Vocês sabiam que todo ano os japoneses inventam alguma novidade em relação à guarda-chuvas? A última é o guarda-chuva iluminado!
Afasta perigos de noites escuras de temporal com duas pequenas lâmpadas que podem ser avistadas a 30 metros de distância! Só vende no Japão em seis modelos diferentes, mas não consegui descobrir nem o preço nem como funcionam ou onde ficam as lâmpadas. Acredito que deva ser algo no cabo.
domingo, 20 de julho de 2014
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Benévola
Só essa imagem aí em cima já diz tudo: Angelina Jolie É Malévola, a bruxa do conto da Bela Adormecida, a responsável por fazer a princesa dormir pra sempre só porque não foi convidada para festa, aquela que vira dragão e criar muros de espinhos. E ela realmente está a cara e o jeito da vilã da Disney (aí do lado).
Mas prestem atenção: se vocês esperam um filme de princesa, esqueçam. Esse é um filme da bruxa! Essa não é uma versão com humanos do desenho da Disney... portanto, não fiquem rabugentos, puristas! E não é um filme mulherzinha, porque também tem um daqueles combates que viraram obrigação em filmes de fantasia entre homens e criaturas.
Estamos no século XXI e todas as menininhas perdem suas inocências bem antes do esperado/desejado. Rapidamente elas ficam sabendo que todo mundo é capaz de ser bom e mal, principalmente, se for por amor (a eterna razão pra tudo...). Não é à toa que uma novela como Avenida Brasil ou uma série como Revenge fazem sucesso. Então, Malévola não poderia ter feito tudo que fez somente por não ter sido convidada. A Disney precisava dar motivos para suas ações.
Peraí... a Disney querendo justificar maldades? Claro que não, né! Ela a transformou numa fada/bruxa que tem seu coração partido e fica amarga, raivosa e terrível. Com grandes diferenças do desenho, acabamos nos apiedando de Malévola e ficando do lado dela ao invés das fadinhas Fauna, Flora e Primavera, que acabaram com seus péssimos nomes originais e um jeito demasiado trapalhão. O rei é o ambicioso vilão, o verdadeiro Malévolo. Nem quando a princesa bocó entra em cena, mudamos de lado: a fada/bruxa fica com a nossa torcida.
Na minha sessão, o final (mais fantasia, menos humano) arrancou aplausos. Não acho que tenha sido pra tanto, mas acho muito bom quando os estereótipos femininos de final feliz são reconstruídos. Principalmente pela Disney, a grande construtora desse estereótipo princesinha. Ao lançar Valente (Brave, 2012), a Casa do Mickey criou uma forte figura feminina que não quer casar de forma arranjada e quer viver sua vida com seus desarrumados cachos vermelhos. Mas uma boneca da valente Princesa Merida de cabelos alisados colocou em dúvida o que a Disney estava fazendo.
O ilustrador inglês David Trumble resolveu até recriar mulheres famosas em princesas para questionar esses estereótipos. Além da humilde e corajosa Rosa Parks (que você vê aí embaixo), ele recriou outras que você pode ver aqui.
Concluo dizendo que Malévola (Maleficent, 2014) é um filme da época em que vivemos, cheia de "jogos vorazes" e "mulheres divergentes"que não aceitam seu destino e tentam reescrever sua história.
PS.: Eu vi esse filme antes da Copa, mas não dava pra parar tudo por causa de uma princesa... oops... bruxa, né?
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Realidade anamórfica
Você já ouviu falar em tipografia anamórfica? São aqueles textos escritos em paredes que você só consegue ler em um determinado ponto de vista. Tem um exemplo aqui no blog. Agora imagine um clipe de música todo feito a partir dessas mudanças de ponto de vista e perspectiva, deixando você sem saber o que é real. E numa única tomada!
A banda Ok Go é incrível mesmo. Já fiz uma postagem sobre os clipes deles que vale a pena sempre ver de novo, porque são sensacionais! E até a música é boa!
