O enredo do filme fala do amor entre Chronos, a personificação do tempo, e uma mortal. Ambos lutam angustiadamente mas suas naturezas distintas os impedem de consumar esse amor. Dalí o descreveu como "uma exibição mágica do problema da vida no labirinto do tempo, enquanto Disney o considerava "uma simples história sobre uma jovem garota em busca do amor verdadeiro", mostrando diferenças conceituais na parceria.
Oito meses após seu inicio, o projeto foi abandonado, uma vez que os estúdios estavam em dificuldades financeiras em virtude do fracasso do filme Fantasia (só laureado posteriormente) e do agravamento da grande guerra. Em 1999 Roy Edward Disney, sobrinho do produtor, encontrou o projeto escondido e deu continuação. E, em 2003, finalizou a beleza que vocês podem ver a seguir, mais de meio século após seu início e com os dois grandes artistas já falecidos.
O interessante deste belo encontro é que Dalí teria dito que "o entretenimento destaca a arte, suas possibilidades são infinitas". Se pensarmos que entre 1950 e 1960, Walt Disney inaugurou sua primeira Disneylândia e tivemos a explosão da Pop Art, percebemos o quão de vanguarda já eram os sonhos desses grandes artistas.