Pois é... deixei passar o dia de propósito. Meu primo Kiko me alertou que temos feriados nos dias 21 (Tiradentes) e 23 (São Jorge) de abril, mas não temos feriado em um dia muito mais importante... o dia do meio... o 22 de abril... DIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL!
Já que o povo brasileiro gosta tanto de um feriado, como podemos esquecer de comemorar um momento histórico tão importante quanto esse? Afinal, só estamos aqui do jeito que estamos hoje (bem ou mal) porque Cabral resolveu se perder e chegar aqui! Por que não fazemos feriado? POR QUÊ???
Eu voto em feriado nacional! E Salve Jorge!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
O nascer da Terra
Em 22 de abril de 1970 o senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição que acabou por criar a Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Vinte anos depois, a data foi adotada mundialmente como o Dia da Terra.
Noa no passado, a agência espacial japonesa Jaxa capturou o horizonte lunar através da sonda Solene (ou o explorador lunar Kaguya). Nas imagens, é possível ver a Terra nascendo como costumamos ver nosso sol e é o primeiro registro completo de desse "nascer". A captura destas imagens só é possível apenas duas vezes por ano, quando as órbitas da Lua, da Terra, do Sol e a sonda estão todos alinhados.
Noa no passado, a agência espacial japonesa Jaxa capturou o horizonte lunar através da sonda Solene (ou o explorador lunar Kaguya). Nas imagens, é possível ver a Terra nascendo como costumamos ver nosso sol e é o primeiro registro completo de desse "nascer". A captura destas imagens só é possível apenas duas vezes por ano, quando as órbitas da Lua, da Terra, do Sol e a sonda estão todos alinhados.
domingo, 19 de abril de 2009
Diversão
Depois de dois anos de mestrado e agora no meio de uma mudança, tinha o direito de me divertir não acham? Bom... eu acho!
Sexta-feira foram dois programas culturais bem legais. Primeiro, a peça Fica mais tempo comigo, com a participação incrível da minha colega de mestrado Letícia Rumjanek. Para quem estava acostumado com a voz suave, doce e beeem baixinha da menina, se impressionou. Eu, por exemplo, nem reconheci a voz dela! Em seguida, fui ao novo show do casal João Gaspar e Letícia Carvalho. O show de baladas de jazz é d-e-l-i-c-i-o-s-o! João é um mestre nas cordas... acaricia o violão ou a guitarra e tira o som que quer. E Letícia é minha professora de canto, ou seja, nem preciso dizer o quanto é bom ouvi-la. Curti muito. É o tipo de música que realmente gosto de ouvir... às vezes acho até que nasci na época musical errada!
Sábado, uma festa que varou a madrugada. Pra quem gosta de som eletrônico a noite inteira nos ouvidos foi sensacional. Os DJs eram muito bons, o staff também e o bar não te deixava esperando muito tempo. O clima foi de diversão e muita tranquilidade, nada daquelas boates que parecem um barril de pólvora prestes a estourar se alguém mexer ou pensar na pessoa errada. Mas confesso que estou velho... lugares cheios, música alta e varar a madrugada já saíram do meu repertório há algum tempo.
Domingo, um campeonato para o meu time. Eu até já imaginava que o Flamengo fosse ganhar do Botafogo na final da Taça Rio para que houvesse mais jogos e, consequentemente, mais dinheiro. Bom... como bom flamenguista, o importante é o título! Agora vamos pra cima do Botafogo pra tentar a hegemonia estadual! (fotinho do Globoesporte.com)
Sexta-feira foram dois programas culturais bem legais. Primeiro, a peça Fica mais tempo comigo, com a participação incrível da minha colega de mestrado Letícia Rumjanek. Para quem estava acostumado com a voz suave, doce e beeem baixinha da menina, se impressionou. Eu, por exemplo, nem reconheci a voz dela! Em seguida, fui ao novo show do casal João Gaspar e Letícia Carvalho. O show de baladas de jazz é d-e-l-i-c-i-o-s-o! João é um mestre nas cordas... acaricia o violão ou a guitarra e tira o som que quer. E Letícia é minha professora de canto, ou seja, nem preciso dizer o quanto é bom ouvi-la. Curti muito. É o tipo de música que realmente gosto de ouvir... às vezes acho até que nasci na época musical errada!