A banda Ok Go é incrível mesmo. Já fiz uma postagem sobre os clipes deles que vale a pena sempre ver de novo, porque são sensacionais! E até a música é boa!
segunda-feira, 14 de julho de 2014
A Copa das Copas
É impressionante como a expectativa é capaz de levar alguém do céu ao inferno e vice-versa. Atentem para o seguinte:
Em relação à competição, o número de recordes batidos foi enorme! Primeira seleção europeia a vencer na América, Klose como maior artilheiro das Copas e por aí vai... Tivemos a maioria dos jogos com muita emoção e uma chuva de gols (171 no total, como em 1998 na França). A classificação geral ficou assim:
Dar o título de melhor jogador da Copa para o Messi foi absolutamente ridículo. Sim, ele é craque e decidiu alguns jogos para a Argentina, mas ele não jogou nem 1/5 do que sabe em nenhum dos jogos. Isso é a prova de que o futebol é só resultado. Fez gol? Então você é o melhor. Seguindo esse critério Müller (Alemanha) e Robben (Holanda) mereciam muito mais. O goleiro alemão Neuer também não deveria ter sido escolhido o melhor goleiro. Ele é excelente, mas nessa Copa tivemos melhores: Navas (Costa Rica), Bravo (Chile), Ochoa (México), Howard (EUA) e Ospina (Colômbia), por exemplo. Neuer foi beneficiado por uma defesa sólida e acabou fazendo poucas defesas importantes. Talvez tenha despontado por ter jogado como líbero em vários momentos.
Que venha a Rússia! Mas antes... o Brasil tem a Copa América, as Olimpíadas no Rio de Janeiro (título ainda inédito para nós) e, dessa vez, tem que passar pelas eliminatórias, ou seja, precisa conquistar uma das 4,5 vagas que América do Sul oferece. Lembrando que além de Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai e Equador, teremos que enfrentar Paraguai, Bolívia, Venezuela e Peru. Será que ficaremos na repescagem? Veremos.
- DO CÉU AO INFERNO: A maioria dos brasileiros acreditavam que o Brasil chegaria à final com um futebol maravilhoso capitaneado por Neymar. A expectativa era tanta que a humilhação se tornou histórica. Nosso futebol está sendo corretamente questionado e esperamos boas consequências disso, de preferência, sem expectativas...
- DO INFERNO AO CÉU: A imprensa mundial e nacional deixaram bem claro que o Brasil não estava pronto para um evento dessa proporção, porque mantinha seus estereótipos de selva, bunda e violência. A expectativa era tão baixa que o próprio país se tornou o melhor da Copa. Esqueceram que a gente entende é de festa, ou alguém aí duvida do Carnaval no Rio, de Parintins, dos Festas de São João no Nordeste e por aí vai?
Em relação à competição, o número de recordes batidos foi enorme! Primeira seleção europeia a vencer na América, Klose como maior artilheiro das Copas e por aí vai... Tivemos a maioria dos jogos com muita emoção e uma chuva de gols (171 no total, como em 1998 na França). A classificação geral ficou assim:
- Alemanha
- Argentina
- Holanda
- Brasil
- Colômbia
- Bélgica
- França
- Costa Rica
- Chile
- México
- Suíça
- Uruguai
- Grécia
- Argélia
- EUA
- Nigéria
- Equador
- Portugal
- Croácia
- Bósnia
- Costa do Marfim
- Itália
- Espanha
- Rússia
- Gana
- Inglaterra
- Coréia do Sul
- Irã
- Japão
- Austrália
- Honduras
- Camarões
Dar o título de melhor jogador da Copa para o Messi foi absolutamente ridículo. Sim, ele é craque e decidiu alguns jogos para a Argentina, mas ele não jogou nem 1/5 do que sabe em nenhum dos jogos. Isso é a prova de que o futebol é só resultado. Fez gol? Então você é o melhor. Seguindo esse critério Müller (Alemanha) e Robben (Holanda) mereciam muito mais. O goleiro alemão Neuer também não deveria ter sido escolhido o melhor goleiro. Ele é excelente, mas nessa Copa tivemos melhores: Navas (Costa Rica), Bravo (Chile), Ochoa (México), Howard (EUA) e Ospina (Colômbia), por exemplo. Neuer foi beneficiado por uma defesa sólida e acabou fazendo poucas defesas importantes. Talvez tenha despontado por ter jogado como líbero em vários momentos.
