terça-feira, 5 de agosto de 2008

Diário portenho

Estive ausente por um tempinho. Andei pela Argentina em um encontro de design e aproveitei para conhecer o novo point brasileiro de férias. Essas são as minhas impressões:

SOBRE A CIDADE: Buenos Aires parece o centro da cidade do Rio de Janeiro com um ar europeu. E isso não significa que é melhor... significa que é frio (entre 8º e 15º, fora o maldito vento). A Avenida 9 de Julio parece a Av. Presidente Vargas, e a Calle Florida parece o Saara arrumadinho. Lá também tem ambulantes, entregadores de papelzinho, mendigos, jogadores de bolinha no sinal, performistas de rua. Além disso, tem uma infestação (praga mesmo) de brasileiros consumistas carregados de sacolas. E quem disse que a cidade é barata? Aparentemente é metade do preço por causa do câmbio... mas não é bem assim. Uma camisa que custe 70 pesos, equivale a 35 reais, ou seja, o nosso preço. Então vale tanto a pena? Vale se você for para comprar calçados (eu trouxe uma sapataria) ou em lojas de grife que são muito caras por aqui. E também tem a lenda que a carne argentina é maravilhosa... tá... é boa... e só. Mas realmente é muito barato comer por lá. Andar de taxi é quase de graça. Como fui para o encontro e não para fazer turismo, não visitei alguns pontos turísticos fundamentais de Buenos Aires... mas o que vi, achei sem graça. Casa Rosada, Congresso, Puerto Madero... nada de mais. O show de tango no Piazzola foi muito bom. Mas nada que um final de semana não resolva. Aliás, só volto se for assim: em outro encontro de design ou em um final de semana para ver o que não vi e assumir a brasilidade consumista.
SOBRE O ENCONTRO: Norberto Chaves foi o ponto principal do III Encuentro Latinoamericano de Diseño na Universidad de Palermo. Consegui ir a duas das três palestras dele. E valeu muito a pena. O cara é genial. Fui bem seletivo, de acordo com a minha dissertação de mestrado. Então, assisti palestras de vários cantos do mundo, do Perú a Portugal, da Colômbia ao México. Muito interessante. Abre horizontes, gera possibilidades e faz a gente pensar a realidade de outras culturas.
SOBRE A MINHA PALESTRA: O que dizer? Sei lá... foi interessante... Comecei 10 minutos mais cedo porque a turma estava pequena, mas, de repente, teve um "estouro de boiada" e a sala lotou! A galera deve ter acordado mais tarde. Tenho uns vídeos que me fizeram perceber que eu falo muito rápido e gesticulando sem parar. Preciso descobrir se tenho genes italianos... Mas o importante foi que fiquei tranquilo. Achei que fosse tremer nas bases, mas correu tudo bem. Me senti no domínio do assunto e da aula. Agora sei que posso repetir o ato e até mesmo ver isso como profissão (iiiihhhhhh...)

Nenhum comentário: