segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Curtos e simples

Sempre procurando cartazes interessantes, encontrei esses primores de minimalismos geométricos feitos pelo diretor de arte austríaco Albert Exergian, em novembro de 2009, para várias séries de televisão. Cliquem para aumentar a imagem e ver os títulos.
Eu sei que é preciso conhecer algumas séries para entender o significado dos cartazes (e mesmo assim é difícil para alguns), mas é incrível como poucos traços podem simplificar todo um conceito. E é isso que muitas vezes é necessário para um designer: um bom estudo de semiótica para se atingir a totalidade de uma identidade.

Quer? Dá pra comprar!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Brincando de design

É tão difícil entender o que é design que acho legal terem iniciativas que possibilitem o conhecimento da área. Por exemplo, o que vocês acham:

LOGO BOARD GAME
Recentemente andou pelos e-mails do mundo um joguinho de Excel com partes de marcas e era preciso identificá-las. Me lembro que foi super divertido e, com alguma ajuda, só ficou faltando um marca. Posteriormente, saiu um com filmes. Agora a Drumond Park resolveu criar o Logo Board Game, um jogo de tabuleiro para identificar imagens de logotipos e respondem perguntas sobre marcas e produtos famosos. O jogo vem com 400 cartões e 1.600 perguntas, mas são sobre marcas inglesas. Dá pra jogar uma versão demo online no site da empresa.

TYPE TRUMPS
O sucesso dos jogos de RPG com cartas possuem um antepassado: o incrível Super Trunfo de veículos! O designer Rick Banks, do Face 37, resolveu pensar isso na área e criou o Type Trumps, o Super Trunfo de tipografia! o jogo de cartaz utiliza fontes famosas e conhecidas (Frankfurter, Times, Helvetica, Avant Garde etc.) com estatísticas que vão do ano do desenho a quantidade de pesos, legibilidade e preço. Fez tanto sucesso que ele lançou o segundo deck!Eu gostei. Imagino até crianças jogando nas escolas, se divertindo, conhecendo a tipografia, brincando de letras, se alfabetizando no design e na contemporaneidade.
(Do Blog de Brinquedo)

Escrever ou não escrever, eis a questão...

Me lembrei de uma frase que ouvi no fim do ano passado do meu professor de filosofia da escola durante uma reunião de planejamento escolar:
Grandes ações são feitas de pequenas ações.
Era isso ou algo muito parecido, mas a mensagem é a mesma. Pensei nela durante uma corridinha pela manhã, onde não saía da minha cabeça o filme Julie & Julia (veja abaixo) e a história de que eu escrevo pra ninguém (ou só pra minha mãe - ps.: mãe, stay tuned!). O resultado dos meus questionamentos foi:
E daí?
E sabe de onde veio isso? Do lixo. Pois é... sabe aquela história de que cada um deve fazer a sua parte? Então... eu não jogo o lixo na rua e tento separar o máximo que dá. Tenho a convicção que não serei aquele que mudará o mundo e resolverá o aquecimento global. Mas eu estou fazendo a minha parte. É pra isso que serve o meu blog. Se tem uma pessoa lendo o que eu escrevo ou se são milhões de leitores, não importa. O que realmente importa é que alguém está ganhando um pouco mais de cultura e conhecimento. E se ninguém está vendo, também não importa. O que vale é o registro e o reconhecimento de coisas que acontecem por aí.

Portanto... meus milhões de leitores escondidos, invisíveis e imateriais e minhas dezenas de seguidores, usarei frases consagradas do nosso "querido" presidente Lula e do ex-técnico da seleção Zagallo:
A luta continua companheiro!
Vocês vão ter que me engolir!

sábado, 16 de janeiro de 2010

DOIS ANOS DE BLOG: Julie & Julia

Post meio atrasado, mas além da exposição (post abaixo) também fui ao cinema. Fui ver Julie & Julia na Casa de Cultura Laura Alvim. Filmezinho gostosinho...e nada mais. Aliás, com tanta comida, tinha que ser pelo menos isso. Mas não vou fazer uma crítica sobre o filme, porque tudo depende do momento e da pessoa. Mesmo assim, ressalto aqui três coisas:

