Hoje é o Dia do Designer Gráfico! Mas, ao invés de celebrar a profissão e falar maravilhas (e críticas), prefiro dividir um sentimento recente.
Sabe quando um filho sempre achou que fosse diferente demais de seus familiares e um belo dia descobre que foi adotado? Mas ele não sofre, pois tudo passa a fazer sentido? Esse é o sentimento que quero celebrar!
Explico: sou filho da ESDI. Fiz tanto graduação quanto mestrado na considerada melhor instituição de design do país, com direito a ser um marco importante na história da profissão. Mesmo tendo orgulho disso, sempre fui muito critíco (as usual...) e achava que alguma coisa estava errada em toda aquela lavagem cerebral que era feita. Meu crescimento profissional sempre "tateou no escuro", como se sempre estivesse procurando algo que me parecia errado na minha relação com o design. Aí, então...
Comecei neste mês de abril um mini-curso com um professor que também me deu aulas na ESDI. Na segunda aula, ele iria falar basicamente sobre a história do design no Brasil. Eu já esperava a tal lavagem cerebral, mas, como sempre respeitei a sabedoria infinita deste professor, acreditei que poderia vir alguma coisa nova. PUTZ!
Não vou conseguir reproduzir aqui o que foi falado com a mesma maestria, mas, em duas horas, ele contextualizou o design brasileiro com o cenário mundial através da ARTE, da política e da economia. PUTZ (de novo!)! Foi como se uma ficha tivesse finalmente caído! Comecei a entender as minhas diferenças, as minhas questões (por exemplo, porque gosto tanto de Construtivismo Russo)... finalmente me senti designer! Me lembrei até do sentimento que tive ao ler o livro Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman...
Incrível! E isso tudo está acontecendo no ano em que completo 10 anos de formado. Excelente! Aguardo as próximas aulas com ansiedade adolescente!
PS.: João de Souza Leite é o nome deste verdadeiro mestre! Costumo me perguntar como ele consegue absorver tanta informação para depois expressá-las com coesão.
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