segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cultura é caro, mas vale a pena

Esse post é para incentivá-los a gastarem seus dinheirinhos com cultura. Roupa é importante, mas ir a um cinema ou a um teatro é Mastercard... não tem preço. Quer dizer... tem sim... é BEM caro. Mas vale muito a pena. Então vou dar duas dicas:

TROVÃO TROPICAL (Tropic Thunder)
Acho que esse filme já saiu de cartaz, mas se não saiu corram. Se saiu, esperem o DVD e aluguem (ou comprem). Eu não sou fã de filmes de comédia idiotas e, por essa razão, não vou muito com a cara de atores como Ben Stiler e Adam Sandler, por exemplo. Mas dessa vez, o Ben Stiler me derrubou. Na verdade, quem me derrubou foram o Robert Downey Jr. fazendo o papel de um negro e o Tom Cruise irreconhecível na pele de um careca-peludo-gorducho-mau-caráter-produtor-de-filmes. Gente... é sério... é impagável! Sejam os quase $20 do ingresso, mais estacionamento e lanchinho, é pouco. E saber que o Ben Stiler é responsável por essa pérola fez com que ele ganhasse alguns pontos comigo. Uma sinopse rápida: quatro atores em decadência são chamados para fazer um filme de guerra que irá alavancar a carreira deles. Mas para o filme ficar real, eles são colocados numa guerra real. Ainda tem Jack Black, Nick Nolte e Matthew McConaughey.

A NOVIÇA REBELDE
Não estou falando do maravilhoso filme estrelado por Julie Andrews e Christopher Plummer. Mas poderia. É uma obra prima. Vale qualquer dinheiro conhecer as incríveis músicas que levam o filme. Estou falando da versão brasileira para o musical no teatro. É simplesmente um trabalho primoroso. É caríssimo, mas ver a família Von Trapp cantar letras bem musicadas em cenários incríveis cheios de emoção é realmente um programa necessário. Obrigado aos diretores e produtores que me fizeram voltar à infância e cantar "De-Re-Mi" e "Edelweiss", entre muitas outras.

Juntem os dinheiros de vocês e consumam cultura.

sábado, 25 de outubro de 2008

Inclua-se no hoje

Em junho deste ano, eu falei sobre o livro "Identidade líquida" do sociólogo Zygmunt Bauman. Nele você se descobre parte do mundo. Mas que mundo é esse é a pergunta que tem resposta no livro "Modernidade Líquida" do mesmo autor.

Nele, Bauman tenta descrever o hoje, o presente, o mundo em que vivemos. Com isso, é possivel se incluir na sociedade. Saber que você realmente faz parte dessa loucura é importante. Mas é preciso entendê-la, saber como se dão as novas relações. E desenvolve o termo "líquido" e talvez seja legal que ele seja o primeiro a ser lido, uma vez que o termo é central a todas as suas publicações. Para ele, "os fluidos não fixam o espaço ou prendem o tempo".

Eu recomendo muito esse livro. Volto a dizer que ele parece meio pessimista, mas não é. Ele é verdadeiro.

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BE INCLUDED IN TODAY
In June, I talked about sociologist Zygmunt Bauman's book "Liquid Identity". In it you will find yourself in the world. But which world is the question that has a an answer in the book "Liquid Modernity" by the same author. Bauman describes the today, the present, the world in which we live, and then, you can be included in society. It's important to know that you are part of this madness, understand it and know how the new relationships occur. He develops the term "liquid" in this book, so is the first to be read, because the term is central to all its publications. For him, "the fluid does not fix the space or do the time." I highly recommend this book. I will say again that he seems pessimistic, but he is not. He is real.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Engarrafamento de motel

Leiam o post do dia 23 de outubro, "Motel ladeira acima", no blog do Fabrício Carpinejar. Poderia ser mais um daqueles contos de motel com dicas de comportamento, mas é uma verdade ótima de ser lida. Ironicamente divertida. A escolha do quarto é perfeita. Trechos:

Engarrafamento é insuportável. [...] Mas nada se compara a engarrafamento de motel. [...] Custa desaparecer a luxúria e puxar o alívio da cortina. Desde a entrada, o martírio de escolher em segundos a modalidade do quarto. [...] As diferenças entre luxo e semi-luxo absorveriam uma semana de preocupação. Não vale pensar, terá que optar correndo. Definir um quarto é uma arte do equilíbrio. Não se mostrar avarento, e cuidar para não ultrapassar o limite no banco."

