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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Swing das marcas

É isso aí: troca-troca generalizado! O designer inglês Graham Smith resolveu inverter marcas concorrentes no projeto Brand Reversions!


Graham fundou a Imjustcreative, estúdio de design de marca e identidade. Em seu site, ainda mostra os projetos Unevolved Brands (com a simplificação/involução máxima de algumas marcas) e 8-bit Brands (marcas feitas com poucos pixels). Legal!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Marca em constante mutação


Há bastante tempo queria falar sobre a nova marca criada pelos designers do estúdio The Green Eyl para o 25º aniversário do Media Lab, o famoso laboratório de desenvolvimento de novas tecnologias e inovação do MIT (Massachuttes Institute of Technology). Pelo que entendi, o laboratório nunca teve uma marca, mas alguns componentes identitários, criados por Jaqueline Casey em 1984 a partir de um mural do edifício onde ele fica.

O novo símbolo é baseado em formas geométricas simples que simulam três focos de luz nas cores primárias e podem ser posicionados de várias maneiras diferentes a partir de um algoritmo que permite cerca de 40 mil variações de formas em 12 combinações de cores, estimando uns 25 anos de cartões de visita inéditos!


Eles fizeram um software que simula todas as combinações montando um mapa de opções onde cada funcionário, professor ou aluno pode escolher uma para colocar no cartão de visitas! Cada combinação escolhida fica reservada para a pessoa e ninguém mais pode usá-la!




É uma ideia sintonizada com a proposta da organização, onde trabalham pessoas especiais e com áreas de formação bem distintas que se inspiram e se combinam mutuamente para desenvolver uma visão de futuro. Considerando que o laboratório trabalha com o fato de que o significado de mídia e tecnologia estão constantemente sendo redefinidos, o conceito é completamente coerente.

Na verdade, é uma idéia sintonizada com o hoje, com um mundo de indivíduos que querem suas particularidades dentro do mesmo grupo. Muito interessante!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Revisão e simplificação

Uma das coisas que venho estudando em design é que são poucos os elementos necessários para a definição de uma identidade. Esses elementos essenciais podem sofrer variações para criar um leque de opções para aplicação e divulgação da marca em inúmeras mídias. A marca em si é um dos atributos mais importantes. Se a unirmos ao formato da embalagem, temos uma força poderosa (ou você duvida da Coca-Cola?).

O estúdio de consultoria em design Antrepo (do turco Mehmet Gozetlik) resolveu simplificar as embalagens de alguns produtos famosos, provando exatamente o que escrevi acima.


Agora - cá entre nós - é claro que numa gôndola de supermercado, o produto precisa se destacar gritando em cores... mas que as versões simplificadas são bem interessantes, ah isso são! O estúdio queria mostrar pra todo mundo que o mundo precisa de "revisão e simplificação". E eu estou de acordo!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Genial manual de marca pessoal

O designer australiano Christopher Doyle fez em 2008 um manual de sua própria marca bem completo, utilizando algumas diretrizes de um projeto gráfico... Só que a marca dele é ele mesmo!

Demente e engraçado, Christopher chegou a enviar esse projeto para tentar um prêmio na Associação Australiana de Designers! Tem introdução, identidade, paletas de cores, artifícios gráficos, espaço em branco, tamanho mínimo, voz, orientação, sustentabilidade e a melhor parte: os usos incorretos. Clique no link e divirta-se!

Excelente piada interna - e um manual mesmo!

Christopher trabalha na agência australiana Moon Group e não abandonou seu jeitão irônico. Leia aqui a entrevista dele (em inglês) sobre esse projeto e dêem uma olhadela no trabalho que ele fez em 2010 para suas resoluções de ano novo:


Genial, não?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Novos visuais!

Pra quem acompanha meus blogs já percebeu: todos eles estão de cara nova! Visitem e vejam:

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cartazes na velocidade

Não sou fã de Fórmula 1, mas sou fã de cartazes. O artista irlandês P. J. Tierney resolveu fazer um cartaz para cada uma das 19 corridas que acontecerão neste ano de 2011.