1- Meryl Streep é sensacional. Só ela já valeria o caro ingresso, mesmo com a voz irritante que a personagem pedia. Acho que tudo que vi dela nos últimos tempos foi um show particular da atriz. Amy Adams é legalzinha, coisa e tal... mas a Meryl é imbatível! Nem precisa de Oscar. É hors concours.2- Identifiquei-me com a personagem de Amy Adams. Pois é... ela resolve escrever um blog porque está meio sem objetivo na vida. No caso dela, o blog se torna uma obssessão (ainda não cheguei aí...). Ela chega a se questionar pra quê e pra quem está escrevendo se ninguém comenta (ps.: mãe não conta... e isso é falado no filme! [risos]). Mas ela recebe apoio do marido que diz que o importante é ela estar fazendo alguma coisa com a própria vida. Nem preciso dizer que tô me perguntando até agora o que eu estou fazendo aqui...3- Laura Alvim... evolua! Então, fui ver o filme na Casa de Cultura Laura Alvim que sempre guardei na memória como um lugar incrível na beira da praia de Ipanema. Apesar do Grupo Estação ter assumido os cinemas, tudo é ruim: telão, imagem, cadeiras, cheiro da sala... ruim. Poucos lugares para sentar e esperar as sessões de cinema e teatro. Exposições curtas e com pouca expressão. Sei lá... tá tudo melhorando e fiquei com a impressão do tipo "sou assim, se não gostou, vá para outro lugar".

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

DOIS ANOS DE BLOG: Pierre et Gilles - A apoteose do sublime

Alguém acreditaria que já estou escrevendo abobrinhas na internet há 2 anos? Pois é... nem eu! Então, pra "comemorar" essa data fui ver a exposição Pierre et Gilles - A apoteose do sublime.
(Les cosmonautes, 1991. Modelos: Pierre e Gilles)

(Le Marin, 1985. Modelo: Philippe Gaillon)

(La range de vaincre, 2005. Modelo: Tsuyoshi Shinjo)

Após estudos de arte, Pierre Commoy (fotógrafo) e Gilles Blanchard (pintor) se encontraram em 1976, em Paris, e começaram a trabalhar em conjunto. Nos anos 80, o casal apareceu no cenário da moda e da música européia com um novo tipo de abordagem à imagem: fotos bem produzidas, retocadas à mão, muito coloridas e surrealistas, com uma certa estética gay/kitsch e um bizarro toque religioso. Na foto ao lado, o casal na inauguração da exposição com a obra Saint Sebastién de la Guerre, criada especialmente para a mostra no Rio com o modelo brasileiro Jaime de Oliveira. Segundo o curador da mostra, Marcus de Lontra Costa:
O trabalho de Pierre et Gilles, cheio de vitalidade, é próximo do espírito brasileiro, especialmente da cidade do Rio de Janeiro, tendo em vista sua exuberância, intensidade cromática, sensualidade e mistura tipicamente Kitsch, nos fazendo remeter às alegorias e fantasias dos desfiles de escolas de samba brasileiras (…) o mundo contemporâneo está saturado de imagens, elas estão em toda a parte. Um dos papéis mais importantes da ação artística é selecionar dentre essas imagens, proporcionando-lhes novas direções e conceitos. Todas as imagens são, portanto, passíveis de manipulação artística, e é isso o que fazem, de forma singular, Pierre e Gilles.
(Legend, 1995. Modelo: Madonna)

A exposição - que fez parte das comemorações do Ano da França no Brasil - infelizmente só ficará no Oi Futuro (Flamengo) até este domingo. Tem fotos da inauguração aqui. São 26 peças únicas em grandes formatos com vários ícones pop, como Madonna e Kylie Minogue. E o interessante não é somente as incríveis imagens e todo o conceito ao redor delas, mas a incrível composição que elas fazem com suas molduras. Elas acompanham o tema da imagem e as transformam em belíssimas obras de arte. Curtam essas fotos (de Fabiano Moreira do GemaTV também):

(L'Afrique brises ses chaines, 2006. Modelos: Alexis e Jean-Yves)

(La cerise sur le gateau, 2005. Modelo: Sylvie Joly)

(Le petit boxer, 1994.)

(Apollon, 2005. Modelo: Jean-Christophe Blin)