quarta-feira, 22 de junho de 2011

Marca em constante mutação


Há bastante tempo queria falar sobre a nova marca criada pelos designers do estúdio The Green Eyl para o 25º aniversário do Media Lab, o famoso laboratório de desenvolvimento de novas tecnologias e inovação do MIT (Massachuttes Institute of Technology). Pelo que entendi, o laboratório nunca teve uma marca, mas alguns componentes identitários, criados por Jaqueline Casey em 1984 a partir de um mural do edifício onde ele fica.

O novo símbolo é baseado em formas geométricas simples que simulam três focos de luz nas cores primárias e podem ser posicionados de várias maneiras diferentes a partir de um algoritmo que permite cerca de 40 mil variações de formas em 12 combinações de cores, estimando uns 25 anos de cartões de visita inéditos!


Eles fizeram um software que simula todas as combinações montando um mapa de opções onde cada funcionário, professor ou aluno pode escolher uma para colocar no cartão de visitas! Cada combinação escolhida fica reservada para a pessoa e ninguém mais pode usá-la!




É uma ideia sintonizada com a proposta da organização, onde trabalham pessoas especiais e com áreas de formação bem distintas que se inspiram e se combinam mutuamente para desenvolver uma visão de futuro. Considerando que o laboratório trabalha com o fato de que o significado de mídia e tecnologia estão constantemente sendo redefinidos, o conceito é completamente coerente.

Na verdade, é uma idéia sintonizada com o hoje, com um mundo de indivíduos que querem suas particularidades dentro do mesmo grupo. Muito interessante!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Terror comercial

O que será que está levando à criação de comerciais de produtos com uma pitada de terror?

O diretor Rob Zombie já conquistou uma legião de fãs com seus trabalhos que primam pelo sombrio, subversivo e demoníaco. Líder e vocalista do extinto White Zombie, também dirigiu alguns filmes violentos, dos quais se destaca Rejeitados pelo Diabo (The devil's rejected, 2005). Portanto, nada mais improvável do que este cidadão ser convidado para dirigir e produzir um comercial de sabão líquido para roupas Woolite, certo? Errado!



Meeedo!

E que tal este comercial que faz uma alusão ao filme O Exorcista (The Exorcist, 1973). É impossível supor que produto quer ser vendido. Dê seu palpite antes do final:



Duvido que você tenha acertado! A Dirt Devil deve ter alavancado suas vendas, ou, pelo menos, a atenção para seus produtos!

sábado, 18 de junho de 2011

Trabalha, trabalha, nego...


Ser professor, aluno, designer freelancer e GENTE... tudo ao mesmo tempo, é brabo! Está difícil de postar nos blogs, mas sempre dou uma passada neles. E você? Tem acompanhado os outros dois? O H+MIN+SEC (relógios) e o MITO+GRAPHOS (mitologia)? Não? Então vai logo!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Revisão e simplificação

Uma das coisas que venho estudando em design é que são poucos os elementos necessários para a definição de uma identidade. Esses elementos essenciais podem sofrer variações para criar um leque de opções para aplicação e divulgação da marca em inúmeras mídias. A marca em si é um dos atributos mais importantes. Se a unirmos ao formato da embalagem, temos uma força poderosa (ou você duvida da Coca-Cola?).

O estúdio de consultoria em design Antrepo (do turco Mehmet Gozetlik) resolveu simplificar as embalagens de alguns produtos famosos, provando exatamente o que escrevi acima.


Agora - cá entre nós - é claro que numa gôndola de supermercado, o produto precisa se destacar gritando em cores... mas que as versões simplificadas são bem interessantes, ah isso são! O estúdio queria mostrar pra todo mundo que o mundo precisa de "revisão e simplificação". E eu estou de acordo!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

X-Men: A essência!


Quando falo sobre adaptação de quadrinhos ao cinema, fico meio purista. Procuro todos os detahes que foram cortados e isso me incomoda... Incomodava! Isso pode ter mudado a partir de X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, 2011).

Como leitor/colecionador de HQs, sempre fui tomado pelas mudanças constantes para adaptar os personagens (quase centenários) aos novos tempos. Em décadas de cronologia, muitos erros foram cometidos, mas a essência era sempre mantida. E é exatamente esse o ponto-chave do novo filme da equipe mutante. A essência original dos X-Men está colocada na telona: o preconceito com os mutantes e entre eles (mostrado com força através de Mística, personagem da ótima Jennifer Lawrence), o início da dicotômica relação entre Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender), a escola e seus treinamentos... tudo temperado com a credibilidade de um roteiro calcado na história real da crise dos mísseis cubanos na década de 60 (quando a equipe foi realmente criada nas HQs).


