domingo, 14 de junho de 2015

Camisas das seleções da América

Ano passado, na Copa do Mundo no Brasil, postei aqui os uniformes das seleções que participaram. Hoje o Brasil estreia na Copa América e vou postar os uniformes da seleções que participam dessa competição. Algumas podem ser comparadas com as da última Copa.

A Adidas tirou o preto do uniforme da Argentina e a deixou mais clean. O detalhe da barra albiceleste no segundo uniforme é um charme.
A simplicidade da Bolívia acerta em todos os pontos do uniforme.
A canarinho da Copa do Mundo de 2014 é a mesma dessa Copa América. Esperamos que a tragédia contra a Alemanha não esteja impregnada neste uniforme do Brasil...
Os donos da casa não mudaram o uniforme de 2014. Só quando o Chile fechar com a Nike é que as camisas serão outras.
A Colômbia utilizou sua bandeira como referência, simplificando o resultado ao tirar os elementos diagonais da Copa de 2014. A segunda camisa vem em azul ao invés do vermelho.
O Equador limpou a camisa que utilizou na Copa de 2014. Bem melhor.
A Jamaica é convidada nesta competição e se vestem para chamar a atenção em uma festa, utilizando com simplicidade as cores nacionais em desenhos vistosos no pescoço, mangas e cintura.
O México também é convidado nesta competição e trouxe um uniforme totalmente reformulado: o famoso verde vira detalhe, tendo o preto e o branco como cores principais.
Depois de 4 anos sem uniforme novo, o Paraguai respeita a tradição de agregar as listras verticais. O segundo uniforme é um interessante cinza neutro com listras horizontais na frente.
A faixa peruana foi mantida pela Umbro. No segundo uniforme, um traço branco não faz muito jus à original.
Como eu sempre digo: a celeste é a celeste. E as camisas são as mesmas da Copa do Mundo.
O famoso "vinotinto" da Venezuela ganha destaque com um amarelo "marca-texto". A segunda camisa inverte as cores e perde a tradição.

Curtiu? Eu tenho uma tendência pela simplificação e pelo minimalismo, então, acho que as camisas estão bem interessantes.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

AFETO AFETA

terça-feira, 2 de junho de 2015

CosmÉTICA


O filósofo e educador Mário Sérgio Cortella participou do programa Saia Justa e proferiu a frase "Ética não é Cosmética" no meio de um discurso muito interessante, didático e lúcido. Aí me lembrei de um arte antiga que tinha feito, Cética Ética etc..., e resolvi fazer esse novo díptico.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Jabá (leia rabah)

Já falei aqui que tenho um site com meus trabalhos, que está sempre em construção (forma eufemista de dizer que está meio desatualizado). Eu sempre fui meio metido e desde o início mantive uma versão em inglês do meu site. Mas agora eu fui além... criei a versão em espanhol!


Cheio de erros idiomáticos provavelmente, mas resolvi fazê-lo. Arrogante? Sim, mas por que não? Tudinho com a mesma cara só mudando a cor. Escolhi o amarelo da bandeira espanhola, uma vez que o vermelhão é do site em português (o do inglês é azul).

Dê uma passada por lá e divirta-se! :)

PS.: Espero que isso dê pelo menos uma razão para minha ausência...

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Eu, robô vingador

Pra falar do filme Vingadores: Era de Ultron (The Avengers: Age of Ultron, 2015), tentarei fazer uma postagem semelhante a que fiz para o sensacional primeiro filme.


Depois do espetáculo que foi o primeiro filme, a expectativa para a sequência só aumentou. Todos queriam ver mais... mas não mais do mesmo. Se pegarmos o roteiro dos dois filmes, eles são praticamente iguais. O problema é que tudo no primeiro filme era novo e surpreendentemente bom e agora nada foi acrescentado. Sim... é outro vilão e novos personagens são introduzidos, porém, o que importa neste é o desenvolvimento das relações entre os personagens (as pessoas e não os heróis) que já nos são familiares. Acaba sendo um filme para fãs ou dos quadrinhos ou de toda essa saga do cinema e da TV.

