A primeira observação que podemos fazer sobre o Universo é, também a mais óbvia: o Universo é muito grande. Quão grande? Temos que tomar muito cuidado com essa questão. Podemos apensa falar da parte do Universo que nos é visível, isto é, aquela que podemos observar através de nossos telescópios e antenas. Lembre-se de que a velocidade da luz estabelece um limite na velocidade com que a informação pode ser trocada: como nada pode viajar mais rápido do que a luz, podemos apenas receber informação de regiões que se encontram no nosso passado casual. (...) Por exemplo, o Sol encontra-se a oito minutos-luz de distância da Terra; se explodisse agora, só saberíamos dentro de oito minutos, os nossos últimos. A estrela mais próxima, Alfa Centauro, está a aproximadamente 4,37 anos-luz de distância: quando a vemos no céu noturno, estamos, na realidade, vendo-a como era há 4,37 anos e não no presente, pois este é o tempo que a luz demora para viajar de lá até aqui. Saindo da Via Láctea, encontramos Andrômeda, a nossa galáxia vizinha, a aproximadamente 2,5 milhões de anos-luz. A luz que vemos hoje partiu de Andrômeda quando nossos ancestrais estavam se espalhando pela savana africana. Olhar para as profundezas do espaço é olhar para o passado remoto.
Na boa... não sei vocês... mas isso aí em cima deveria mudar a vida de qualquer um. Ter a noção do tempo e do tamanho do Universo... ter a noção que todo dia vemos um céu de passados... que por mais belo que ele seja, ele já não é o presente... sei lá.
Reflitamos muito.
Um comentário:
É preciso mesmo muita reflexão e o livro citado é excelente para isso. O passado está diante de nós. Se não podemos viver presos a ele temos, por outro lado, que entender a sua importância como ponto de referência para o entendimento do presente e construção do futuro.
Entretanto, muito me preocupa o fato da sociedade atual estar reproduzindo comportamentos anacrônicos, preconceitos e ortodoxias que já deveriam ter sido varridos da História há muitos anos.
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