O filme vai numa ótima crescente, bem amarrado e termina como deveria terminar: a transformação de Magneto no novo grande personagem (terrorista) mutante. O elenco foi brilhantemente escolhido, dos protagonistas aos inúmeros papéis de coadjuvantes feitos por atores que pareciam querer fazer parte desse grande projeto. Vale até um destaque para o ótimo retorno de Kevin Bacon e as aparições de Hugh Jackman (Wolverine) e Rebecca Romijn (a Mística dos primeiros filmes).


Quem viu os filmes anteriores da franquia mutante pode ficar com algumas dúvidas porque essa versão é considerada um reboot, mas acho que esse filme deveria ser visto antes de todos os outros para que a essência dos X-Men fosse realmente captada.

O meu antigo "eu" iria querer saber porque Moira MacTaggert (Rose Byrne) foi transformada em agente da CIA ao invés de ser mantida como cientista. Iria querer saber também porque a equipe original dos quadrinhos (Ciclope, Jean, Homem de Gelo, Anjo e Fera - o único que aparece, interpretado por Nicholas Hoult) não poderiam ser a equipe do filme já que é um reinício da série cinematográfica. Isso, entre outros muitos diferenciais... E ainda tem algumas pontinhas de direção/roteiro como a supervelocidade com que os laços de "lealdade eterna" são construídos, ou um Xavier criança "adotando" uma mutante sem ninguém questionar, ou um Maré Selvagem (Riptide/Álex Gonzáles) sem uma fala sequer!

Mas o "novo eu" curtiu muito ver que, independente dos personagens, os X-Men finalmente apareceram!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Genial manual de marca pessoal

O designer australiano Christopher Doyle fez em 2008 um manual de sua própria marca bem completo, utilizando algumas diretrizes de um projeto gráfico... Só que a marca dele é ele mesmo!

Demente e engraçado, Christopher chegou a enviar esse projeto para tentar um prêmio na Associação Australiana de Designers! Tem introdução, identidade, paletas de cores, artifícios gráficos, espaço em branco, tamanho mínimo, voz, orientação, sustentabilidade e a melhor parte: os usos incorretos. Clique no link e divirta-se!

Excelente piada interna - e um manual mesmo!

Christopher trabalha na agência australiana Moon Group e não abandonou seu jeitão irônico. Leia aqui a entrevista dele (em inglês) sobre esse projeto e dêem uma olhadela no trabalho que ele fez em 2010 para suas resoluções de ano novo:


Genial, não?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mas fique na dúvida...

Depois do post "Acredite" de ontem com a imagem believe in yourself...


E agora? É praticamente um "ser ou não ser, eis a questão", de Shakespeare!

domingo, 5 de junho de 2011

Acredite

Do I can read.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Cartazes pictográficos

Um pictograma (ou pictógrafo) é um símbolo que representa um objeto ou conceito por meio de desenhos figurativos. Tem suas origens na antiga escrita cuneiforme e nos hieróglifos, mas foi na modernidade que se revelou um sistema de representação internacional, principalmente depois de Otto Neurath. Otto foi um filósofo austríaco que acabou se tornando um dos pais do designer gráfico moderno ao propor para sua equipe a criação de um sistema de imagens para comunicar informação de forma simples, valorizando a linguagem não-verbal. Os pictogramas da Olimpíadas de 1972 são um dos expoentes mundiais dessa linguagem gráfica (veja uma imagem AQUI).

O designer sueco Viktor Hertz revela seu amor pelo cinema e por pictogramas com esta série de cartazes de cinema intencionalmente minimalista.


A princípio essa é só uma primeira série, mas o autor diz que um projeto em andamento. Não acho todas as soluções bem resolvidas, mas destaco os cartazes para Waterworld, Irreversível (com a segunda cena mais chocante do filme), Tron (bicicletinhas olímpicas!), Amor sem escalas (Up in the Air), Psicose e Bebê de Rosemary, além da água benta do Exorcista.

Quem se interessou pelos pictogramas, vá até o incrível site The Noun Project, que busca coletar, organizar e disponibilizar gratuitamente os símbolos que formam a linguagem visual mundial.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Inovando o xadrez

Primeiro, uma solução formal bem diferente: um xadrez "joão-bobo"!


No Wobble Chess Set criado pelo designer chinês Adin Mumma, as peças possuem as bases redondas e as casas também são abauladas. Mas não fique achando que vai ficar tudo balançando porque o peso é correto. Custa U$250.

E que tal essa ideia para três jogarem. É isso mesmo: TRÊS PESSOAS JOGANDO XADREZ!


O 3 Man Chess utiliza peças tradicionais com pequenas adaptações nas regras para o tabuleiro circular. Por exemplo, é possível dar cheque-mate em dois jogadores ao mesmo tempo. Mas é preciso ter bastante cuidado com a defesa porque as diagonais e as casas centrais podem surpreendê-lo. Custa só U$68!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A marvada da sociedade...


