terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Não serve pra nada mesmo...

Meu ódio por guarda-chuva já está ficando conhecido... um amigo separou pra mim o Caderno Ela do jornal O Globo do último sábado com uma máteria sobre um concurso que quer transformar o guarda-chuva em acessório nobre...

Hã?

Pois é... lendo a matéria vi que é só para estamparia. Nada de design para mudar essa arma branca maldita! E ainda fiquei sabendo que o nylon desses guarda-chuvas chineses que pipocam na mão dos camelôs quando desponta uma nuvem no céu (vocês conhecem a Teoria da Halls?), demoram anos para se decompor na natureza!!! Aliás... esses guarda-chuvas chineses do tamanho de uma caneta possuem o nome correto: Sombrinha! Afinal... eles só fazem isso mesmo, uma sombrinha em cima da gente, porque não protegem NADA da chuva...

Cara... eu odeio guarda-chuva...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Coisinhas de design

Já faz tempo (lembra? ou lembra desse?)... E como estou tentando melhor meus dotes de "dono-de-casa", selecionei utilidades domésticas desta vez.

1- BAIXELA DE LEGO
Vinicius Zarpelon, Alexandre Oliveira e Marco Koch desenvolveram as divertidas Cerâmicas LEGO em 2007, quando eram estudantes de Design de Produto da UFPR.

2- CORRIDA DE AZEITONA
O quarteto feminino formado por Emanuela Pinho, Ana Vial, Mahyna Siqueira e Maria Paula de Lazzari - todas também da UFPR - criou uma divertida brincadeira para mesas de botecos, churrascos, reuniões de amigos, happy-hours, enfim, onde a descontração rolar solta: a petisqueira Corrida das Azeitonas! Ótimo projeto final de curso!

3- PORCELANA ORGÂNICA
O designer holandês Aldo Bakker criou lindas porcelanas para colocar à mesa, pensando nos movimentos que são feitos, nas quantidades que são usadas... ergonomia, organicidade, design! Apreciem as imagens:

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cidades, mundos em cartaz

Há um tempo atrás, postei os cartazes minimalistas que o designer gráfico e ilustrador americano Justin Van Genderen fez sobre os mundos de Star Wars. E ele fez mais três:


Mas não parou por aí... Resolveu fazer também cartazes para as cidades fictícias das HQs: a Gotham City do Batman (DC Comics), a Metrópolis do Superman (DC Comics), a New York cheia de super-heróis da Marvel Comics (representada pelo Edifício Baxter do Quarteto Fantástico e pelo Clarim Diário do Homem-Aranha) e a Neo Tokyo do mangá Akira. Vejam:


E pra fechar, ele resolveu fazer dois importantes carros do entretenimento: O DeLorean, da série De Volta Para o Futuro e K.I.T.T., o carro da Super Máquina!


Demais!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Thor Old Style

Olly Moss é um designer inglês incrível que gosta de se inspirar no ainda mais incrível Saul Bass para fazer cartazes ótimos. Inclusive foi convidado pela Marvel Studios para criar um cartaz especial do filme Thor (que estreia por aqui 29 de abril) para distribuir unicamente à equipe e ao elenco do filme. O resultado é esse:


Já falei sobre Olly quando ele fez cartazes minimalistas de filmes e um cartaz para Lost com direito a camisa.

Acho que farei um post sobre Saul Bass em breve. Ele foi conhecido por seu trabalho de design gráfico no cinema e abertura de filmes, pelo qual é considerado por muitos como um paradigma dessa atividade.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A marca Rio

Demorei um pouquinho para falar da marca das Olimpíadas do Rio em 2016, porque queria acompanhar as repercussões e descansar do reveillon. Mas vamos lá...



Nascida em uma concorrência entre 139 agências e escritórios, a marca escolhida foi criada pela Tátil Design e lançada em Copacabana, pouco antes da virada do ano, com direito a um sigilo digno de tramas conspiratórias e espionagens. O designer Fabio Lopez - que tanto falo por aqui - fez parte da equipe de criação junto com Raphael Abreu (que também estudou na nossa turma da ESDI).

Acho que vale a pena ver o vídeo da Tátil antes de qualquer coisa:


Tenho que confessar que não foi amor à primeira vista pra mim, não. Achei a história de ler RIO na marca uma forçada braba, a tipografia meio desconexa (perdão...) e a "cabeça" do personagem azul ainda não finalizada. Também li as palavras do enebriado Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e fiquei ainda mais cabreiro:
A marca tem um desenho leve, que parece flutuar na água. Lembra-me estar velejando. É muito estética, inovadora e criativa. É possível ver várias coisas nela: Rio, montanha, sol, Copacabana.

O fato de ser uma "marca-escultura" mostra uma urgência em ser tridimensional que precisa de cuidados, já que uma marca precisa ser bidimensional antes de ser 3D por causa de suas inúmeras aplicações. E, na minha opinião, ela também precisar funcionar em monocromia, mesmo que as cores tenham um peso grande. Por isso, estou louco para ver cartazes, uniformes, medalhas, mascote...


Mas - como digo hoje para os meus alunos - uma argumentação bem estruturada é TUDO em um projeto. Por mais que você force uma barra aqui ou ali, se você souber vender seu peixe, nada te segura. E é isso que a Tátil fez: um projeto de marca excelente que realmente concentra os ideais do evento, tem um potencial identitário incrível e uma tipografia exclusiva (melhorou?). Já estou até lendo o RIO na marca! E digo mais: coloquei o título do post sem o 2016 porque acho que esse símbolo tem grande chance de se tornar a marca não-oficial do estado do Rio de Janeiro! Serão 6 anos (ou mais!) vivendo essa marca que foi amplamente abraçada pela população em seu lançamento e está tendo um repercussão mundial excelente.



O melhor mesmo é ver a auto-suficiência do design nessa marca. Isso engrandece a minha profissão. Não podemos esquecer que, em comparação ao fiasco da marca para a Copa do Mundo de 2014, essa marca é absolutamente incrível! Aliás... se compararmos com as outras marcas de Olimpíadas, só adicionamos vantagens. E agora os ingleses resolveram soltar os cachorros por causa da marca "estranha" das Olimpíadas de 2012 criada pela grande Wolff Olins. Obrigado por isso, Tátil! Ponto pra gente!

Agora... anda aparecendo um questionamento de plágio na internet por causa da marca da Telluride Foundation e do quadro "A dança" de Henri Matisse. Eu não vou usar a frase batida (e errônea) de que "no design nada se cria, tudo se copia". Isso é um exagero. Mas é preciso entender que estamos inseridos em uma cultura visual global e que, portanto, é possível encontrarmos traços semelhantes em inúmeras criações. Inclusive, podemos ver no vídeo da Tátil um enorme mural de referências durante o processo de criação. Como Fred Gelli, sócio fundador da agência disse:
Pessoas se abraçando e dançando é algo universal, vem desde as pinturas rupestres. De alguma forma, o movimento das pessoas dançando está no inconsciente coletivo.
Dizer que plágio é demais... beira o ridículo. Criancice por não ter feito (ou por ter perdido as Olimpíadas pra gente, né, americanos invejosos?).


É válido dizer inclusive que todo o processo de concorrência, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com assessoria da Associação de Designers Gráficos (ADG Brasil), foi elaborado com base nas recomendações do Icograda (conselho internacional de associações de design gráfico) e supervisionado com regras claras e justas. Ou seja, chamar de plágio é boçalidade. Além disso, percebe-se que era possível fazer algo bem melhor para a Copa, não?

É a hora do design brasileiro!

PS.: Espero que a marca das Paraolimpíadas tenha essa mesma força!