Bom... a partir de agora, comentários mais detalhados com spoilers.

ANTES DO FILME
Esse filme encerra a Fase 2 da Marvel no cinema, que teve Thor: O mundo sombrio, o ótimo Capitão América: O soldado invernalHomem de Ferro 3 e o incrível Guardiões das Galáxias. Se você não viu nenhum deles (o que eu acho impossível), você não vai ficar perdido, mas com certeza ficará sem algumas informações. Aliás, acompanhar a série Agents of S.H.I.E.L.D. e o spin off da Agent Carter também seria uma boa. O mais importante é a cena pós-créditos do segundo filme do Capitão, pois ela meio que apresenta a trama deste.

A HISTÓRIA
Joss Whedon dessa vez teve que se preocupar em trabalhar a dinâmica entre novos e velhos personagens, pois agora temos todos os Vingadores já conhecidos mais Máquina de Combate, Falcão, Feiticeira Escarlate, Mercúrio e Visão. No entanto, isso atrapalhou um pouco o enredo em si. Em vários momentos, o filme foca em um deles enquanto tem um monte de coisa acontecendo e acaba deixando uma sensação de que o filme voltou alguns minutos para contar outro lado da história. Ao invés do Tesseract, o objetivo agora é o Cetro de Loki, sumido desde o primeiro filme (nas mãos de Strucker, como visto em Capitão América 2) e que descobrimos ser muito mais (quem prestou atenção no filme galáctico já sabia). Na tentativa de salvar a todos, Tony Stark e Bruce Banner acabam criando a inteligência artificial Ultron, que perverte os ideias heroicos em busca da extinção da humanidade. Pelo menos, dessa vez, quase ouvimos o Avante Vingadores no fim!

CAPITÃO AMÉRICA
Seu segundo filme foi tão interessante, que ele deixou de ser a ponta fraca. Começou a assumir a posição de liderança que lhe cabe e talvez tenha as melhores cenas de combate, principalmente, quando faz dupla com Thor. Achei muito bom dar destaque para o dispositivo magnético que atrai o escudo para seu braço, porque não há explicação nos quadrinhos para isso. No fim, parece que ele irá assumir não só a liderança definitiva do grupo como terá um papel de destaque na nova S.H.I.E.L.D. (se é que isso ainda existe).

VIÚVA NEGRA
Talvez seja o personagem que mais se perdeu num excesso de vulnerabilidade. Mesmo com algumas cenas de ação, parece que jogaram o papel feminino para a convencional parte das emoções. Muito amorzinho com Bruce Banner, algo jamais retratado nas HQs. Ela ainda parece se preocupar com o gigantismo dos poderes de seus aliados, mas isso fica melhor retratado no Gavião.

GAVIÃO ARQUEIRO
Pois é... o Gavião ganhou mais presença nesse filme porque ele não deve continuar daqui pra frente. Só que não acho que a atenção dada tenha sido a correta. O discurso de ser um homem de arco e flecha no meio de deuses é muito bom, mas virar um homem de família que precisa ter um momento paternalista com os novos heróis ficou forçado. A relação com a Viúva virou parceria antiga de combate, quando deveria ser quente. Sua ex-esposa Harpia está na série de TV, mas parece não ter qualquer ligação com esse Gavião. E quem é Laura Barton com quem tem três filhos?

HULK
As ótimas cenas do Hulk no primeiro filme fizeram com que todo mundo pedisse um novo filme solo do herói (que não deve acontecer por problemas de direitos autorais), mas dessa vez tivemos mais nuances para Banner do que para o monstro verde. Vemos não só o lado inteligente do cientista como suas dificuldades emocionais. Quando o Hulk se enfurece e destrói tudo pela frente, vemos o lado que aterroriza Banner. Aliás, essa parte do filme é talvez a mais interessante porque a armadura Hulkbuster e Veronica dão um show a parte.