O legal é ver que com pouquíssimos elementos e o cliché do uso da bandeira ainda é possível criar peças bonitas. Custa $30 euros cada.

terça-feira, 22 de março de 2011

Coca-cola de ouro e prata

Uma das coisas que acho legal na Coca-Cola enquanto marca é sua capacidade de manter suas tradicionais cores e formas sem deixar de inovar.


Dessa vez, a marca está lançando duas garrafas inspiradas no Daft Punk: um dourada e outra prateada como os capacetes do duo de DJs franceses. A Daft Coke será vendida a partir de março somente em casas noturnas francesas com direito a uma exclusiva caixa para os colecionadores da Club Coke.

sexta-feira, 11 de março de 2011

O Peru tá com tudo em cima!

Guardadas as devidas piadinhas infames com o título, o Peru (país) apresentou ontem sua nova marca-país, evocando as famosas Linhas de Nazca.




Tem tipografia própria! É 2D (podendo virar "3D-escultura"...)! É monocromática (podendo absorver qualquer cor, até mesmo um "degradé-multicor")! É EXCELENTE!!! INCRÍVEL!!!

E você lembra da marca antiga? Entra neste post que escrevi há um tempo atrás e veja as marcas-países e aproveite para chorar (e muito!) com a "ameba" do Brasil...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Problemas olímpicos internacionais

Vejam como uma identidade visual pode causar incidentes internacionais...

O Irã protestou ante o Comitê Olímpico Internacional (COI) contra a marca oficial dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, alegando que é racista, porque nele pode ser lida a palavra "Zion" (Sion, em inglês), que remete à nação judaica. A desde-sempre-controversa marca tem o objetivo de estilizar o número 2012, mas indicou a pior avaliação possível para 80% do público inglês quando souberam que custou mais de R$1 milhão (queria ver essa pesquisa com a marca da Copa 2014...)! O Irã diz que pode boicotar o evento se as devidas providências não forem tomadas.
Cá entre nós: a marca de 2012 é tão esquisita que ia acabar dando problema mesmo. Tudo bem que o presidente iraniano parece gostar de fazer uma polêmica internacional, mas não esperava algo desse tamanho. Na verdade, essa marca não deveria ter saído. Era preciso uma revisão severa de design. Ou, então, um argumentação teórica que defendesse essa marca de qualquer crítica. Dizer que é "moderno, audaz e ágil" não quer dizer absolutamente nada.

E hoje foram anunciados os três mascotes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia em 2014, que foram escolhidos por voto popular. Mas parece que naquela nação-que-já-foi-socialista o povo não tem mais tanta razão. Pra começar, o presidente russo Dmitry Medvedev está questionando a legitimidade da eleição depois que um personagem (o Papai Noel russo Ded Moroz) "sumiu" da disputa. Já o político ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky, candidato à presidência nas últimas eleições, diz que todos os três são um insulto para a Rússia. E, pra finalizar, o ilustrador Victor Tchijikov, criador do urso Misha das Olimpíadas de 1980, diz que o urso é uma exploração do seu design.
Cá entre nós: Pra mim, o Leopardo das Neves seria o suficiente. Mas parece que o premiê Putin andou enaltecendo a mascote e aí "de repente" ele ganhou. E outro cá entre nós... esse urso é A CARA DO MISHA! Nós acabamos de sair de uma discusão sobre Plágio vs. inspiração com a marca dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 da Tátil e - creio eu - que fica fácil de entender essa diferença. Mas esse ursinho tá meio brabo... por isso que repito: só o Leopardo era suficiente. Se o felino deu problema político, ficassem com a Lebre e ponto final.
Aos que estudam e fazem design, fica a lição que toda identidade visual tem que ser muito bem feita e argumentada para evitar constrangimentos internacionais ou acusações indevidas. Para os que precisam/contratam design, fica a lição que sua marca é um patrimônio importante e que precisa estar nas mãos de profissionais sérios e corretos, independente do valor.

