

Sam Flynn (o péssimo Garrett Hedlund), especialista em tecnologia e filho de Kevin Flynn (o ótimo Jeff Bridges), busca por seu pai e acaba caindo no mesmo mundo onde esse tem vivido pelos últimos 25 anos. Junto da fiel Quorra (a bela Olivia Wilde), pai e filho partem em uma jornada de vida e morte através de um universo cibernético que se tornou muito mais avançado e perigoso.
Bom... o que era quadradão e opaco ganha transparências, níveis e texturas, uma evolução impressionante, esperada e coerente com a temática. Mas me chame de saudosista, nostálgico, oitentista, purista, minimalista... o que quiser: a identidade visual de 1982 cheia de cores vivas, pendendo para os games de 8-bits era muito melhor. A diferença entre o mundo real e o mundo virtual era maior. Eu realmente sentia que estávamos em um computador. Tá... eu sei... que o mundo mudou coisa e tal, mas acho que o excesso de realismo pecou um pouco. Queria mais essa fantasia aí abaixo:

Mas o que importa mesmo são os visuais criados pelo gênio Moebius. Essa estética neon foi revolucionária e anda reaparecendo com força. A Marvel (que foi comprada pela Disney, dona do filme) lançou capas de seus heróis tronizados:


Sobre o filme em si, então... achei a história melhor amarrada que a de 1982, mas nenhum primor, até porque, em 82 todo esse universo tecnológico era inovador. Hoje, com iPads e wi-fis, nada nos impressiona tanto. Acabamos tendo alguns lampejos de Matrix, principalmente com a participação de Michael Sheen como Castor/Zesu (ou seria uma mistura do Merovíngio com David Bowie e o Charada de Jim Carrey?). O contexto é importantíssimo: o filme de 82 era para o futuro; o de 2010 é para o presente... é um presente nada animador. Talvez seja por isso que prefiro com as versões originais de Star Wars e Superman, sem tanta tecnologia e amargura.


Sugiro, então, que você alugue o original antes de correr para o cinema, desligue seus nerônios intelectuais e abra bem os olhos e os ouvidos!
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