THOR
Thor é o Thor. Ele é um deus. Como já disse, suas cenas de ação com o Capitão são as melhores. Mas não se tem muito a acrescentar aqui. A brincadeira com o martelo é bem divertida, mas seu sonho com Heimdall e o Valhalla o leva para um caminho sem nexo. O fato dele conhecer as Jóias do Infinito até faz sentido, porque ele entende dessas coisas dimensionais/galácticas, mas precisar de um banho hipnótico e saber tudo sobre a criação do Visão ficou bem esquisito

HOMEM DE FERRO
Tony ainda é o protagonista, mas agora seu Homem de Ferro é secundário. Ele vem progredindo para paranoia total: da mudança de vida no primeiro filme solo, passando pelo estágio de milionário que quer privatizar a segurança mundial no segundo, até o medo de alienígenas que o fez criar várias armaduras (vistas em seu terceiro filme) e pensar agora em Ultron. Seu intelecto cria Jarvis e - consequentemente - o Visão. Só ele foi capaz de solucionar a cidade/meteoro voadora que Ultron usou como arma. Mas suas boas intenções foram responsáveis pelo mal e serão as prováveis razões do terceiro filme do Capitão América (Guerra Civil), pois eles precisam tirar as diferenças que existem desde o primeiro filme e se ampliaram nesse.

VISÃO
Foi preciso mudar a origem dos quadrinhos para o cinema, mas fez todo o sentido... aliás, a explicação da gema na testa ficou até melhor. Sua ligação com Ultron é realmente forte, porém seus poderes são mal explicados. Que raio é aquele da gema se ela é a Joia da Mente? Como ele faz aparecer do nada uma capa nas suas costas e ainda muda de cor? Como ele muda a densidade de seu corpo? Nos quadrinhos também não se explica, mas no filme precisava. Sorte que a personificação do herói ficou excelente, azar que apareceu pouco. Paul Bettany sempre foi a voz de Jarvis e agora é um novo e poderoso vingador.

FEITICEIRA ESCARLATE E MERCÚRIO
Aprimorados? Ok... eles não podem ser mutantes por questões de direitos, mas será que eles não poderiam ser Inumanos, agora que eles o são nos quadrinhos e a série de TV já fala nesses personagens? Isso acabou alterando o aparecimento deles no Universo Marvel e criando um elo de ligação superficial com Stark. Bom... tirando isso vamos falar de cada um. Primeiro, Mercúrio. Esse personagem é um grande imbróglio cinematográfico, pois ele faz parte tanto do nicho mutante quanto do nicho Vingadores. Por essa razão, Mercúrio esteve no último filme dos X-Men e está nesse... e provavelmente, também por essa razão, que ele não vai longe aqui. Aliás... Aaron Taylor-Johnson é subutilizado. Seus poderes são muito interessantes pra telona (vide sua única cena no filme dos X-Men) e poderiam oferecer muito mais. Então, fica claro que a confusão autoral determinou sua presença (e fim).

Já a Feiticeira Escarlate precisou ter seus poderes reduzidos para não ser a superpoderosa dos quadrinhos. O que foi bom... só que agora ela se aproxima (e muito!) da Jean Grey, com poderes telepáticos e telecinéticos. Até a cor dos poderes se assemelha! Achei boa a atuação de Elizabeth Olsen. Sabemos que ela terá futuro na franquia e espero que haja um desenvolvimento da sua relação com o Visão, pois já vimos um pequenino vislumbre aqui.