PS.: Recolhi ambas as informações no site da Folha de São Paulo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A marca Rio

Demorei um pouquinho para falar da marca das Olimpíadas do Rio em 2016, porque queria acompanhar as repercussões e descansar do reveillon. Mas vamos lá...



Nascida em uma concorrência entre 139 agências e escritórios, a marca escolhida foi criada pela Tátil Design e lançada em Copacabana, pouco antes da virada do ano, com direito a um sigilo digno de tramas conspiratórias e espionagens. O designer Fabio Lopez - que tanto falo por aqui - fez parte da equipe de criação junto com Raphael Abreu (que também estudou na nossa turma da ESDI).

Acho que vale a pena ver o vídeo da Tátil antes de qualquer coisa:


Tenho que confessar que não foi amor à primeira vista pra mim, não. Achei a história de ler RIO na marca uma forçada braba, a tipografia meio desconexa (perdão...) e a "cabeça" do personagem azul ainda não finalizada. Também li as palavras do enebriado Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e fiquei ainda mais cabreiro:
A marca tem um desenho leve, que parece flutuar na água. Lembra-me estar velejando. É muito estética, inovadora e criativa. É possível ver várias coisas nela: Rio, montanha, sol, Copacabana.

O fato de ser uma "marca-escultura" mostra uma urgência em ser tridimensional que precisa de cuidados, já que uma marca precisa ser bidimensional antes de ser 3D por causa de suas inúmeras aplicações. E, na minha opinião, ela também precisar funcionar em monocromia, mesmo que as cores tenham um peso grande. Por isso, estou louco para ver cartazes, uniformes, medalhas, mascote...


Mas - como digo hoje para os meus alunos - uma argumentação bem estruturada é TUDO em um projeto. Por mais que você force uma barra aqui ou ali, se você souber vender seu peixe, nada te segura. E é isso que a Tátil fez: um projeto de marca excelente que realmente concentra os ideais do evento, tem um potencial identitário incrível e uma tipografia exclusiva (melhorou?). Já estou até lendo o RIO na marca! E digo mais: coloquei o título do post sem o 2016 porque acho que esse símbolo tem grande chance de se tornar a marca não-oficial do estado do Rio de Janeiro! Serão 6 anos (ou mais!) vivendo essa marca que foi amplamente abraçada pela população em seu lançamento e está tendo um repercussão mundial excelente.



O melhor mesmo é ver a auto-suficiência do design nessa marca. Isso engrandece a minha profissão. Não podemos esquecer que, em comparação ao fiasco da marca para a Copa do Mundo de 2014, essa marca é absolutamente incrível! Aliás... se compararmos com as outras marcas de Olimpíadas, só adicionamos vantagens. E agora os ingleses resolveram soltar os cachorros por causa da marca "estranha" das Olimpíadas de 2012 criada pela grande Wolff Olins. Obrigado por isso, Tátil! Ponto pra gente!

Agora... anda aparecendo um questionamento de plágio na internet por causa da marca da Telluride Foundation e do quadro "A dança" de Henri Matisse. Eu não vou usar a frase batida (e errônea) de que "no design nada se cria, tudo se copia". Isso é um exagero. Mas é preciso entender que estamos inseridos em uma cultura visual global e que, portanto, é possível encontrarmos traços semelhantes em inúmeras criações. Inclusive, podemos ver no vídeo da Tátil um enorme mural de referências durante o processo de criação. Como Fred Gelli, sócio fundador da agência disse:
Pessoas se abraçando e dançando é algo universal, vem desde as pinturas rupestres. De alguma forma, o movimento das pessoas dançando está no inconsciente coletivo.
Dizer que plágio é demais... beira o ridículo. Criancice por não ter feito (ou por ter perdido as Olimpíadas pra gente, né, americanos invejosos?).


