sábado, 21 de agosto de 2010

Grafite é arte

Não... não estou falando de graffiti que vemos em muros de grandes cidades por aí. Estou falando de grafite mesmo! Aqueles que usamos pra escrever. Vejam o que um marceneiro (e professor de vôlei) anda fazendo com pontas de lápis em Connecticut (EUA):


Essas incríveis miniaturas são feitas pelo brasileiro Dalton Ghetti com agulha, lâmina de barbear, coifa, mão firme e muita... mas muita paciência! E sem lupa ou qualquer lente de aumento!


Dalton diz que começou com isso a partir de gravações dos nomes de amigos da escola na superfície de lápis como presente. Com o tempo, foi se desfiando a fazer mínimos detalhes e gravações cada vez menores. Chegou a experimentar esculturas em carvão, mas voltou às origens do grafite. No início, ficou muito frustrado com sua mão pesada e os inúmeros grafites quebrados (que até se tornaram arte depois). Mas resolveu seguir uma filosofia que é válida para um reflexão individual: já que o erro vai acontecer, ele decidiu se preocupar em melhorar cada vez mais, desafiando-se a chegar cada vez mais perto de um resultado satisfatório. Com o tempo e com a percepção da inevitabilidade do erro, acho que podemos dizer que ele alcançou a perfeição.


Seus trabalhos levam meses e até anos (caso dos dois lápis unidos por uma corrente aí em cima) para serem concluídos. Em entrevista para o NY Times, Dalton diz que isso impressiona as pessoas: "Tudo hoje em dia tem quer rápido, rápido, rápido".

Ele continua dando de presente essas obras. Nunca vendeu (até agora...).

Um comentário:

Graça disse...

Denise, do STJ, está encantada com esse trabalho. Também, não é para menos: é genial.
Acho que ele não vende para ninguém por ser, com razão, muito apegado às suas obras. Provavelmente ele só oferece a pessoas muito especiais e com sensibilidade para admirar um trabalho de mestre.