sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Viva o ar puro!

Hoje o Brasil deu um passo a favor do ar livre das pessoas.

A Lei 13.541/09 (que proíbe o fumo em qualquer lugar fechado de uso comum) entrou em vigor em todo o estado de São Paulo à meia-noite do dia 6 de agosto. A lei estadual é semelhante à Lei 9294/96 (federal), que está em vigor, com a diferença de que não permite a existência de locais reservados para fumantes - os fumódromos - dentro dos estabelecimentos. No caso de descumprimento da determinação, a punição varia de multa de R$ 792 até a interdição do estabelecimento por um mês no caso de reincidência. Alguns estabelecimentos já foram autuados.

Estou tão feliz com isso! Essa lei faz com que as pessoas só possam fumar nas ruas ou dentro de suas próprias casas. O que já é muito... mas eu quero essa lei no Rio!

Mas existe um medo no mercado. Donos de estabelecimentos noturnos temem a redução de clientes e até mesmo aumento de demissões, já que muitos funcionários são fumantes. Será que as pessoas pedirão demissão ao invés de parar de fumar? Jura? Tem uma calculadora no G1 que diz o quanto um fumante gasta por dia e por ano com cigarros, e ainda dá uma geral no efeito em sua saúde. Se eles não se demitirem e pararem de fumar, vai haver um aumento em suas finanças!
Nunca consegui entender a necessidade de fumar. Cheguei a ser quase militante anti-tabagista em 2004 e 2005. Mas parecia que eu estava dando murro em ponta de faca. Todos os fumantes me diziam que se sentem bem, que é uma sensação prazerosa. Ok... e a fumaça que fica nos cabelos, nas roupas, no suor, no beijo? E a perda do paladar? E a perda do olfato? E o afastamento das pessoas? E todos os malefícios físicos (não só os pulmonares, mas na boca, nos dentes, no estômago e por aí vai...)? Alguém aí falou em câncer? Será que "prazeroso", não é um benefício muito pobre? Não tem nada de bom no cigarro. NADA!
Repito: cigarro não serve pra nada. É só malefícios. É uma bengala do mal. Depender do cigarro para "ter prazer" ou "desestressar" é fraqueza de espírito. Leiam um livro! Pratiquem um esporte! Vejam um bom filme! Façam sexo! Arrumem um hobby! Sei lá! Mas botar um cigarro na boca é sinal de sadomasoquismo puro... é gostar de sofrer e gostar de fazer mal a quem está a sua volta.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ao mestre, com carinho...

Tive a felicidade de receber esta semana um informativo sobre os 10 anos de Ronaldo Barcelos como Mestre Tubarão, de capoeira do Grupo Terra Firme, do Grupo Sete Mares e agora fazendo sucesso internacional na Espanha!

QUEM É O MESTRE??? TUBARÃO!!!

Mestre é mestre. Ele é o responsável por dois lemas que carrego na minha vida: "Existem fases e fezes" e "Quando a gente tropeça, a gente cai pra frente". Esses são dois dos muitos ensinamentos que essa cara do bem transmitiu não só pra mim, mas pra toda família da capoeira que está por aí. Valeu, Energético, pelo envio do vídeo que me fez aquecer as memórias.
Meus amigos X-Man e Anjo Branco mordendo meu cordel verde no dia do meu batizado de capoeira como Barbeiro (eu não faço a barba... e tem a doença de Chagas... mas eu dirijo bem, ok? rs)

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A conspiração dos porcos

Estimulado pelos comentários e notícias dos últimos dias, resolvi falar sobre a gripe suína... ou, na minha opinião, a nova histeria coletiva!

Quando houve a epidemia da dengue no Rio, todo mundo que tinha dor de dente dizia que estava com dengue. Até que a maior emissora de televisão do Brasil resolveu atrapalhar tudo colocando um médico "conceituado pelas massas" a falar besteiras médicas para reduzir a histeria. O que aconteceu? As emergências médicas ficaram com jeitão de negligentes porque os "doentes histéricos" só aceitavam o que o supermédico havia falado. Só podiam prescrever repouso absoluto. E qualquer coisa continuava virando dengue.

E agora temos os porquinhos matando por todos os lados...
E assim começou uma epidemia...

Pois é... há alguns meses atrás, o México entrou em quarentena mundial. Ninguém entrava ou saía do país. Quem tivesse estado recentemente no local, se tornava imediatamente "radioativo".

Mês passado foi a Argentina. Fechamento de teatros, shoppings, adiamento de aulas, cancelamento de congressos internacionais (eu me ferrei nessa!) e pessoas entocadas com estoques de máscaras no final.

Agora é o Brasil... de repente, as férias escolares foram prolongadas. Não vou dizer "adiamento das aulas" porque é absolutamente ridículo. As crianças continuam nas ruas, frequentando salas de cinema fechadas e shoppings no meio de uma multidão de pessoas. Boates e restaurantes continuam cheios, sem ventilação adequada, todo mundo respirando junto, sem gelzinho no banheiro. E o metrô... bom... de metrô eu nem preciso falar, né? Ou alguém aqui vai dizer para o chefe que vai "adiar" o trabalho porque o metrô é virótico demais? Não precisa, né? Mas pode dizer que está com dor no corpo que rapidamente te mandam pra casa e outras pessoas começam a sentir o mesmo. É segregação na certa!

Fala sério...

Minha mãe – que é professora – fez uma comentário ótimo: "Para os que precisam andar de avião não esqueçam: abram as janelas para o ar circular (se isso causar problemas e o avião cair já não é mais culpa da gripe suína)". Aliás... queda de aviões também é uma nova histeria coletiva...