S.H.I.E.L.D E A HIDRA
Ainda não sabemos se a organização existe. A série de TV pretende resolver essa questão, mas não resolve. Coulson não aparece, mas Maria Hill trabalha para Tony e Fury volta com força total... com direito a porta-aviões e tudo! No fim, além da Torre dos Vingadores, vemos um novo QG, onde parece que a organização irá se reestabelecer com os novos Vingadores em treinamento. Já a Hidra parece fadada ao passado. Até mesmo a série de TV que repercutiu o segundo filme do Capitão, já mudou o foco. A morte simplória do Barão Strucker é a prova disso.

MÁQUINA DE COMBATE, FALCÃO, HEIMDALL, AGENTE CARTER E DR. SELVIG
São algumas participações que temos. Don Chadle faz do Máquina de Combate o antigo e divertido Homem de Ferro. O Falcão de Anthoy Mackie poderia ter feito parte do combate final, porém, no fim, vemos que elevou seu status na franquia. Heimdall (Idris Elba) e Peggy Carter (Hayley Atwell) são somente sonhos/pesadelos, mas mostram a força dos contratos e dos filmes. Só o Dr. Selvig (Stellan Skargaard) poderia ter ficado de fora, pois entrou numa trama que foi editada e perdeu intensidade.

ULTRON
E finalmente chegamos no único vilão do filme. Tudo em Ultron se aproxima muito com os quadrinhos, desde o design às motivações. Só a origem precisou ser alterada, assim como o Visão. Nos quadrinhos, ambos foram criados por Hank Pym (que será visto de outro jeito no filme do Homem-Formiga, fase 3 da Marvel) e agora Tony Stark é o pai (e Banner a mãe... rsrsrs). Mas isso não altera o quanto o vilão é terrível. Sua capacidade de espalhar seu controle/mente para outros construtos robóticos deixou seu ataque igualzinho ao filme Eu, Robô (I, Robot, 2004), com Will Smith. A ideia da cidade/meteoro é até boa, mas achei grandiosa demais... talvez códigos nucleares fosse cliché, mas alguém capaz de intervenções digitais poderia fazer muito mais.

Agora preciso destacar James Spader, o responsável pela voz e algumas expressões da inteligência artificial do mal. Como sou fã da série The Blacklist, sou absolutamente encantado pela atuação de Spader. Com isso, é fácil enxergar seus trejeitos de atuação e seu tom de voz intimidador. E isso é bom. Ultron se torna um robô com vida, com alma.


WAKANDA
Resolvi fazer essa parte sobre Wakanda por conta de sua importância nos quadrinhos. Além de ser o país africano responsável pelo vibranium (metal do escudo do Capitão América que Ultron consegue roubar), Wakanda é o local de origem do Pantera Negra, herói que terá sua adaptação cinematográfica em breve. Este filme também apresenta Ulisses Klaw, interpretado por Andy "Gollum" Serkis, o contrabandista de vibranium que se tornará o Garra Sônica, um dos arquiinimigos do Pantera Negra. O braço cortado por Ultron já dá o caminho e a presença de Serkis pode significar um vilão feito de puro som.


Acho que é isso. É inferior ao primeiro pela falta de surpresas, porém superior em grandiosidade (afinal tivemos uma cidade africana e uma do Leste Europeu totalmente destruídas). Talvez seja uma questão de profundidade, pois esse, mesmo recheado de ação, é bem mais denso e dramático (nem tanto...). Porém, pode ser também uma Síndrome de Filme do Meio, aquele que tem uma trama fechada mas tem mais valia como ligação entre o início e o fim de uma saga.

É um bom filme por nos dar o que já esperávamos. A cena pós-créditos nos dá a direção a seguir e mantém as expectativas altas.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Foto melada

A série Preservation (preservação, em português), do fotógrafo estadunidense Blake Little, tem como objetivo transformar as pessoas em algo parecido com uma escultura. Para isso, ele as banha em litros e litros de mel!


