segunda-feira, 28 de abril de 2008

"Barbarella" é uma comédia visual bárbara!

O visual e a música do filme são incríveis. Mas vamos aos melhores pontos deste filme de 1968, baseado nos quadrinhos de Jean-Claude Forest, com alguns links para o YouTube:

- Alpha 7, a nave de Barbarella, é pink com o interior de pelúcia. A parte interna da porta está coberta com a imagem do quadro pontilhista de Seurat, "Tarde de Domingo na Grand Jatte". E tem uma estátua de Diana, a Caçadora e Deusa da Lua, que serve como comunicador!

- Barbarella é convocada a encontrar DURAN DURAN (seria a banda da década de 80 ou um astronauta da Terra)? e o raio positrônico, a arma suprema.

- Crianças sádicas assistindo a heroína ser devorada por bonecas carnívoras num planeta gelado.


- O alienígena (um homens peludo) obviamente quer "fazer amor" com Barbarella para ajudá-la. Mas, para ela, "fazer amor" é tomar uma pílula (visão do futuro? HAHAHAHA) e obter a sintonia perfeita dos psicocardiogramas! "Sexo a las antigas" só é feito por pobres, mas Jane se rende e fica em êxtase! Dá-lhe alien!!!

- Escravos comem orquídeas e fazem sexo emparedados em um labirinto, onde se encontram o Dr. Ping (que, ao invés de óculos, utiliza um copo na testa pra enxergar melhor!) e Pygar (um anjo cego que se autodenomina um "ornitantropo" que desistiu de voar!). Claro que Barbarella "dá uma ajudinha" no ninho dele e ele resolve voltar a voar para ajudá-la...


- "Linda-Linda" é o nome que Barbarella recebe de uma lésbica assassina caolha em Sogo, a Cidade da Noite. Nada falarei mais sobre essa relação, porque estragaria ainda mais o filme.


- A Grande Tirana tenta se "aproveitar" do anjo cego, que me sai com a seguinte frase: "Anjos não fazem amor, anjos são amor". Resposta da tirana chifruda: "Levem essa bicha alada daqui!".

- Enquanto isso, Barbarella sofre torturas terríveis em uma jaula cheia de periquitos! Só não se sabe se os "pássaros assassinos" a maltratam com seus bicos e garras ou com seus gritinhos insuportáveis!


- Salva por Dildano, um revolucionário figuraça, Barbarella oferece "sexo selvagem"... mas o rapaz quer a pílula do psicocardiograma!!! A cena precisa ser vista... se eu descrever a graça se perde! É muito-muito-muito-muito-muito engraçada!!!


- E a chave invisível para uma porta invisível que é colocada no pescoço secreto de Barbarella?

- Que tal o harém onde as mulheres fumam "essência de homem" vinda de um narguilé gigante com um homem nadando seminu dentro?

- Encontrada no harém, Barbarella é torturada em uma máquina de dar "orgasmos musicais", manipulada como um teclado pelo "porteiro-maestro". Mas Barbarella é poderosa demais... ela queima todos os fusíveis da máquina e encolhe seus cabos (!!!). No fim, o "maestro" tem a coragem de falar que ela não tem vergonha!!!


- Barbarella usa o Maxlodo (uma geleca-malígna-magnética- carnívora-cheia-de-energia-vital) para vencer. Sabe como? Ela é tão inocente (hã?) que o Maxlodo a vomita!!! E alguém sabe como ela faz massagem cardíaca no anjo? Abrindo e fechando as asas dele!!! Absolutamente incrível!

- O melhor é, sem dúvida, ver Jane Fonda fazendo strip tease total na abertura do filme com estripolias na gravidade zero, interagindo com as legendas. É sensacional! Puro design! É a explicação para ela ter se tornado um símbolo sexual.


Desculpem-me se entreguei muita coisa do filme, mas vale a pena ver de tão surreal! Para um filme do final da década de 60, é muito de vanguarda! Notícias dizem que Hollywood prepara um remake com a bruxinha Paige, de Charmed, Rose McGowan, e o diretor Robert Rodriguez (Sin City).

Um comentário:

Pollyana Barbarella disse...

Oi, linkei o seu blog lá no meu, em um post sobre Barbarella. Adorei a sua descrição das cenas.
Bjs