Por isso, começo a achar que os porcos resolveram se vingar dos humanos. Após séculos sendo mortos de maneiras deploráveis para virar embutidos e carnes nobres, os porcos tentaram se associar a vermes como a Taenia solium para criar danos cerebrais nos humanos (cisticercose). Como os resultados eram menores do que o esperado, compactuaram com o vírus da gripe para gerar o Influenza A (H1N1).
Enquanto isso, eu me pergunto: por que ninguém fala nada da malária que mata milhões? AIDS? Cólera? Sarampo e pneumonia ainda matam! E a fome e a desidratação que são aparentemente simples, porém mortais? Cadê a histeria coletiva pra isso? E quem se lembra da gripe aviária? Me lembro que o McDonald's fez uma campanha fortíssima pra continuar vendendo McChicken na Austrália! Pois é... mas já passou, né? Matou 250 pessoas em 10 anos! 25 por ano! Oh, meu Deus! ... 500 mil morrem por ano de GRIPE COMUM! MEIO MILHÃO!

Se eu entrar no mérito de falar da indústria farmacêutica, ferrou. Quem gosta de filmes, deve ver Missão Impossível II... isso mesmo... aquele filmeco de ação com o Tom Cruise, onde vemos que a indústria FAZ o vírus, mas também FAZ o antídoto pra poder lucrar. Vejam também o filmeco Epidemia sobre o vírus Ebola. Lembram?

O tal Tamiflu, remédio mais recomendado ultimamente, é de uma grande indústiria (Roche) que está lucrando desbragadamente desde a gripe aviária e tem ligações com indústria bélica americana (Bush!). Vejam os documentários de Michael Moore... Pelo jeito, creio que a Viúva Porcina casou com um americano veterano de guerra, comprou ações desta gigante farmacêutica e mandou mudar o nome da gripe pra poder lucrar ainda mais... TÔ CERTO OU TÔ ERRADO??? (rsrs)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Saudade do bom humor

Há 15 anos atrás, um transplante de coração mal-sucedido levou o melhor trapalhão: Antônio Carlos Bernardes, o Mussum.

Mas de onde veio o "Mussum"? Veio do Bairro Feliz, o programa humorístico da TV Globo em 1965, que lançou Antônio Carlos na TV. As cenas se passavam em um bairro imaginário situado no subúrbio do Rio de Janeiro, por onde desfilavam personagens de Agildo Ribeiro, Berta Loran, Grande Otelo e Milton Gonçalves. Certa vez, em um quadro da escola de samba, Grande Otelo foi acompanhado pelo conjunto Os Originais do Samba, que tinha entre seus integrantes o cabo Antônio Carlos, que participava do programa sem o conhecimento dos seus superiores e, por isso, tentava se manter o mais escondido possível em cena, até que teve um ataque de riso durante um dos programas, quando Grande Otelo deixou cair no chão um livro onde havia guardado o script, porque não havia decorado o texto. Desconcertado, o comediante olhou para o sambista, que era negro, calvo e sem pelos no rosto, e fuzilou: “Tá rindo de quê, ô mussum?”, levando a platéia às gargalhadas. “Mussum” é o nome de uma enguia preta e sem escamas. Milton Gonçalves diz que Antônio Carlos passou algumas semanas irritado com o apelido, mas acabou adotando-o como nome artístico, com o qual entraria para o grupo Os Trapalhões e para a história do humor brasileiro ao lado de Didi (Renata Aragão), Dedé (Manfried – hã? – Santanna) e Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves, infelizmente também falecido) na televisão e no cinema.

Mas pra quem não sabe, Antônio Carlos recusou o primeiro convite de ser humorista por machismo! Ele não queria pintar a cara como os palhaços faziam porque considerava que não era "coisa de homem"! Sorte a dele (e nossa) que ele não precisava se pintar para fazer rir! Nascido em 7 de abril de 1941 no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcellos, Rio de Janeiro, Mussum estudou num colégio interno e tirou diploma de ajustador mecânico. Mas a música falou mais forte. Dividido entre a Força Aérea e a Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado, Mussum acabou fundando com amigos o grupo Os Sete Modernos, que viria a se tornar sucesso nacional como Os Originais do Samba.

Em 1969, Mussum entrou para Os Trapalhões na extinta TV Excelsior, convencido por Dedé. Quando o programa foi para a TV Globo, Mussum teve que abandonar o grupo de samba, mas sem nunca deixar sua paixão mangueirense: todo ano desfilava na Ala das Baianas da Estação Primeira de Mangueira! E é daí que vem o outro apelido: Mumu da Mangueira!

A trupe circense foi sucesso imediato. "Joaquim Mé Silva da Mangueira" era o "nome real" de Mussum, dono de frases inesquecíveis e linguajar único (aprenda com o Mussumgrapher), protagonista de cenas antológicas e até mesmo uma premonição do que viria acontecer.







Zacarias se foi primeiro e o falecimento de Mussum acabou com Os Trapalhões, revelando diversos problemas internos por muitos anos de convivência, como, por exemplo, a formação do grupo DeMuZa em 1983 que excluía Renato Aragão e foi deteminante para a briga Didi/Dedé.

Todos falavam que Antônio Carlos e Mussum eram a mesma pessoa e não um personagem. O sorriso largo, a alegria contagiante e o jeitão do povo eram constantes. Salve o YouTube que nos permite rever e gargalhar.

Backspace

Nada mais a acrescentar. Veio do blog i can read, que tirou do flickr da Stardust.