É ou não é? (Do I can read)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ilustrando uma música

Lembra que falei aqui de um projeto que cada nota musical se transformava numa cor? E comentei até da nota musical da Disney? Então... o músico italiano Matteo Negrin fez o vídeo Music Painting, com Alice Ninni (do Lab) ilustrando a partitura de sua música Lacrime di Giulietta, do CD Glocal Sound. O resultado é belíssimo e ainda traz uma mensagem sustentável. Vejam:



O momento da árvore é lindo! O resultado deveria ser exposto como arte!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A verdade nua e crua

Esse vídeo já está rolando há algum tempo e já divulguei bastante no Facebook. Mas vou continuar divulgando o quanto puder. Portanto, parem tudo que estiverem fazendo e vejam:



Se nós somos capazes de ter um pouco de ética para resolver questões de direito civil no país, precisamos resolver a questão da educação. E isso é um recado para os políticos, mas também para toda a sociedade. Chega da cultura da burrice!

É preciso respeito aos professores. Respeito ao indivíduo.

domingo, 22 de maio de 2011

As histórias sem fim!


Acabo de rever A História sem Fim (Neverending Story, 1984) e não acredito que nunca falei desse incrível filme por aqui - que talvez faça um enorme sentido nos dias de hoje. É um filme inesquecível da minha infância.



O filme começa com um garotinho, Bastian, que perdeu sua mãe recentemente e sofre bullying de seus colegas da escola (assunto atual ou comum?). Numa das perseguições diárias, ele acaba se escondendo em uma livraria bem antiga. Lá ele "pega emprestado" um livro proibido: A História sem Fim, que possui o auryn na capa (esse ouroboros - duas cobras que mordem o próprio rabo num ciclo infinito - da foto). Fugindo novamente dos problemas escolares, Bastian se esconde no depósito da escola para ler o tal livro. Acompanhamos, então, sua leitura da história de Atreyu, o guerreiro menino que precisa salvar o mundo de Fantasia e a Imperatriz-Criança das poderosas garras do Nada. Em sua saga, ele conhece o velho Morla, é ajudado pelo dragão da sorte Falkor, passa pelo Oráculo e a ainda enfrenta o lobo Gmort. Sem conseguir entender os sinais dados, Atreyu se dá por derrotado em salvar Fantasia, quando ele chega até a Imperatriz e tudo se revela numa das melhores metalingüísticas cinematográficas já criadas.


Num mundo real, não há espaço para fantasia, para imaginação. O objetivo do livro é fazer com que o leitor entre num mundo imaginário, crie personagens, faça aquele reino descrito existir nem que seja por um instante. Mas o filme vai além, pois para salvar tudo do Nada (a não-imaginação), é preciso que o leitor dê um nome para a Imperatriz. É claro que Bastian, já totalmente envolvido pela história, escolhe o nome de sua mãe recém-falecida para ela e dá uma chance à F(f)antasia. E no fim (perdão pela revelação), Bastian ainda faz o que todo mundo queria fazer ao longo do filme: voa no dorso de Falkor!

TODA CRIANÇA TEM QUE VER ESSE FILME! Mesmo que a tecnologia não chegue aos pés dos blockbusters atuais, a mensagem é perfeita. Além de fortalecer o mundo da imaginação, esse filme é uma ode à literatura, aos livros que fazem a gente pensar, fazem a gente criar. Acredito que os livros jamais serão derrotados pela tecnologia, mas é um bom momento também para nos perguntarmos se esse mundo extremamente visual no qual vivemos não está atrapalhando um pouco a nossa capacidade de criar, de imaginar.

Será que eu quero um livro no iPad que me mostra a cara dos personagens, ou quero folhear minha mente para construir um mundo só meu? Acho que já falei isso, mas quando li o primeiro livro do Harry Potter, eu tinha um Harry na minha cabeça. Depois dos filmes, eu lia os livros pensando no Daniel Radcliff... Bom... ouça aqui a trilha sonora principal:



Leia! Imagine!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sentindo-se censurado?

Então use o Embarrassing Photo Protective Sunglasses!


Custa só U$12 mais taxa! E você ficará se perguntando: "será que ainda falta inventar mais alguma coisa?"...

PS.: Vai me dizer que ninguém aqui achou que a garota ficou com foto de p*7@? Ou de drogada? Pois é... que óculos "legal"...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Animação inusitada



Criado por Dulcidio Caldeira, André Faria e Guga Ketzer da agência Loducca, este vídeo para os 21 anos da MTV Brasil tem essa louca animação de Daniel Semanas. São 600 balões numa distância de 200 metros, sendo estourados na quantidade de 10 por segundo.

Tinha que ser para a MTV, não?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fala sério...

De cortiça, gente... de cortiça!!!


E pode isso? Estava vendendo no MoMA, vocês acreditam? Como é que esse troço fecha, mesmo tendo forro de algodão? Bom... foi criado pela designer portuguesa Sandra Correia e eu estou doido pra fazer um monte de piadinhas!

Eu odeio guarda-chuvas...