Essa beleza âmbar está explicada no making of abaixo:


Lindamente incrível!

domingo, 5 de abril de 2015

Música do âmago

O projeto Studio62 tem levado artistas brasileiros - entre nomes renomados e iniciantes - para fazer versões acústicas de músicas (sejam covers ou autorais) em um projeto bem minimalista / intimista. Tem muita coisa boa, mas a versão de Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa, com Negra Li está dando nó na garganta.


Não falei que dava nó na garganta?

quinta-feira, 19 de março de 2015

O minucioso Rio de Debret


O Rio de Janeiro de Debret é uma exposição IMPERDÍVEL. Fica no Centro Cultural dos Correios até 3 de maio e você precisa ir. São vários os motivos, desde a genialidade antropológica do pintor a delicadeza expográfica de se distribuir lupas para os visitantes apreciarem todos os detalhes das preciosas aquarelas em miniatura.

Entrudo.
A exposição integra as comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro e prestigia o público com 120 obras originais, entre aquarelas e desenhos, do artista francês Jean Baptiste Debret, que viveu no Brasil durante 15 anos, no período de 1816 a 1831, registrando a paisagem carioca, a vida cotidiana, os costumes e tipos populares daquele início do século XIX. As obras selecionadas para a mostra pertencem ao acervo dos Museus Castro Maya.

Já achava Debret um gênio, mas a proximidade com suas obras, ver sua técnica em aquarela, os detalhes minuciosos em seus desenhos... Uma aula de história, antropologia, arte, literatura, crônica... muito bom!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Kandinsky?

São Jorge. Óleo sobre tela. 1911.
Fica até o último dia de março a exposição Kandinsky: Tudo começa num ponto, dita como uma mostra com pinturas, litografias, fotografias e objetos que ilustram a trajetória de um dos mais renomados mestres da pintura moderna, pioneiro e fundador da arte abstrata. Acontece que não é bem isso. O foco maior é em trabalhos dos seguidores de Kandinsky e de artistas que o influenciaram, como Münter, Larionov e Jawlensky.

Ok... Kandinsky tem obras na exposição, mas elas se perdem em meio a peças russas e xamânicas que mais parecem ocupar espaço vazio do que ter algum significado real dentro do Simbolismo. Em certo momento fiquei achando que a exposição tinha ido para um lado psicodélico/espiritual com citações de fadas etc. Com isso outras obras (de outros artistas) saltam aos olhos, como um pequeno porém impressionante pôr-do-sol, uma gigantesca paisagem e até mesmo um quadro sobre um reino submarino.

Para mim, se eram poucas as obras de Kandinsky que poderiam fazer parte, a exposição deveria ter sido menor e mais concentrada. Sua incrível técnica colorista que atinge gradientes e misturas únicas fica reduzida entre tantos. Sua importância na Bauhaus e no design nem é citada. Sua contribuição direta no abstracionismo geométrico parece ter se escondido atrás de uma obra (nada geométrica porém não menos incrível) do papa do Suprematismo russo, Kasimir Malevich. O elo de ligação com Shönberg se torna uma pérola no meio disso, coroada com a proximidade do quadro No branco.

Óleo sobre tela. 1920. Museu Estatal Russo.

As exposições no CCBB são sempre incríveis e cada vez mais ganham destaque no cenário nacional e internacional. Por isso, acho que essa ficou aquém do merecido/esperado (ainda mais depois de 1 hora de espera na fila...).

domingo, 15 de março de 2015

Homenagem ao Rio

Em 2000, participei de uma exposição coletiva chamada DaGema, onde vários novos artistas davam uma nova leitura para a cidade do Rio de Janeiro no fim do século. Agora, em virtude dos 450 anos da cidade (sim, estou atrasado...), trago novamente a obra que fiz com alguns pequeninos consertos e refinamentos que todo designer tende a fazer sobre seu trabalho. Vale dizer que minha arte está no texto, na edição, na recolorização e nos efeitos gráficos aplicados sobre a pintura/desenho de Alex Ross.

Clique para ampliar.

