sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Candidatas para 2016

Agora vamos ver as marcas das cidades candidatas aos Jogos Olímpicos de 2016. Praga (República Tcheca), Baku (Azerbaijão) e Doha (Qatar) não passaram, então veremos somente as finalistas:


















- CHICAGO: A estrela americana virou a estilizada rosa dos ventos da "Cidade do Vento" que é a estrela da bandeira da cidade e suas pontas representam esperança, harmonia, respeito, amizade, excelência e celebração. As cores dos anéis estão no degradé da imagem. Uma letra sem serifa de ótima leitura e bem moderna. Bom... os "atributos estrelares" caem como uma luva. Só acho que esse degradé vai dar trabalho nas aplicações gráficas. Mas já foram 4 vezes nos EUA: 1904 (Saint Louis), 1932, 1984 (ambos em Los Angeles, que tentou 2016 também com uma marca horrorosa) e 1996 (Atlanta). Será que vão fazer mais uma por lá?


















- MADRI: Uma luminosa mão aberta com as cores olímpicas que representam a união dos povos? E o famoso "M" em toda mão como se fosse o M de Madri, uma cidade conhecida por ser ponto de refrência de várias culturas na Europa? E uma letra "modernosa" que precisa de um traço no meio do zero? Sei não... Parece que o designer Joaquin Mallo entrou nessa onda mundial de marcas orgânicas (vide Oi e Marca Brasil) que pode deixar as coisas bem esquisitas. E antes era pior: só o contorno da mão! Penso que eles poderão trabalhar com os dedinhos... já imaginaram no que vai dar? Bom... Barcelona já teve a sua em 1992 e a Europa teve Atenas (Grécia) em 2004 e terá Londres (Inglaterra) em 2012. Farão outra por lá?













- TÓQUIO: Já fizeram em 64 e vão tentar de novo. O círculo vermelho / sol nascente característico está na tipografia... só que desta vez ficou bom. O nó MUSUBI significa a união de esporte e cultura, de tradição e tecnologia. E porque as cores olímpicas precisam terminar com um degradé? Degradé é sempre complicado! Com essa Olimpíada em Pequim creio que não farão tão rápido uma outra pela Ásia... mas o capitalismo pode falar mais alto.
















- RIO DE JANEIRO: Sempre o Pão-de-Açúcar... Dessa vez com um jeito de coração / borboleta que, para a designer Ana Soter, mostra a inquestionável paixão dos cariocas pelo esporte. Isso é verdade, mas você vê isso na marca? Ela inovou nas cores com a introdução do laranja e variações de verde (significam "natureza exuberante"...) e acho isso positivo. Mas o número 1 ser um ponto de exclamação para contrapôr a letra I de Rio, na minha opinião, foi forçado. É para demonstrar a emoção que todos têm quando chegam à cidade e como estamos felizes por sediar os jogos... É? Jura? O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro disse que a marca é forte, nobre e cheia de energia e apresenta a felicidade que os brasileiros tem de receber diferentes povos. Então, tá... Mas parece que temos chance. Nunca houve uma Olimpíada na América do Sul e o COI já investiu nos Jogos Panamericanos de 2007 para poder reduzir o investimento. Será que vai?

Por fim, descobri o porquê da criatividade sumir dos anéis: o Comitê Olímpico Internacional proibiu o uso de símbolos olímpicos nas marcas! A tocha de Atlanta em 1996 foi a última. A primeira marca para Chicago utilizava uma tocha (criatividade americana?), mas teve que mudar para essa.

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