É válido dizer inclusive que todo o processo de concorrência, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com assessoria da Associação de Designers Gráficos (ADG Brasil), foi elaborado com base nas recomendações do Icograda (conselho internacional de associações de design gráfico) e supervisionado com regras claras e justas. Ou seja, chamar de plágio é boçalidade. Além disso, percebe-se que era possível fazer algo bem melhor para a Copa, não?

É a hora do design brasileiro!

PS.: Espero que a marca das Paraolimpíadas tenha essa mesma força!

Tron - um legado?

Ontem fui ver o filme Tron - O legado (Tron Legacy, 2010), que é a sequência de Tron - Uma odisséia eletrônica (Tron, 1982). Como tenho o primeiro filme em DVD, aproveitei o domingo para vê-lo antes do cinema. A sinopse do novo filme é a seguinte:
Sam Flynn (o péssimo Garrett Hedlund), especialista em tecnologia e filho de Kevin Flynn (o ótimo Jeff Bridges), busca por seu pai e acaba caindo no mesmo mundo onde esse tem vivido pelos últimos 25 anos. Junto da fiel Quorra (a bela Olivia Wilde), pai e filho partem em uma jornada de vida e morte através de um universo cibernético que se tornou muito mais avançado e perigoso.



Bom... o que era quadradão e opaco ganha transparências, níveis e texturas, uma evolução impressionante, esperada e coerente com a temática. Mas me chame de saudosista, nostálgico, oitentista, purista, minimalista... o que quiser: a identidade visual de 1982 cheia de cores vivas, pendendo para os games de 8-bits era muito melhor. A diferença entre o mundo real e o mundo virtual era maior. Eu realmente sentia que estávamos em um computador. Tá... eu sei... que o mundo mudou coisa e tal, mas acho que o excesso de realismo pecou um pouco. Queria mais essa fantasia aí abaixo:


Mas o que importa mesmo são os visuais criados pelo gênio Moebius. Essa estética neon foi revolucionária e anda reaparecendo com força. A Marvel (que foi comprada pela Disney, dona do filme) lançou capas de seus heróis tronizados:


Vale dizer pela enésima vez que 3D ainda não serve. OK... não vi o filme em 2D para ver a diferença, como fiz com Avatar. Mas não vi em nenhum momento (talvez na batalha dos light cycles) um importância fundamental dessa tecnologia. Parecia que era só pra botar as legendas em primeiro plano... aliás, antes do filme começar, nós somos avisados que o 3D é só um mero detalhe. Já viu isso? Pois é... pague caro a toa. Porém, tem um ponto que a tecnologia impressiona: em Clu, para ser mais preciso, a versão jovem de Jeff Bridges. É INCRÍVEL! Claro que dá para perceber algumas questões de timing da voz com a boca e na musculatura facial, mas é de arrepiar.

Sobre o filme em si, então... achei a história melhor amarrada que a de 1982, mas nenhum primor, até porque, em 82 todo esse universo tecnológico era inovador. Hoje, com iPads e wi-fis, nada nos impressiona tanto. Acabamos tendo alguns lampejos de Matrix, principalmente com a participação de Michael Sheen como Castor/Zesu (ou seria uma mistura do Merovíngio com David Bowie e o Charada de Jim Carrey?). O contexto é importantíssimo: o filme de 82 era para o futuro; o de 2010 é para o presente... é um presente nada animador. Talvez seja por isso que prefiro com as versões originais de Star Wars e Superman, sem tanta tecnologia e amargura.

Vale um destaque para a trilha sonora da dupla de DJs franceses do Daft Punk, que fazem até uma ponta no filme. É pra quem gosta de música eletrônica, com direito a um Sweet Dreams, do Eurythmics para agradar a minha geração!

Sugiro, então, que você alugue o original antes de correr para o cinema, desligue seus nerônios intelectuais e abra bem os olhos e os ouvidos!