Sábado, uma festa que varou a madrugada. Pra quem gosta de som eletrônico a noite inteira nos ouvidos foi sensacional. Os DJs eram muito bons, o staff também e o bar não te deixava esperando muito tempo. O clima foi de diversão e muita tranquilidade, nada daquelas boates que parecem um barril de pólvora prestes a estourar se alguém mexer ou pensar na pessoa errada. Mas confesso que estou velho... lugares cheios, música alta e varar a madrugada já saíram do meu repertório há algum tempo.
Domingo, um campeonato para o meu time. Eu até já imaginava que o Flamengo fosse ganhar do Botafogo na final da Taça Rio para que houvesse mais jogos e, consequentemente, mais dinheiro. Bom... como bom flamenguista, o importante é o título! Agora vamos pra cima do Botafogo pra tentar a hegemonia estadual! (fotinho do Globoesporte.com)
sexta-feira, 17 de abril de 2009
O lado negro do design (com uma luz no fim do túnel)
Seguindo um pouco do que eu falei ontem, vou traduzir aqui um post do blog Desgn Sojourn chamado "The Dark Side of Design". Já tinha lido, mas hoje uma aluna de design mandou para toda sua faculdade o link, dizendo que o que estava escrito não era ensinado.
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Tem algo de poder na indústria do design. Algo que alguns sabem mas nunca realmente dizem. Em nossa sociedade competitiva, sempre celebramos os vencedores e desprezamos os perdedores. Costumamos falar sobre aqueles que alcançaram o topo sem deixar espaço para segundos lugares. Assim como nosso mundo do Design é sobre designs campeões, os projetos de grande orçamento que os clientes e consumidores amam. No entanto, nunca falamos dos nossos refugos, dos projetos que odiamos, dos que falharam nos testes, dos que desapareceram. Nós não gostamos de falar do que chamo de "lado negro do Design".
Gostaria de dividir com vocês alguns cenários da vida real que mostram como o mundo do design pode ser um simples buraco do inferno. Quero falar sobre como o dinheiro suplanta a moral e a sensibilidade. Encarar o "lado negro do Design" de frente não é fácil nem divertido.
Estranhamente essa virada acontece entre 5 e 7 anos de trabalho, dependendo da quantidade de projetos. De alguma forma, depois disso, as coisas entram nos eixos. Pode ser como aconteceu comigo: você acorda e percebe o clique como se você tivesse alcançado o ponto certo. Você já sabe como lidar com aquele cliente abusivo, seus modelos 3D funcionam com os engenheiros e – o melhor – seus projetos começam a ficar fodões e ganham prêmios. Confie em mim. Já vi isso acontecer várias vezes. Não só comigo, mas com outros designers também. O ano 5 parece ser um número mágico, aquele que mostra que seu tempo nas trincheiras acabou.
Termino este post com outra nota edificante: não consigo entender porque as pessoas não falam sobre seus fracassos. Eles geram histórias incríveis e interessantes, especialmente quando você consegue articular o que você aprendeu e como você cresceu com isso. Na minha humilde opinião, isso é bem mais importante do que vender suas vitórias. Pense nisso quando atualizar seu portfolio.
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Então... bom, né? Realmente edificante. Só sei que eu já estou no ano 9 e nada dessa luz no fim do túnel. Acho que me tornei um Darth Phil... Me preparando para ter aprendizes do lado negro do Design! Tan... tan... tan... tan taran... tan taran...
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Tem algo de poder na indústria do design. Algo que alguns sabem mas nunca realmente dizem. Em nossa sociedade competitiva, sempre celebramos os vencedores e desprezamos os perdedores. Costumamos falar sobre aqueles que alcançaram o topo sem deixar espaço para segundos lugares. Assim como nosso mundo do Design é sobre designs campeões, os projetos de grande orçamento que os clientes e consumidores amam. No entanto, nunca falamos dos nossos refugos, dos projetos que odiamos, dos que falharam nos testes, dos que desapareceram. Nós não gostamos de falar do que chamo de "lado negro do Design".
Gostaria de dividir com vocês alguns cenários da vida real que mostram como o mundo do design pode ser um simples buraco do inferno. Quero falar sobre como o dinheiro suplanta a moral e a sensibilidade. Encarar o "lado negro do Design" de frente não é fácil nem divertido.
- Você irá projetar algo que odeia. Projetar algo que você odeia é algo que você nunca considera quando sai da faculdade. Não é concebível. Você ama design e ama seu trabalho, então, não é possível que você possa ter que projetar algo que você odeia. Mas vai acontecer. Então, prepare-se e regojize-se na frustração.
- Você irá trabalhar para alguém que você odeia. Você vai ser chamado para trabalhar com aquele designer metido que projeta para loucos, mas que sabe puxar um saco como ningúem. Quando acontecer, você vai se dar conta do porquê seu chefe não está pagando o salário dele pra você. Pior... ele pode ser seu gerente. Não só isso, mas você pode ter que trabalhar com um cliente ou associado que te trata como o cocô do cavalo do bandido. Essa pessoa será insensata, vai te menosprezar e odiar tudo que você fizer. Infelizmente, a única coisa a fazer é engolir seu orgulho e dar a cara a tapa.
- Você irá escolher entre o que os consumidores querem e o que eles precisam. A maioria dos projetos de design, infelizmente, é para alimentar o consumismo. A realidade é que seus projetos não costumam ser necessários para ninguém. Na faculdade, é ensinado que você repcisa se preocupar com seus consumidor, identificar suas necessidades e projetar para eles. No entanto, você acha que as pessoas realmente precisam de outra cadeira, laptop ou celular? Tenho certeza de que você fará um excelente trabalho, mas será o correto? E a sustentabilidade? Quando deve acontecer ou realmente acontece? Você vai se dar conta de repente que há forças em jogo além do seu controle e você terá que decidir se esse é o caminho correto para sua carreira.
- Você não conseguirá distinguir dias de noites. Você irá trabalhar muito. Claro, você pensou que trabalhou duro na faculdade para se graduar entre os melhores da turma, mas você nunca vai trabalhar tanto na sua vida quando você se tornar um designer de trincheira. Tanto, mas tanto que você não saberá dizer a diferença entre a noite e o dia. Você fará isso porque tem que fazer. Você fará isso porque você se importa. Nada mais o que falar: você vai odiar.
- Você nunca terá um brief claro. No mundo real, todos sabem o que um brief é, mas ninguém REALMENTE sabe o que é. Você tem que encarar o fato de que não existe um brief claro. Muito menos o franco e direto processo de design aprendido na faculdade. Você vai zigue-zaguear pelas modificações tantas vezes que você vai se achar uma barata tonta. E o pior: os prazos não vão mudar por causa de um erro no briefing de alguém.
- Você será responsável pelas falhas no projeto. É simples. O produto não vende? Culpa do designer. O produto não pode ser industrializado? Culpa do designer. De repente, você estará na mira de todos e será culpado por tudo. Mas lembre-se que designers dão sugestões. As pessoas que pagam pelos projetos são as donos deles e, portanto, responsáveis pelo resultado. O que nos leva ao próximo ponto...
- Você nunca mais será o dono de seus projetos. Os grandes esforços individuais na faculdade, tornam-se nossos filhos. Você irá derramar seu coração e doar sua alma para um projeto que será tirado de você e passado para outros. Sua idéia será perdida, modificada, "estuprada" e até mesmo morta. Não só isso, mas existirão projetos feitos por tantas pessoas que ninguém será dono deles ou irão querer ser.
- Você irá odiar design. Numa bela manhã, você irá arrastar seu corpo cansado de virar noites para apresentar um trabalho a um cliente odioso e vai proferir algumas palavras para você mesmo: "eu odeio design".
Estranhamente essa virada acontece entre 5 e 7 anos de trabalho, dependendo da quantidade de projetos. De alguma forma, depois disso, as coisas entram nos eixos. Pode ser como aconteceu comigo: você acorda e percebe o clique como se você tivesse alcançado o ponto certo. Você já sabe como lidar com aquele cliente abusivo, seus modelos 3D funcionam com os engenheiros e – o melhor – seus projetos começam a ficar fodões e ganham prêmios. Confie em mim. Já vi isso acontecer várias vezes. Não só comigo, mas com outros designers também. O ano 5 parece ser um número mágico, aquele que mostra que seu tempo nas trincheiras acabou.
Termino este post com outra nota edificante: não consigo entender porque as pessoas não falam sobre seus fracassos. Eles geram histórias incríveis e interessantes, especialmente quando você consegue articular o que você aprendeu e como você cresceu com isso. Na minha humilde opinião, isso é bem mais importante do que vender suas vitórias. Pense nisso quando atualizar seu portfolio.
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Então... bom, né? Realmente edificante. Só sei que eu já estou no ano 9 e nada dessa luz no fim do túnel. Acho que me tornei um Darth Phil... Me preparando para ter aprendizes do lado negro do Design! Tan... tan... tan... tan taran... tan taran...
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Quero ser Rodin quando crescer: fazer E/OU pensar design?
