
Quando houve a epidemia da dengue no Rio, todo mundo que tinha dor de dente dizia que estava com dengue. Até que a maior emissora de televisão do Brasil resolveu atrapalhar tudo colocando um médico "conceituado pelas massas" a falar besteiras médicas para reduzir a histeria. O que aconteceu? As emergências médicas ficaram com jeitão de negligentes porque os "doentes histéricos" só aceitavam o que o supermédico havia falado. Só podiam prescrever repouso absoluto. E qualquer coisa continuava virando dengue.

Mês passado foi a Argentina. Fechamento de teatros, shoppings, adiamento de aulas, cancelamento de congressos internacionais (eu me ferrei nessa!) e pessoas entocadas com estoques de máscaras no final.
Agora é o Brasil... de repente, as férias escolares foram prolongadas. Não vou dizer "adiamento das aulas" porque é absolutamente ridículo. As crianças continuam nas ruas, frequentando salas de cinema fechadas e shoppings no meio de uma multidão de pessoas. Boates e restaurantes continuam cheios, sem ventilação adequada, todo mundo respirando junto, sem gelzinho no banheiro. E o metrô... bom... de metrô eu nem preciso falar, né? Ou alguém aqui vai dizer para o chefe que vai "adiar" o trabalho porque o metrô é virótico demais? Não precisa, né? Mas pode dizer que está com dor no corpo que rapidamente te mandam pra casa e outras pessoas começam a sentir o mesmo. É segregação na certa!
Fala sério...
Minha mãe – que é professora – fez uma comentário ótimo: "Para os que precisam andar de avião não esqueçam: abram as janelas para o ar circular (se isso causar problemas e o avião cair já não é mais culpa da gripe suína)". Aliás... queda de aviões também é uma nova histeria coletiva...
Por isso, começo a achar que os porcos resolveram se vingar dos humanos. Após séculos sendo mortos de maneiras deploráveis para virar embutidos e carnes nobres, os porcos tentaram se associar a vermes como a Taenia solium para criar danos cerebrais nos humanos (cisticercose). Como os resultados eram menores do que o esperado, compactuaram com o vírus da gripe para gerar o Influenza A (H1N1).

Se eu entrar no mérito de falar da indústria farmacêutica, ferrou. Quem gosta de filmes, deve ver Missão Impossível II... isso mesmo... aquele filmeco de ação com o Tom Cruise, onde vemos que a indústria FAZ o vírus, mas também FAZ o antídoto pra poder lucrar. Vejam também o filmeco Epidemia sobre o vírus Ebola. Lembram?

2 comentários:
Você está certíssimo. Acabei de saber pelos jornais que o QI também aderiu. Tenho certeza que o diretor da minha unidade foi contra, mas, seguramente, voto vencido.
A pressão é quase irresistível. Os donos das escolas morrem de medo de um processo e, infelizmente, criou-se uma cultura litigante nesse país (copiando o modelo americano)e hoje até para reprovar um aluno, aquele que não tem jeito mesmo, deve-se fazer um verdadeiro dossiê pois os pais costuma alegar perseguições. Reabrir Conselho de Classe para rever situação de aluno reporvado não é prática incomum.
Agora, quanto a nós, professores, que se virem. Temos que cumprir os 200 dias nem que seja em janeiro.
E o vestibular? Vai ser adiado por conta do que está havendo? Claro que não, e nós professores que façamos mágica para concluir o programa.
como sou designer, também tenho que abordar essa questão de maneira gráfica... então, vejam esse link com várias representações diferentes desse tema, com destaque logo para a primeira que exemplifica tudo que escrevi: http://abduzeedo.com/30-cool-artworks-surrounding-h1n1-flu
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