quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A sete chaves

No século XIII, em Portugal, havia um método de arquivamento de jóias e outros objetos valiosos: eram colocados em um baú com quatro fechaduras; cada chave era concedida a um alto funcionário do reino. Hoje em dia, usamos a expressão “guardado a sete chaves” para designar algo muito bem guardado ou oculto. O número sete foi incorporado à expressão devido o seu valor místico, algo presente nas religiões primitivas babilônicas e egípcias. Um exemplo dessa simbologia do número é a quantidade de selos com os quais os testamentos romanos eram lacrados na Idade Média.

Calma... esse aqui não é o meu blog de mitologia, o Mito+Graphos. É que parece que este blog (e os outros) está guardado a sete chaves pela falta de postagens. Mas o número sete é também o número de anos que estou com esse blog no ar. Inacreditável! Entre altos e baixos continuo aqui. O foco já mudou várias vezes, mas o lema é deixar fluir, então... que flua!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

DC em capas cinematográficas

A DC ainda não consegui chegar aos pés do universo cinematográfico da concorrente Marvel. OK... os novos Batmen são bons, mas o último filme do Superman não é bom e o do Lanterna Verde não dá pra falar muito. Pelo menos, o investimento para os próximos 5 anos está muito forte (e não estou falando do universo televisivo, onde ela vai mais longe).

Porém, enquanto não sai dos roteiros e boatos confusos, a editora resolveu ligar o cinema aos seus heróis de maneira que sabe: em capas de quadrinhos. E ficaram bem legais! Vejam (e cliquem se quiserem aumentar):

ACTION COMICS #40 inspirada em Bill & Ted – Uma Aventura Fantástica, por Joe Quinones.
AQUAMAN #40, inspirada em Free Willy, por Richard Horie.
BATGIRL #40, inspirada em Purple Rain, por Cliff Chiang.
BATMAN #40, inspirada em O máscara, por Dave Johnson.
BATMAN AND ROBIN #40, inspirada em Harry Potter e a pedra filosofal, por Tommy Lee Edwards.
BATMAN/SUPERMAN #20, inspirada em O fugitivo, por Tony Harris.
CATWOMAN #40, inspirada em Bullitt, por Dave Johnson.
DETECTIVE COMICS #40, inspirada em Matrix, por Brian Stelfreeze.
FLASH #40, inspirada em Intriga internacional, por Bill Sienkiewicz.
GRAYSON #8, inspirada em Operação Dragão, por. Bill Sienkiewicz.
GREEN LANTERN #40, inspirada em 2001: Uma odisseia no espaço, por Tony Harris.
GREEN LANTERN CORPS #40, inspirada em O planeta proibido, por Tony Harris.
HARLEY QUINN #16, inspirada em, por O prisioneiro do rock, por Dave Johnson.
JUSTICE LEAGUE #40, inspirada em Magic Mike, por Emanuela Lupacchino.
JUSTICE LEAGUE DARK #40, inspirada em Os fantasmas se divertem, por Joe Quinones.
JUSTICE LEAGUE UNITED #10, inspirada em Marte ataca!, por Marco D'Alphonso.
SINESTRO #11, inspirada em Westworld - Onde ninguém tem alma, por Dave Johnson.
SUPERGIRL #40, inspirada em O mágico de Oz, por Marco D'Alphonso.
SUPERMAN #40, inspirada em Super Fly, por Dave Johnson.
SUPERMAN/WONDERWOMAN #17, inspirada em E o vento levou..., por Gene Ha.
TEEN TITANS #8, inspirada em Garotos Perdidos, por Alex Garner.
WONDER WOMAN #40, inspirada em 300, por Bill Sienkiewicz.

Ficou MUITO BOM! As capas saem em março.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Viva!

Olha... não sei vocês... mas não dava pra ficar fazendo videozinho no Facebook pra dizer que o ano foi maravilhoso. E isso porque 2013 já tinha sido punk! Esperava um ano pra mim... afinal, era o Ano Chinês do Cavalo... mas não foi pra mim, não. Mas não dá pra focar no ruim, até porque, além de me manter saudável, esse foi um ano de esclarecimentos. Muitas coisas ficaram bem mais claras e definidas para o que vem por aí, e, assim, é mais fácil de lidar.

A partir de 19 de fevereiro de 2015, entraremos no Ano do Carneiro de Madeira, praticamente uma contraposição chinesa de 2014. Tende a ser um ano de paz, coexistência harmoniosa e tranquilidade. Conflitos mundiais serão apaziguados (tomara, gente!) e famílias se unirão. É um ano que a razão positiva precisa imperar sobre a emoção desenfreada para que a prosperidade aconteça. E isso deve ser feito com muita criatividade e humor, mas também com responsabilidade e sensibilidade.