As formações de design hoje são exclusivamente práticas, ou seja, te preparam para o mercado de trabalho. Possuem uma grade curricular voltada para esse fim com inúmeras disciplinas que buscam transformar os estudantes em máquinas de fazer trocentos trabalhos ao mesmo tempo dignos de notas altas. Falo por experiência própria, mas não garanto o resultado. Mesmo assim, o estudante recém-formado cai no córrego de oportunidades na área sedento. Sede essa que é aplacada em instantes... não pela água da satisfação, mas pelo chá amargo e desestimulante que nos é oferecido pelo mercado ignorante e escravizante. Palavras duras, porém conscientes.
Como sair disso? Não dá. Precisamos disso pra sobrevivermos. Tem saída? Deve ter. Uma delas é o lado acadêmco da questão. Mas quando se pesquisa sobre assunto percebe-se que o caminho oferecido é considerado o oposto total do aprendido na graduação. É como uma grande bifurcação que anda em paralelo, ou seja, os caminhos estão lado a lado mas nunca mais se encontrarão. E tudo indica que é assim mesmo. Os horários de aulas, as demandas, o tempo previsto, o pensar.
Pois é... o pensar. É explicitamente proibido fazer um projeto de mestrado que gere um produto / projeto gráfico. É estritamente necessário que seja um projeto com fundamentação teóricoa que gere conhecimento. Aí eu me questiono: ninguém preparou pra isso! A gradução não faz isso. Mas ao mesmo tempo eu questiono: isso significa que não se pensa na graduação? Olha... até se pensa, mas em argumentos para se defender um projeto. Argumentos esses que deveriam estar embasados na conceituação filosófica do projeto e não em fracos desenvolvimentos práticos quebráveis por uma simples autoridade/ego.
Estou sendo generalista a partir da minha vivência. Tenho visto mudanças, mas meus olhos só foram abertos depois que optei por conhecer o "outro caminho". Dei me conta que agora penso muito mais no design que faço. E penso muito mais no design que penso. Gerar conhecimento e passá-lo adiante é algo incrível. Valorizo cada vez mais os professores e pesquisadores que sabem fazê-lo (não é qualquer um).
Quero fazer parte deste universo. Quero fazer parte de uma força capaz de mudar o mercado ignorante e escravizante. Para isso devo atuar em duas frontes: no pensar e no fazer. Sempre com atitude, com postura de designer pensante E atuante. Sou contra o OU. Será difícil, mas quando não é? Quero ser um Rodin e transformar pedra em escultura, matéria bruta em matéria eterna.
Como sair disso? Não dá. Precisamos disso pra sobrevivermos. Tem saída? Deve ter. Uma delas é o lado acadêmco da questão. Mas quando se pesquisa sobre assunto percebe-se que o caminho oferecido é considerado o oposto total do aprendido na graduação. É como uma grande bifurcação que anda em paralelo, ou seja, os caminhos estão lado a lado mas nunca mais se encontrarão. E tudo indica que é assim mesmo. Os horários de aulas, as demandas, o tempo previsto, o pensar.
Pois é... o pensar. É explicitamente proibido fazer um projeto de mestrado que gere um produto / projeto gráfico. É estritamente necessário que seja um projeto com fundamentação teóricoa que gere conhecimento. Aí eu me questiono: ninguém preparou pra isso! A gradução não faz isso. Mas ao mesmo tempo eu questiono: isso significa que não se pensa na graduação? Olha... até se pensa, mas em argumentos para se defender um projeto. Argumentos esses que deveriam estar embasados na conceituação filosófica do projeto e não em fracos desenvolvimentos práticos quebráveis por uma simples autoridade/ego.
Estou sendo generalista a partir da minha vivência. Tenho visto mudanças, mas meus olhos só foram abertos depois que optei por conhecer o "outro caminho". Dei me conta que agora penso muito mais no design que faço. E penso muito mais no design que penso. Gerar conhecimento e passá-lo adiante é algo incrível. Valorizo cada vez mais os professores e pesquisadores que sabem fazê-lo (não é qualquer um).
Quero fazer parte deste universo. Quero fazer parte de uma força capaz de mudar o mercado ignorante e escravizante. Para isso devo atuar em duas frontes: no pensar e no fazer. Sempre com atitude, com postura de designer pensante E atuante. Sou contra o OU. Será difícil, mas quando não é? Quero ser um Rodin e transformar pedra em escultura, matéria bruta em matéria eterna.
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