quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Procure o visível invisível

Vi esse post do designer João Faraco, no blog Caligraffiti, em 29 de agosto, e achei fundamental colocar aqui:

Estação de metrô de Washington (EUA) em uma manhã fria de janeiro de 2007. Um homem tocou violino por cerca de uma hora. Durante esse tempo, cerca de 2 mil pessoas passaram pela estação, a maioria deles no seu caminho para o trabalho.

Após três minutos, um homem de meia idade percebeu que havia um músico tocando. Ele diminuiu o passo e parou por alguns segundos e, em seguida correu para cumprir sua agenda... Quatro minutos depois, o violinista recebeu seu primeiro dólar: uma mulher jogou o dinheiro no chapéu e continuou caminhando. Pouco depois. um jovem encostou na parede para ouvi-lo, mas logo olhou para o relógio e começou a andar novamente. Dez minutos depois de ter começado a tocar, o violonista foi apreciado por um menino de 3 anos, mas sua mãe puxou-o junto às pressas. O garoto parou para olhar para o violinista novamente, mas a mãe pressionou a criança que continuou a caminhada, virando a cabeça o tempo todo. Essa ação foi repetida por vários outros filhos. Todos os pais, sem exceção, forçaram seus filhos a passar rapidamente.

O músico tocou continuamentem por uma hora. Apenas seis pessoas pararam e escutaram por algum tempo. Cerca de 20 deram dinheiro, mas continuaram andando. O homem reuniu um total de US$32. Ao terminar de tocar, o silêncio tomou conta. Ninguém notou. Ninguém aplaudiu, nem houve qualquer reconhecimento.

O violinista era Joshua Bell, um dos maiores músicos do mundo. Ele tocou uma das peças mais complexas de Bach, com um violino de US$3,5 milhões. Dois dias antes, Joshua esgotou os assentos de um teatro em Boston, com convites a partir de US$100. Esse evento foi organizado pelo Washington Post como parte de um experimento social sobre a percepção, o gosto e as prioridades das pessoas, levantando questões como: em um ambiente comum em uma hora imprópria, percebemos a beleza? Paramos para apreciá-la? Reconhecemos o talento em um contexto inesperado? Uma das conclusões foi que provavelmente estamos perdendo muito em nosso cotidiano por não termos mais tempo de apreciação.

João ainda termina o post com uma excelente frase que ele ouviu do designer americano Joshua Davis: É difícil enxergar o seu ambiente quando você está no seu ambiente. Procure o visível invisível.

Reflitamos bastante sobre isso. Mesmo.

Ps.: Valeu por compartilhar esse post, Michel!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A lenda dos guardiões

Estava sentindo falta de ir ao cinema. Mas, por causa do alto preço, só tenho ido ver filmes que valham a pena ser vistos no cinema, ou seja, que a imagem e o som sejam preponderantes para o sucesso do filme. Por isso, filmes de comédia, drama e romance ficaram para TV. Filmes de ação, ficção, fantasia e animações ficam pra telona.

Sendo assim, fui ver A Lenda dos Guardiões (Legend of the guardians - The owls of Ga'Hoole, 2010). O filme segue todas as regras mitológicas de uma aventura fantasiosa a la Joseph Campbell: arquétipos clássicos, jornada do herói que começa com uma ruptura e por aí vai, o vilão, o herói. Mas não achei um filme infantil não... afinal, existe bastante violência entre as aves, com direito a crianças (filhotes) em situações de torturas, seqüestro, lavagem cerebral, recrutamente à guerra e treinamento de combate. A sinopse diz:
Soren (Jim Sturgess) é uma corujinha que passou toda sua vida idolatrando os Guardiões de Ga´Hoole, mítico grupo de corujas guerreiras que venceram uma grande ameaça. Kludd (Ryan Kwanten) é o invejoso e ciumento irmão de Soren, que não acredita nas lendas e vive tentando atrair a atenção de seus pais a qualquer custo. Enquanto treinam seu vôo, ambos acabam capturados pelos Puros, um grupo de elite de corujas que pretende dominar toda a espécie. Enquanto Kludd é seduzido pelo poder dos Puros, Soren encontra alguns aliados para buscar a ajuda dos Guardiões e salvar o futuro das corujas.


Por ser um filme de vôo, vale a pena ser visto em 3D. Mas independente desses efeitos visuais, o filme é belo. Cenas e mais cenas que deveriam ganhar um prêmio de fotografia, se não fossem criadas por computador. Os animais estão muito bem feitos com um nível de realidade nas texturas impressionante. Por ser do mesmo estúdio do Happy Feet (Happy Feet, 2006) em vários momentos me lembrava desse bom filme. O diretor Zack Snyder mostrou que sua marca é usar câmeras em slow motion máximo - que ele usou em 300 (2006) e Watchmen (2009). Vale ver no cinema. E em 3D.




PS.: Destaco aqui o excelente curta de animação com Papa-Léguas e Coiote em 3D que vem antes do filme. Viva a evolução tecnológica!

sábado, 9 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um outubro rosa pra todos!

Não me esqueci, não: todo mês de outubro é mês de lutarmos contra o câncer de mama! Por isso meu blog passa a ficar com fundo rosa e ainda mostro pra vocês essa iniciativa incrível dos funcionários, pacientes e doutores do Providence St. Vincent Medical Center da cidade americana de Portland, estado do Oregon. Eles gravaram o vídeo viral Pink Glove Dance ao som de "Down" de Jay Sean:



Ache bobo. Ache surreal. Mas entre na luta contra o câncer de mama. AGORA!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fazendo limonada suíça de limões...

Pegar o simples e comum e transformar em arte é talento. Por isso achei geniais essas duas manifestações de talento.

Primeiro, a inglesa Keira Rathbone de 25 anos que produz essas incríveis ilustrações usando uma máquina de escrever antiga! Ela usa os tipos das máquinas de escrever para produzir desenhos complexos e sensacionais de paisagens, edificações e retratos de celebridades como Nicole Kidman e Obama. E, em muitas vezes, ela faz isso na rua com uma multidão em volta!


E que tal o artista alemão Heike Weber que usa canetinha - isso mesmo, canetinha! - para decorar ambientes de forma surpreendente! Claro que "decorar" é uma palavra menor neste caso, porque o que ele faz mesmo é arte, pura e simples ARTE!