quarta-feira, 11 de julho de 2018

COPA 2018: Incansáveis!


Dois jogos decisivos com empate, prorrogação e penalidades cansaram a Croácia. Era possível ver seus jogadores pesados em campo. E tomando um gol de falta da Inglaterra aos 5 minutos do primeiro tempo, fez os croatas correrem atrás do resultado, esbarrando na eficiente marcação inglesa. Isso ficou tão visível que os próprios ingleses reduziram o ritmo e pareciam levar o jogo em banho maria. Mas só bastou um intervalo de 15 minutos para a Croácia voltar com tudo. Chegaram ao empate e passaram a pressionar. Resultado: mais uma prorrogação e a Croácia jogou um jogo a mais do que todo mundo! Fez diferença isso? NÃO! Os croatas partiram pra virada, deixando os ingleses sem meio de campo, bem mais cansados do que eles e completamente atônitos! Não há bolão vencedor nesta copa!

França e Croácia revivem a semifinal de 20 anos atrás quando a França levou seu primeiro campeonato mundial. A chance de levar o segundo é absurda porque é franca favorita. O problema é que não dá pra duvidar de nada que venha desses incansáveis guerreiros croatas! Para Bélgica e Inglaterra só resta um jogo pelo terceiro lugar que todo mundo espera que seja mais animado do que o jogo de classificados da primeira fase entre essas duas seleções.
PS.: Mick Jagger disse que não estava torcendo pra ninguém, mas hoje postou a favor da Inglaterra!

terça-feira, 10 de julho de 2018

COPA 2018: Por um lance

Eu disse que ia ser um dos (ou O) jogo da Copa.


A primeira falta foi aos 16 minutos! Jogo na bola! A Bélgica dominou o primeiro tempo de forma aguda e parou em Lloris, mas a França também mostrou suas garras e fez Cortouis trabalhar. No intervalo, os franceses consertaram o posicionamento e entraram de outra forma (acordaram o Mbappé), se fecharam e conseguindo um gol em bola parada. Qualquer um que vencesse estaria bom e os franceses eram até favoritos, mas, por merecimento, os belgas deveriam levar pelo futebol, pela campanha e pela geração. Mas o futebol precisa de gols e a pontaria não estava boa hoje.

Agora é partir pro bicampeonato.

sábado, 7 de julho de 2018

COPA 2018: Só pode haver um


A superioridade inglesa era óbvia e foi notória. Ao analisarmos o percurso da Suécia até aqui, só poderíamos imaginar que os suecos levariam essa se algo ajudasse. Veja: na primeira fase, ganharam da Coréia com um pênalti de vídeo, perderam da Alemanha e só ganharam de um México já classificado porque teve um gol contra que desnorteou os mexicanos; e, nas oitavas, só ganhou da Suíça porque o chute sueco desviou no zagueiro suíço. Já o conjunto da Inglaterra não foi muito testado durante a primeira fase, mas mostrou uma consistência estratégica de marcação, bom goleiro, contra ataques rápidos e um atacante fatal (entendeu, Brasil?). Aliás, são tão parecidos com a Bélgica (que ganharam dos ingleses na primeira fase por 1 gol somente) que não me supreenderia se houvesse um reencontro na final.


A ex-União Soviética e a ex-Iugoslávia fizeram uma das maiores peladas dessa Copa. Apresentaram um futebol que não se esperaria em uma quartas-de-final. A Croácia sempre foi melhor e favorita, chegando a apresentar um futebol melhor em alguns momentos. A Rússia sempre foi a franco atiradora que jogava com o coração de anfitriã, sendo dessa forma que chegou ao empate na prorrogação. Ambas já haviam passado por penalidades nas oitavas, então mostraram um futebol mais cansado e cansativo. Mas vale dizer que os russos fizeram uma participação incrível com Cheryshev marcando três gols belíssimos e a eliminação da Espanha. A classificação croata era esperada, mas sua continuidade dependerá de descanso e de seus talentos assumirem a responsabilidade.