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ética da prisão: uma inveja à celebridade

Mais uma tragédia sendo explorada pela mídia. Isabellas, João Hélios, Eloás... tudo para informar o público. Será? Por que não fazem matérias com pessoas e empresas que fazem o bem? Não vou ficar debatendo esse assunto porque me tornaria mais um a dar pano pra essa manga.

Mas me fiz uma pergunta hoje... li que o assassino de Eloá está sendo ameaçado pelos detentos da prisão que ele deverá morar por muito tempo... Hã? Como assim? Os presos não cometeram atrocidades também? Vai me dizer que eles se sensibilizaram com o "caso Eloá" e agora querem fazer justiça? Será que a prisão consegue realmente mudar alguém? Então, qual é a diferença deles para esse novo criminoso?

Minha resposta? Inveja. Esse novo criminoso apareceu na TV. Deu até entrevista exclusiva durante o seqüestro. Matou por amor. Quem está na prisão não teve TV, exclusividade ou amor. O assassino de Eloá é agora uma celebridade. Matar uma celebridade dá mídia... ou seja, quem matá-lo irá se tornar uma celebridade.

Sei lá... essa ética me assuta.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

P&D 2008 - Impressões

Na última sexta, dia 10 de outubro, voei para São Paulo. Lá estava acontecendo o 8º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, no campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac. O que eu fui fazer lá? Apresentar dois artigos meus com professores do meu mestrado. Fiquei até sabado a tarde, mas Minhas impressões foram as seguintes:

INSTALAÇÕES: Esse Senac é absurdamente grandioso! Usei a palavra "absurdo" porque parece ser até grande demias. Em pleno período de aulas, as salas estavam vazias e não se viam muitos alunos pelos corredores. Mesmo assim é tudo limpinho como a Disney: não se vê uma sujeirinha no chão nem nas latas de lixo, e também não se vêem serventes! Computadores por todos os lados, biblioteca com locadora, bebedores coletivos, banheiros impecáveis, auditório enorme... e por aí vai.

LOCALIZAÇÃO: Péssima... longe de tudo. Para quem não é de lá teve que se virar em táxi que não é muito barato. Ônibus e trens só para os mais safos. Não pude fazer nada fora do congresso por causa da distância.

EVENTO: O esforço de pensar e discutir design sempre vale nota altíssima. As pessoas que foram ao evento estavam realmente a fim de estar lá. Fosse comprando livros nos stands ou se empanturrando nos coffee breaks megalomaníacos, a galera estava a fim de respirar design. E esse evento é considerado o maior do país sobre o assunto, então é ótimo para encontrar e conhecer pessoas. Mas fica aqui um porém: o excesso de trabalhos apresentados em tempos curtíssimos deu um ar de superficialidade ao evento. Pareceu-me o famoso pecado da quantidade acima da qualidade. Reduzir o número de trabalhos para aprofundar as discussões em tempos melhor moderados deve ser realmente considerado.

APRESENTAÇÕES: Falarei só das minhas. Apresentei um artigo sobre o que se fala sobre branding hoje e outro que introduz os conceitos do pensador francês Gilbert Simondon no universo do design. O primeiro foi semelhante ao que apresentei em Buenos Aires, só quen reduzido. Como eu estava numa sessão com pessoas que iam falar sobre livros (outro problema do evento), a discussão final ficou meio dividida. Na outra tive que correr um pouco, porque eu estava com o horário do vôo marcado e aconteceram alguns atrasos. Mas achei bem interessante essa introdução de conceitos diferentes. Foi a primeira vez que apresentei o artigo e percebi que ainda dá pano pra muita manga! Que bom!

CURIOSIDADES: Dormi de clandestino no hotel! (hehehe) Foi divertido! Minhas companheiras de mestrado estavam em quartos duplos e o hotel estava lotado. Eu fui pra lá sem ter nada resolvido onde eu iria ficar. Só sabia que, se desse problema, eu dormiria no chão de um dos quartos na clandestinidade! E deu certo! Não tentem isso em casa crianças! E também teve o Balé Triádico... uma viagem futurista que não consigo descrever com palavras. Procurem no Google sobre o assunto para saber mais, se quiserem. Vejam e opinem, e se lembrem que não sou cinegrafista (rsrsrs).


A Dança das Varetas


Performance 1


Performance 2