Eu começava a desconfiar que não era um ateu convicto como imaginava. No fundo, eu tinha asco da religiosidade atroz.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Ainda sobre o mesmo tema...
Continuando as últimas reflexões em torno do filme Anjos e Demônios, vai uma frase excelente do livro O Vendedor de Sonhos (best-seller de Augusto Cury) que tende a ser meu novo mote:
Anjos e Demônios, Religião e Ciência, Livro e Cinema
Outro dia coloquei aqui um belo discurso do livro Anjos e Demônios de Dan Brown. Ao terminar o livro, percebi que o texto não foi dito pelo personagem certo e, muito menos, com a intenção certa. Mas foi bem reflexivo. Então, tirei o domingo para ver o filme.
Como leitor de quadrinhos há anos, sempre fui defensor das adaptações cinematográficas, mas sei que tem limite. Algumas pequenas mudanças são feitas para que a passagem seja "verossímel", mas grandes mudanças podem mudar tanto que o filme passa a ser outro (vide o primeiro Hulk e Elektra).
Acho que Anjos e Demônios fica no meio termo. O filme segue toda a linha de raciocínio do livro, mas tem muitas diferenças. Algumas questionáveis, pois tiram a essência de alguns personagens fundamentais. Outros personagens importantes nem aparecem. Pra mim, ficou parecendo que Tom Hanks é "o cara", então, só ele importa. Ewan MacGregor e Stellan Skarsgârd são excelentes atores e personagens-chave no livro/filme, mas nem aparecem nos cartazes e são coadjuvantes nos trailers. A longa-porém-intrigante-explicativa-e-necessária seqüência inicial do livro, transforma-se em corridos-míseros 5/10 minutos que chegam a atordoar e superficializar informações preciosas.
Comparando com o filme anterior (O Código DaVinci), esse tem mais ação. Ainda mantém aquele clima de gincana que precisa decifrar enigmas passo a passo para chegar ao prêmio final, mas dessa vez é para salvar vidas. Meu amigo Otávio diz em seu blog Hollywoodiano que é isso mesmo: cinema não deve ser uma aula de história, e sim entretenimento. Por isso que dá vontade de viajar pela Itália e pelo Vaticano e beber cultura e arte em litros, assim como a viagem francesa do Código. Tanto que o turismo francês faz caravanas para visitar a linha real e o Louvre, além dos inúmeros documentários "desvendando" o tema. Com certeza já estão preparando o mesmo na Itália com os Illuminati.
Sobre o tema do filme, volto a dizer que vale a reflexão. Quando no fim ouvi a frase "a religião é falha, porque o homem é falho", entendi o porquê da censura do Vaticano. No início achei que fosse por abrir ao mundo os rituais e locais mais sagrados da Igreja Católica. Mas me dei conta que é muito mais... em sua força, a Igreja encontra sua vulnerabilidade. A Igreja e as religiões foram feitas pelos homens e, portanto, são falhas também. O mais difícil é admitir os erros e aIgreja costuma demorar séculos para fazer isso.
Por tudo isso (e um pouco mais), eu acho que todos devem ler o livro, antes ou depois de ver o filme. A reviravolta no final é muito boa no filme, mas é MUITO MELHOR NO LIVRO! E preparem-se: o terceiro livro de Dan Brown, The Lost Symbol ("O símbolo perdido"), lançado em abril deste ano, já foi comprado por Hollywood!
PS.: Um pequeno spoiler de um designer indignado... umas das coisas mais legais do livro é a solução tipográfica dos ambigramas góticos dos Illuminati. Pô... tirando o primeiro ambigrama "Illuminati", os outros cinco passam quase despercebidos no filme! Tá... eles aparecem "bem marcados", mas não dá tempo de ver a arte do ambigrama. E ainda mudaram o Diamante Illuminati dos quatro elementos pelas chaves do brasão papal! Achei um gafe... uma gafe bem amarrada no filme... mas uma gafe! Por isso, coloco aqui os ambigramas!
Como leitor de quadrinhos há anos, sempre fui defensor das adaptações cinematográficas, mas sei que tem limite. Algumas pequenas mudanças são feitas para que a passagem seja "verossímel", mas grandes mudanças podem mudar tanto que o filme passa a ser outro (vide o primeiro Hulk e Elektra).
Acho que Anjos e Demônios fica no meio termo. O filme segue toda a linha de raciocínio do livro, mas tem muitas diferenças. Algumas questionáveis, pois tiram a essência de alguns personagens fundamentais. Outros personagens importantes nem aparecem. Pra mim, ficou parecendo que Tom Hanks é "o cara", então, só ele importa. Ewan MacGregor e Stellan Skarsgârd são excelentes atores e personagens-chave no livro/filme, mas nem aparecem nos cartazes e são coadjuvantes nos trailers. A longa-porém-intrigante-explicativa-e-necessária seqüência inicial do livro, transforma-se em corridos-míseros 5/10 minutos que chegam a atordoar e superficializar informações preciosas.
