte, é um show! Suas releituras de obras famosas são educativas! E seus estudos, inspiradores! Fica até 19 de setembro!

Em seguida fui para o Centro Cultural dos Correios que sempre abriga várias exposições interessantes. Dessa vez só vi Goeldi - O encantador de sombras, cerca de 120 obras, entre xilogravuras, ilustrações, livros e desenhos, para homenagear o cinquentenário de morte desse grande artista. Confesso que é meio excessiva, beirando o cansativo, mas é um excelente registro. Fica até 5 de setembro.

Fechei meu domingo no Caixa Cultural com uma ótima exposição Sérgio Rodrigues: um designer dos trópicos, com inúmeros móveis desse grande designer e artista brasileiro. Fiquei feliz em ver que fui usuário de alguns dos móveis que ele fez e me orgulhei ao ter idéia da importância desse brasileiro no cenário do design mundial. Ponto pra nós!

Como o título deste post já entrega, cheguei em casa aquecido.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mais sucesso!


A animação Entre Nós, de Erick Grigorovski, nem existe ainda, mas está fazendo um sucesso "vuvuzelar"! Saiu em dois blogs sobre animação: no Múmia - Mostra Udigrudi Mundial de Animação e no Animação S.A., do jornal O Globo! Dá-lhe, Cabeça!

sábado, 29 de maio de 2010

Luisa entre nós!


Alguém se lembra que meu amigo Erick estava preparando sua nova animação Entre nós? Pois é... a parada é bem maior do que isso porque vai além dos 15 minutos de animação: a personagem adolescente Luisa invadiu o mundo virtual! Ela tem um blog divertidíssimo, Facebook, Twitter e Orkut!

Pelas redes sociais, Luisa vai narrar seu dia-a-dia dentro e fora do universo da escalada, com direito a namoros, fofocas, complicações escolares e - é claro - muito montanhismo, escalada e ecologia. E isso vai funcionar como um preparatório para a escalada que acontecerá em outubro e que é o tema da animação em si.


Não quero estragar a surpresa, mas Luisa passará maus bocados nesse passeio, quando seu pai e parceiro de escalada, Aurélio, despencar e sumir no meio da vegetação. Com imagens e música, o curta busca narrar essa história da forma mais universal possível, eliminando diálogos e barreiras da língua. No blog dela, tem o trailer.


Demais, não? E detalhe: já ganhou um prêmio especial do juri eslovaco no 11th horyamesto! Ah... e vai estar no Anima Mundi também! Show!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tá na hora de rever os meus conceitos...

Há seis anos atrás, fiz um curso com um figurão que mudou minha vida (por razões negativas, achava eu). O curso era caro, o professor falava um monte de asneiras e a turma concordava com tudo, porque - afinal - ele era uma figurão. Isso sem contar o fato que ele terminou o curso faltando duas semanas para o fim porque ele não estava dando conta dos trabalhos dele... (hã?) Para vocês terem uma idéia, eu fiquei conhecido como "o rapaz que discordou do professor". E vou contar isso.

Em determinado momento do curso, o figurão disse que selecionava os profissionais de design para uma bolsa na Inglaterra a partir de seus trabalhos autorais e não com uma análise de portfolios engessados por clientes. Quase que instantaneamente eu retruquei: "e quem não tem tempo?". A turma toda ficou me olhando como se eu fosse um herege, mas ao longo do meu discurso alguns concordaram comigo. Perguntei sobre aqueles que trabalhavam por mais de 8h por dia e ainda tinham filhos pra criar, roupas pra lavar ou quaisquer outras funções particulares. Será que essas pessoas que não tem tempo e, portanto, não podem fazer trabalhos autorais, devem ser excluídas dos processos de seleção? Essas pessoas não tem valor? Não tem chance?

Resposta do figurão: " Eu sei o que eu estou falando. Eu tenho olhos de falcão."

A raiva que eu fiquei foi tão grande que pensei: "se esse cara pode falar esse monte de besteira e ainda ganhar dinheiro, eu também posso... e ele usa óculos! Olhos de falcão é o C@/@7#*". Por incrível que pareça, esse foi o pontapé inicial para o meu mestrado. Os quatro anos seguintes foram de reflexão, estudo, pesquisa e avaliação. Não de um tema para o mestrado... mas de mim mesmo. Eu precisava ter certeza que esse era o caminho a seguir. No início de 2009, eu me tornei mestre em design e me vi - pelo menos - melhor do que o figurão, pois eu poderia garantir que besteira eu não ia falar.

Mas todo esse processo de anos foi além. Quatro meses depois de obter o título do mestrado, decidi que o design precisava chegar às pessoas pela educação, desde pequenas, e não somente pelas prateleiras ou universidades. Então, estou fazendo um curso para me tornar professor de ensino fundamental e médio. Voltando ao figurão: ao invés de raiva, eu deveria agradecê-lo.

Só que me vi hoje numa situação ainda mais complicada... eu tenho a impressão que ele estava certo! Não pelos malditos "olhos de falcão", mas pela idéia dos trabalhos autorais. Estou participando de palestras sobre design cultural com um outro figurão e tenho percebido uma fala romântica, utópica, quase surreal sobre a atuação dos designers brasileiros. Confesso que inicialmente achei péssimo, achei distante, achei fora da realidade. Até que comecei a me dar conta que o discurso dos figurões era convergente. Refletindo sobre o que venho acompanhando sobre projetos-conceito, iniciativas de estudantes e investimentos de grandes instituições... trabalhos autorais fazem a diferença mesmo! (Fabio Lopez, por exemplo...)

E agora? As bases do meu "divisor de águas" mudaram da esquerda para a direita! Acho que agora só me resta ter a humildade de refletir mais sobre isso, rever meus "pré-conceitos" com os figurões e - tomara - me tornar um designer melhor.