Em compensação, é ano de Marte, o planeta vermelho que leva o nome romano do deus da guerra! De energia masculina, o planeta favorece o ano com ações empreendedoras, ousadas e desprendidas e isso tende a beneficiar atletas e possibilitar transformações mundiais. Porém, instiga a luta pelos ideais o que pode amplificar conflitos e até mesmo acidentes naturais (ou não). É um ano do desejo em todos os seus sentidos, da impulsividade e das atitudes destemperadas. Os orixás também dizem o mesmo: será ano de Ogum, o guerreiro. Portanto, teremos conflitos sim, mas os que trabalharem com afinco conquistarão seus objetivos... ou seja, o Carneiro Chinês avisou: pra ser um bom ano, é razão sobre emoção!

A Pantone definiu a cor Marsala (nº 18-1438, da cidade siciliana e do vinho) e a Coral escolhe o Sombra de Cedro, um laranja acobreado, aparentemente corroborando para o ano avermelhado e quente das emoções.


A numerologia diz que 2015 é um ano 8, um ano de colher o que foi plantado. Parece manter a coerência com as previsões de razão sobre desejo, pois precisamos ter responsabilidade sobre nossas decisões e suas consequências. É o ano que temos que engolir nossas constantes vontades de "dar uma voadora" e partir para algo mais diplomático. É o ano que temos que evitar autoritarismos e partir para algo mais coletivo.

Bom... já não sei o que esperar de 2015, quando números, mitologias e astros são extremamente vagos, abrangentes e, muitas vezes, paradoxais. Cada indivíduo faz o seu próprio presente e, assim, muda as regras do jogo. Por isso, meu conselho é simples: VIVA!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

POPaganda


A Caixa Cultural do Rio apresenta, até 21 de dezembro, a exposição inédita Ron English - Do estúdio para a rua com 110 obras do artista contemporâneo que definiu seu estilo como POPaganda, uma mistura de referências do cenário pop, da história da arte, da propaganda, dos quadrinhos e da música. A mostra expõe pôsteres, quadros, murais e fotografias do americano, além de um documentário que nos apresenta ao processo criativo (e provocativo) do artista.


Fui surpreendido pelos trabalhos desse artista que não conhecia. Ron é conhecido como Padrinho da Arte Urbana, um dos responsáveis pela transição do graffiti para narrativas culturais e artísticas. Na sua opinião, ele tem o objetivo de “recontextualizar” as imagens do consumismo pop e revelar sua visão do que é a alma americana, utilizando personagens do mundo atual como Homer Simpson, Hulk, Ronald McDonald e Mickey. Rende homenagens à Marilyn de Andy Warhol e fez um trabalho de impacto político ao unir Obama ao ex-presidente Abraham Lincoln.


O artista criou uma obra especialmente para a exposição brasileira: uma América do Sul duplicada como uma borboleta, que expressa sua admiração pelos valores e belezas do ecossistema do continente e como ele afeta todo o planeta. O trabalho faz referência ao “efeito borboleta”, fenômeno sobre grandes consequências causadas por pequenas mudanças. Mas fiquei realmente extasiado com sua releitura de Magritte e suas "Guernicas".


Muito bom.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Curvas geométricas de Brecheret

Ontem, além da ótima exposição de Amador Perez, terminou a mostra Mulheres de Corpo e Alma: Desenhos e Esculturas de Brecheret, organizada pelo Instituto Victor Brecheret. Mais de 100 desenhos acompanham as 37 esculturas que nos levam a perceber os passos iniciais da criação artística.

O ítalo-brasileiro Victor Brecheret é o mais importante escultor do Modernismo brasileiro. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e alimentou a discussão sobre identidade nacional. Grande parte de suas esculturas está exposta em locais públicos da cidade de São Paulo, como o famoso Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera.

O interessante é que nem seus desenhos ou o torso feminino de mármore escolhido como identidade visual da exposição servem como real identidade visual do artista. A simplificação geométrica de Brecheret é sua assinatura. Nessa exposição três obras chamam a atenção: As três graças (com destaque para a versão monolítica), O beijo (tanto a geométrica quanto a simplificação máxima) e Sóror Dolorosa, um ângulo de representação da Pietá que eu nunca tinha visto antes.

O beijo
Sóror Dolorosa

Brecheret merece mais reconhecimento hoje. Precisa ser mais estudado como artista e como identidade nacional.