Inglaterra vs. Croácia é o caminho mais difícil para os ingleses após a saída dos espanhóis. A diferença do que vem sendo apresentado pelos dois lados do chaveamento nessa copa, me faz dizer que a saída do Brasil foi um erro de planejamento ao não ter se permitido passar em segundo lugar no grupo.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

COPA 2018: Supremacia do amadurecimento europeu


No primeiro tempo, o jogo foi dividido em três partes: um terço de bom jogo, aberto e disputado com as duas equipes reconhecendo o terreno; outro terço, chato, mais pegado e nervoso; e o terço final com a França assumindo sua postura dominante no jogo. O segundo tempo foi um mistura dos dois terços finais anteriores, com um Uruguai nervoso e uma França mandando. É muito ruim quando um frango (ou um desvio como no jogo entre Suécia e Suíça) decide o jogo... sim, já estava 1 a 0 para os franceses, mas quebra o ritmo, o clima.. entra o fator pena, o desespero. Uruguai chegou às quartas sem ser derrotado, com apenas um gol sofrido e apenas um cartão amarelo. Ver seu jogador chorando com a bola rolando foi de cortar o coração. No entanto, os franceses mereceram por toda a campanha e bom futebol (grandes chances de ser campeã).



Hazard fez o que Neymar não fez (driblou com eficiência e ganhou todas de seu marcador). Cortouis fez o que Alisson não fez (defesas confiantes). De Bruyne fez o que Philippe Coutinho não fez (levou o time pra frente). Lukaku fez o que Gabriel Jesus não fez (segurou a zaga por imposição de qualidade). Fernandinho fez o que Casemiro não fez (um gol contra que tão ruim quanto um frango). A Bélgica foi eficiente na marcação e fatal no contra ataque, enquanto o Brasil foi perdendo chances de forma quase desordenada (não temos jogada de linha de fundo, todos os jogadores centralizam). Não jogamos mal, mas emocionalmente...

E assim caem os dois sulamericanos, mostrando a supremacia europeia que já falei antes: só sobrou seleção da Europa. É mais do que dinheiro e jogadores de qualidade. É um amadurecimento emocional que passa MUITO longe deste continente. Talento, raça e coração não vencem mais.

A semifinal entre França e Bélgica deverá ser o grande jogo desta Copa. Talvez maior do que a final. Melhores jogadores, melhores esquemas táticos... Mas as (bem) pequenas falhas na defesa que os belgas apresentam podem ser aproveitados pelos franceses.

terça-feira, 3 de julho de 2018

COPA 2018: Disputa nos limites


Suécia e Suíça fizeram uma oitava de final improvável, porém bem interessante. Duas escolas de marcação forte, tendo que mostrar suas habilidades de ataque em um jogo bacana e equilibrado. Só um pezinho mesmo poderia desviar o placar para qualquer um dos lados. A vitória sueca é bem significativa: deixa o ídolo Ibrahimovic meio calado ao colocar novamente a seleção nas quartas com um futebol estratégico e jogadores com algumas qualidades.


Catimba e cera. Duas coisas que eu detesto no futebol, mas foi o que mais teve no jogo elétrico entre Colômbia e Inglaterra. Os ingleses foram melhores contra os colombianos, que jogaram de forma desordenada, buscando o tempo todo desconcentrar agressivamente o jogo. O empate no último minuto do tempo regulamentar acabou sendo o correto por raça e determinação. O juiz quase se perdeu num jogo que ninguém foi exatamente merecedor. Na prorrogação, a Colômbia veio melhor porque a Inglaterra sentiu o golpe do gol de empate nos acréscimos. Só que nos pênaltis...

Bom, agora é Suécia vs. Inglaterra nas quartas de uma Copa que mostra uma supremacia europeia. Entendam: dos oito times que seguem, seis são europeus e dois são sulamericanos. E o chaveamento faz com que só exista a possibilidade de um sulamericano chegar a final contra um europeu garantido. Além disso, das oito que seguem quatro seleções já foram campeãs, sendo que três delas disputam uma única vaga na final. As surpresas tem vindo nos últimos minutos, então, aguardemos as cenas dos próximos capítulos.