Ainda acho atual.
Ainda mais num dia como hoje.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Deus = Juiz?

Aqui no Brasil, parece...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Fora do Oscar com: GRANDES OLHOS

Mesmo sendo um interessado pela arte, confesso: não tinha ouvido falar em Walter e Margareth Keane. E ainda não me recordo de ter visto qualquer pintura de criança com olhos grandes antes de ver o filme Grandes Olhos (Big eyes, 2014) que conta a história do casal. Dirigido por Tim Burton e tendo Christopher Waltz e Amy Adams nos papéis principais, era de se esperar um bom filme. Acontece que sem uma boa história fica difícil fazer um filme.

Chega a ser ruim? Não, mas está mais pra filme de televisão do que uma obra cinematográfica. Definitivamente não parece um filme de Tim Burton e Christopher Waltz parece estar uns 10 tons acima do nível, porém, sendo uma biografia de uma artista ainda viva, acredito que ele tenha recebido algum feedback. O filme chega a ser mais um manifesto feminista ("atrás de um grande homem sempre existe uma grande mulher" é talvez a moral do filme) do que um conto sobre arte.

Eu sou daqueles que acho toda arte válida se dentro de um contexto, motivação e técnica adequados, então... valeu por me apresentar uma nova artista (da qual preferi as obras posteriores a la Modigliani), ainda que alguns digam que ela disputa com Romero Britto qual é o mais brega.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Ao Oscar com: O ABUTRE

Eu costumo ficar com raiva quando percebo que estou preso no trânsito porque tem um acidente ou um veículo enguiçado e os outros carros passam devagar pra ver se tem algum morto. Chamo essas pessoas de "coveiros", que querem enterrar o morto e - é claro - tirar uma selfie ou fazer um vídeo que até Warhol ficaria indignado. O Abutre (Nightcrawler, 2014) é um filme que abre o jogo e fala da indústria jornalística por traz disso, que precisa do lado negativo do mundo. Faz-nos questionar sobre a história circular do Tostines*: afinal, é a TV que só mostra coisa ruim e são os espectadores que só querem ver coisa ruim? Vai... se pergunte agora e tente responder. É um nó certo na cabeça e na garganta.

Ao contrário de muitos filmes que vi e não fiquei com vontade de escrever, esse filme não apareceu aqui por falta de tempo. Ele tem uma barriga**, mas é bem interessante. A atuação de Jake Gyllenhall está impressionante e merecia uma indicação, mas seus concorrentes mereciam mais (não vi Brandon Cooper, mas se fala como se fosse a melhor da carreira dele). A sumida Rene Russo também aparece muito bem e... sinceramente? Não me matem, mas merecia estar no lugar de Meryl Streep no Oscar de triz Coadjuvante. Só foi indicado para Roteiro Original e até poderia levar, mas algo me diz que a Academia não gostou dessa exposição negativa da mídia.

* Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?
** Barriga em um filme é quando ele fica longo e lento no meio, com cenas que poderiam certamente ser reduzidas ou subtraídas.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Ao Oscar com: O GRANDE HOTEL BUDAPESTE

O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel, 2014) foi outro filme que não tive vontade de escrever aqui. Wes Anderson não se envolve em filmes simplórios. Sempre tem uma história com muitos personagens para contar, mas nunca me interessei. Só que esse filme tem esse elenco: Ralph Fiennes, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton e mais um monte de gente! Tinha que ir...

Mas não me pegou. História confusa, situações esquisitas (surreais) e muitas cenas (e personagens desse mega elenco) desnecessárias. Sei lá... Não sei o que levou a ser indicado para nove categorias do Oscar: Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Trilha Sonora, Direção de Arte, Fotografia, Maquiagem, Figurino e Edição. Acredito que tem grandes chances em prêmios técnicos como Direção de Arte e Fotografia, mas, se foi um dos mais indicados, deve ter algo encantador para a Academia.