Que venha a Rússia! Mas antes... o Brasil tem a Copa América, as Olimpíadas no Rio de Janeiro (título ainda inédito para nós) e, dessa vez, tem que passar pelas eliminatórias, ou seja, precisa conquistar uma das 4,5 vagas que América do Sul oferece. Lembrando que além de Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai e Equador, teremos que enfrentar Paraguai, Bolívia, Venezuela e Peru. Será que ficaremos na repescagem? Veremos.
domingo, 13 de julho de 2014
Danke!
Em minhas análises antes da Copa começar, já tinha dito que o título ficaria entre Alemanha e Argentina.
Impressionante como a Argentina se reconstruiu durante a competição. A saída de dois ou três jogadores e uma nova arrumação dentro de campo levaram a seleção albiceleste à final. E sem medo da Alemanha, que manteve o seu jogo vertical de maior posse de bola. Com isso, pela primeira vez os alemães tiveram um verdadeiro adversário (mesmo tendo sofrido pressões de Gana e Argélia). A Argentina montou certo a equipe: bem fechada para conter a estratégia alemã e partir em contra-ataques ousados (entendeu, Brasil?). Isso deu uma confiança que ofereceu as melhores oportunidades de gol a eles porque expôs as falhas da seleção alemã. Foi interessante ver, no início do segundo tempo, uma Alemanha não superior, tendo que lidar com a catimba argentina, a tensão do jogo e a prorrogação iminente. Seja condicionamento físico ou emocional, ficou claro que o planejamento alemão deu certo quando em 2006 e 2010 chegaram na semifinal e agora levaram o título mais do que merecido. Parabéns a Argentina que não se amedrontou.
No entanto, quero deixar claro que não venceu somente o melhor futebol dessa Copa. Venceu quem veio com vontade de ganhar, quem tem um time inteiro de craques e não só um, quem se permitiu ser abraçado pela cultura local, quem conquistou a torcida e o país com atos de humildade e amizade.
PS.: Precisava agradecer esse título da Alemanha. Seria absolutamente insuportável ver um título da Argentina no Brasil, no Maracanã, depois do massacre que passamos. Não teríamos mais argumentos para discutir e talvez até a rivalidade acabaria: eles sempre estariam na frente. Agora voltamos a supremacia dos argumentos pelo menos. Continuamos com 5 títulos, o Rei do Futebol e a esperança de melhores tempos.
Impressionante como a Argentina se reconstruiu durante a competição. A saída de dois ou três jogadores e uma nova arrumação dentro de campo levaram a seleção albiceleste à final. E sem medo da Alemanha, que manteve o seu jogo vertical de maior posse de bola. Com isso, pela primeira vez os alemães tiveram um verdadeiro adversário (mesmo tendo sofrido pressões de Gana e Argélia). A Argentina montou certo a equipe: bem fechada para conter a estratégia alemã e partir em contra-ataques ousados (entendeu, Brasil?). Isso deu uma confiança que ofereceu as melhores oportunidades de gol a eles porque expôs as falhas da seleção alemã. Foi interessante ver, no início do segundo tempo, uma Alemanha não superior, tendo que lidar com a catimba argentina, a tensão do jogo e a prorrogação iminente. Seja condicionamento físico ou emocional, ficou claro que o planejamento alemão deu certo quando em 2006 e 2010 chegaram na semifinal e agora levaram o título mais do que merecido. Parabéns a Argentina que não se amedrontou.
No entanto, quero deixar claro que não venceu somente o melhor futebol dessa Copa. Venceu quem veio com vontade de ganhar, quem tem um time inteiro de craques e não só um, quem se permitiu ser abraçado pela cultura local, quem conquistou a torcida e o país com atos de humildade e amizade.
PS.: Precisava agradecer esse título da Alemanha. Seria absolutamente insuportável ver um título da Argentina no Brasil, no Maracanã, depois do massacre que passamos. Não teríamos mais argumentos para discutir e talvez até a rivalidade acabaria: eles sempre estariam na frente. Agora voltamos a supremacia dos argumentos pelo menos. Continuamos com 5 títulos, o Rei do Futebol e a esperança de melhores tempos.
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