Comparando com o filme anterior (O Código DaVinci), esse tem mais ação. Ainda mantém aquele clima de gincana que precisa decifrar enigmas passo a passo para chegar ao prêmio final, mas dessa vez é para salvar vidas. Meu amigo Otávio diz em seu blog Hollywoodiano que é isso mesmo: cinema não deve ser uma aula de história, e sim entretenimento. Por isso que dá vontade de viajar pela Itália e pelo Vaticano e beber cultura e arte em litros, assim como a viagem francesa do Código. Tanto que o turismo francês faz caravanas para visitar a linha real e o Louvre, além dos inúmeros documentários "desvendando" o tema. Com certeza já estão preparando o mesmo na Itália com os Illuminati.
Sobre o tema do filme, volto a dizer que vale a reflexão. Quando no fim ouvi a frase "a religião é falha, porque o homem é falho", entendi o porquê da censura do Vaticano. No início achei que fosse por abrir ao mundo os rituais e locais mais sagrados da Igreja Católica. Mas me dei conta que é muito mais... em sua força, a Igreja encontra sua vulnerabilidade. A Igreja e as religiões foram feitas pelos homens e, portanto, são falhas também. O mais difícil é admitir os erros e aIgreja costuma demorar séculos para fazer isso.
Por tudo isso (e um pouco mais), eu acho que todos devem ler o livro, antes ou depois de ver o filme. A reviravolta no final é muito boa no filme, mas é MUITO MELHOR NO LIVRO! E preparem-se: o terceiro livro de Dan Brown, The Lost Symbol ("O símbolo perdido"), lançado em abril deste ano, já foi comprado por Hollywood!
PS.: Um pequeno spoiler de um designer indignado... umas das coisas mais legais do livro é a solução tipográfica dos ambigramas góticos dos Illuminati. Pô... tirando o primeiro ambigrama "Illuminati", os outros cinco passam quase despercebidos no filme! Tá... eles aparecem "bem marcados", mas não dá tempo de ver a arte do ambigrama. E ainda mudaram o Diamante Illuminati dos quatro elementos pelas chaves do brasão papal! Achei um gafe... uma gafe bem amarrada no filme... mas uma gafe! Por isso, coloco aqui os ambigramas!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Reboot / Restart
Você já parou e percebeu que você poderia (gostaria de) ser diferente do que você é hoje, mas para isso teria que nascer de novo? Não são apenas arrependimentos por decisões tomadas no passado ou questinamentos estético-genéticos. São abatidos desejos de um futuro pessoal melhor.
Melhor? Ou apenas diferente? Essas respostas ninguém pode dar. Mas podemos nos responder o que queremos de nossas vidas. Afinal:
Descubram seus desejos, mas não os chame de sonhos. Sonhos são intangíveis e, muitas vezes, inatingíveis. Desejos são saciáveis. Lembremos de nossa finitude sem amargura, considerando que nosso tempo é o presente. É nele que construímos nossa identidade e deixamos nossa marca.
Melhor? Ou apenas diferente? Essas respostas ninguém pode dar. Mas podemos nos responder o que queremos de nossas vidas. Afinal:
- Você sabe o que você quer?
- Se você sabe, você já conseguiu?
- Se conseguiu, está satisfeito? Quer algo mais?
- Se não conseguiu, como irá conseguir?
- Irá desisitir e viver dos arrependimentos, questionamentos e desejos? Ou vai pensar numa forma de conseguir?
Embora ninguém possa voltar a atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.Questiono minhas decisões ininterruptamente e em muitas vezes chego a solução que só voltando atrás. Mas, logo em seguida, penso que obstáculos e caminhos tortuosos podem ser maneiras difíceis porém mais enriquecedoras de se chegar ao fim. Portanto, – como dizia meu mestre de capoeira, Tubarão – cada tropeço que dou, caio pra frente. Vivo numa eterna busca dos meus reais e próprios desejos. Tudo que observo, interfere. Tudo que vivo, transforma. Sou líquido, mas todo líquido possui uma constituição. É nessa essência que me silencio e trago à tona o melhor para desejar o melhor.
Descubram seus desejos, mas não os chame de sonhos. Sonhos são intangíveis e, muitas vezes, inatingíveis. Desejos são saciáveis. Lembremos de nossa finitude sem amargura, considerando que nosso tempo é o presente. É nele que construímos nossa identidade e deixamos nossa marca.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Líquidos líquidos
Minha gente... vejam essas duas ações impressionantes que provam que o mundo É líquido.
Alguém aqui conseguiria imaginar a Coca-Cola mudando sua marca de alguma forma? Deixando de ser vermelha e se tornando AZUL??? Pois é... isso está acontecendo!!! Depois daquela ação do McDonald's que me surpreendeu, a Coca-Cola resolveu inovar em Parintins! Isso mesmo.. aqui no Brasil!!!
Então... lá em Parintins acontece a famosa "batalha carnavalesca" entre o Boi Garantido e o Boi Caprichoso. Os participantes do Garantido utilizam a cor vermelha e os do Caprichoso, a cor azul. A rivalidade é tão grande que a galera do Caprichoso só toma Pepsi por causa embalagem azul!!! Acreditem se quiser... a Coca-Cola Brasil percebeu isso e – com autorização da matriz americana – resolveu lançar latinhas azuis na época do festival para aumentar suas vendas!
E a Absolut também. Com uma identidade clara, a vodca sueca Absolut sempre mostrou em suas campanhas e em suas belíssimas garrafas sua capacidade de mudar.
Agora ela lançará uma edição limitada "Absolut No Label" para a campanha "Um mundo sem rótulos". A garrafa vem sem rótulos e etiquetas, mas terá um adesivo removível com o nome da edição, além de um pequeno triângulo com as cores do arco-íris. O objetivo deste lançamento é apoiar as pessoas que passam a vida inteira sendo rotuladas, sinalizando todo o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. O manifesto diz que o que realmente importa não é a “embalagem”, mas sim o conteúdo de cada um.
Essas iniciativas mostram que hoje, por mais que queiramos manter uma identidade visual rígida, muitas vezes a globalização quebra paradoxos de empresas centenárias. É Bauman na cabeça!
Valeu Com Limão e Vida Ordinária!
Alguém aqui conseguiria imaginar a Coca-Cola mudando sua marca de alguma forma? Deixando de ser vermelha e se tornando AZUL??? Pois é... isso está acontecendo!!! Depois daquela ação do McDonald's que me surpreendeu, a Coca-Cola resolveu inovar em Parintins! Isso mesmo.. aqui no Brasil!!!
Então... lá em Parintins acontece a famosa "batalha carnavalesca" entre o Boi Garantido e o Boi Caprichoso. Os participantes do Garantido utilizam a cor vermelha e os do Caprichoso, a cor azul. A rivalidade é tão grande que a galera do Caprichoso só toma Pepsi por causa embalagem azul!!! Acreditem se quiser... a Coca-Cola Brasil percebeu isso e – com autorização da matriz americana – resolveu lançar latinhas azuis na época do festival para aumentar suas vendas!
E a Absolut também. Com uma identidade clara, a vodca sueca Absolut sempre mostrou em suas campanhas e em suas belíssimas garrafas sua capacidade de mudar.
Agora ela lançará uma edição limitada "Absolut No Label" para a campanha "Um mundo sem rótulos". A garrafa vem sem rótulos e etiquetas, mas terá um adesivo removível com o nome da edição, além de um pequeno triângulo com as cores do arco-íris. O objetivo deste lançamento é apoiar as pessoas que passam a vida inteira sendo rotuladas, sinalizando todo o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. O manifesto diz que o que realmente importa não é a “embalagem”, mas sim o conteúdo de cada um.
Essas iniciativas mostram que hoje, por mais que queiramos manter uma identidade visual rígida, muitas vezes a globalização quebra paradoxos de empresas centenárias. É Bauman na cabeça!
Valeu Com Limão e Vida Ordinária!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Kyr Royal Black Label: perfect naming!
Pensei em "Milico", por ser um Mille... mas esse papo de militar não é muito a minha praia. Por causa da cor oficial – Preto Vulcano –, pensei em "Spock" (ou vocês não sabem que o orelhudo de Star Trek é um vulcano?) ou até mesmo deixar no "Vulcano".
Mas resolvi pesquisar o KYR que está na placa e que não deixa de ser o nome do veículo. Todos sabem que kyr é o nome daquela bebidinha feita de licor de cassis e vinho branco. Se for com espumante ou champagne, vira Kyr Royal. Mas tem outros significados: kiloannum (medida geológica equivalente a um milênio, abreviatura de "kilo" + "year") e abreviatura da OTAN para Quirguistão (Kyrgyzstan).
Escolhi – é claro – o nome da bebida "real", com muito champagne pra comemorar todas as novidades dos últimos tempos. Adicionei o róulo "black label" para dar aquela importância aos muitos anos que virão (olha o milênio aí gente!) e também para referenciar a cor o carro.
Então, foi batizada a aquisição: Kyr Royal Black Label, o novo e internacional Chagasmóvel! O resto é história! Lembrando que SE BEBER, NÃO DIRIJA!
Mas resolvi pesquisar o KYR que está na placa e que não deixa de ser o nome do veículo. Todos sabem que kyr é o nome daquela bebidinha feita de licor de cassis e vinho branco. Se for com espumante ou champagne, vira Kyr Royal. Mas tem outros significados: kiloannum (medida geológica equivalente a um milênio, abreviatura de "kilo" + "year") e abreviatura da OTAN para Quirguistão (Kyrgyzstan).
Escolhi – é claro – o nome da bebida "real", com muito champagne pra comemorar todas as novidades dos últimos tempos. Adicionei o róulo "black label" para dar aquela importância aos muitos anos que virão (olha o milênio aí gente!) e também para referenciar a cor o carro.
Então, foi batizada a aquisição: Kyr Royal Black Label, o novo e internacional Chagasmóvel! O resto é história! Lembrando que SE BEBER, NÃO DIRIJA!
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