sábado, 10 de julho de 2010

Bela disputa!

Belo jogo! Bela disputa pelo terceiro lugar! Alemanha saiu na frente, o Uruguai buscou a virada e a Alemanha virou de novo. Uruguai ainda teve nos pés do craque Forlán a chance da partida no último SEGUNDO de jogo com uma falta na entrada da área... mas ele mandou a bola no travessão! E foi um jogo sem faltas grosseiras, com disputas leais, tomadas de bola consicientes, golaço de Forlán... muito bom.

Achei que a Alemanha ia vir sem vontade, até porque colocou um time praticamente reserva. Mas não. Os reservas, inclusive, apresentaram um futebol bem mais ofensivo do que os titulares, nada de ficar esperando contra-ataque rápido. Schweinsteiger tem um futebol diferenciado! Era só ele pegar na bola que você percebia a qualidade. Não é a toa que está concorrendo ao melhor da Copa (mas não deve levar). Özil não foi tão brilhante, mas também é um excelente jogador (e também não leva como o melhor). Até o discreto lateral Boateng resolveu fazer sua melhor partida.

E disse anteriormente que o Uruguai era um time fraco que dependia apenas do Forlán. E ainda acho isso, mas acho que eles fizeram uma grande partida. E tem mais: se Fucile, Lugano e Suarez estivessem presentes no jogo contra Holanda, acredito que teríamos outra história pra contar. Cavani, Pérez, Maxi Pereira e Arévalo Rios juntaram forças aos já citados pra mostrar que queriam o resultado. Só o goleiro não estava muito ligado nisso, porque falhou bisonhamente no segundo gol alemão. Bom... a Celeste não levou, mas acho que eles fizeram muito mais pelo futebol sulamericano e pelo país deles, do que eles mesmo imaginam.

Ah... e Forlán é sério candidato a ganhar o melhor da Copa, afinal, ele carregou a seleção uruguaia nas costas! Messi nem deveria estar na disputa, e Gyan de Gana entregou às quartas para os uruguaios. Só acho que ele pode perder pra Villa da Espanha (por causa da artilharia) ou pra alguém que faça chover no jogo final. Iniesta e Robben podem fazer isso, Xavi também... Sneijder pode tirar um gol da cartola, mas não uma jogada miraculosa. Essa é a minha humilde opinião.

A revelação da Copa ficará entre Giovanni dos Santos (o mexicano que corre com os cabelos do Ronaldinho Gaúcho da Copa de 2002), André Aweya (de Gana) e o alemão Thomas Mueller, que deve ser o dono desse título. Essa também é a minha humilde opinião.

Ps.: E não é que o polvo (e eu!) acertou de novo!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vergonha oficial

Recentemente falei sobre esta horrível e polêmica marca da Copa 2014. E acho que tenho muito pouco a acrescentar do que já falei, principalmente depois dela ter sido oficiaizada. Mas acho necessário corrigir que não foi uma agência francesa que criou a marca e sim a agência África, que teria concorrido com outras 25 agências brasileiras.

Isso mesmo... uma agência de publicidade criou uma marca que foi aprovada por Ivete Sangalo e Gisele Bündchen! Parece que a marca se chamaria "Inspiração". Eu já acho que faltou muita...



Bom... e já que ninguém me lê ou me ouve mesmo, será que alguém lê e ouve Alexandre Wollner? Um dos maiores designers ainda na ativa desse país, responsável pelo fortalecimento do design brasileiro? Afinal... ele disse que marca é uma porcaria e ainda falou o mesmo que eu, quando disse que o problema não é parecer o Chico Xavier, mas sim um rosto envergonhado! Leiam AQUI a entrevista. E de sobra ainda fiquei sabendo que a falta de ética não está somente na escolha dos jurados, mas também na exclusão da ADG (Associação de Designers Gráficos) da coordenação de escolha da marca. Quem fez isso? A Fifa...

Sinceramente... preciso dizer alguma coisa mais sobre a minha profissão?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

JCVD

JCVD significa Jean-Claude Van Damme e é também o nome de um filme dele (2008).

Agora venham com todos os preconceitos sobre ele! Mas, se você tiver a minha idade, homem ou mulher, já deve ter assisitido (ou pelo menos ouvido falar) mais de um filme dele: Grande Dragão Branco (Bloodsport, 1988)? Soldado Universal (Universal soldier, 1992)? Retroceder nunca, render-se jamais (No retreat, no surrender, 1985)? Cyborg - O dragão do Futuro, Timecop, O alvo, Street Fighter, Leão branco, Morte súbita, Legionário, Duplo impacto, Vencer ou morrer, A colônia... O cara faz praticamente de dois a três filmes por ano! Desde 1988! São mais de 20 anos sem parar!

Canastraço, mestre em espacate (abrir as pernas em 180°), Van Damme já veio ao Rio e foi entrevistado pelo Jô duas vezes, onde mostrou ser aqueles caras meio babaquinhas, metido a engraçados, comedores, mas uns bobalhões...



Depois disso tudo, acabei vendo o tal JCVD e me surpreendi. Claro que não é um filme maravilhoso, mas exatamente por causa de todos esses preconceito citados anteriormente, eu jamais esperava ver o Van Damme atuando desse jeito. Dito como autobiográfico (com adaptações) e até sarcástico (vide cartaz ao lado), Van Damme volta para a Bélgica para enfrentar sua maré de azar: decadência hollywoodiana, perda da guarda da filha e sem dinheiro. No entanto, na sua terra natal, ele é um ídolo. A trama se desenvolve a partir de um assalto ao correio e, de início, não se sabe se Van Damme é o não é o mandante do crime. Até a cidade fica na dúvida se vai contra ou se fica do lado de seu ídolo.


Em um certo momento metalingüístico do filme, Van Damme é alçado e começa a conversar com a câmera sobre sua vida. Esse é o tal momento autobiográfico e que realmente impressiona. Todo mundo espera um chute que vai acabar com o vilão, mas isso só acontece na mente dele. Na vida real, é bem diferente. Ao resumir em poucos minutos sua carreira, os preconceitos caem. Claro que isso não significa que você irá ver os quase 40 filmes dele numa maratona cinematográfica suicida. Mas fica aquela impressão de que ele é mal aproveitado e, além disso, canastrão ou não, ele ainda é humano.

Se você quiser escolher um filme dele que não seja de ação para ver, você só tem essa opção. E é bem interessante.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Surpresa - pra mim - na outra semi!

Afinal... o polvo acertou né?

O resultado é surpreendente pela trajetória dos dois times: a Alemanha massacrou Inglaterra e Argentina, enquanto Espanha teve dificuldades pra passar de Portugal e Paraguai. Mas o que mais me surpreendeu foi o jogo como um todo. Talvez porque pela primeira vez eu tenha entendido como funcionavam as duas equipes.

A toda poderosa Alemanha mostrou pra mim que é igual a todas as equipes que jogam contra o Brasil: fica fechadinha atrás, esperando a oportunidade para o contra-ataque rápido. E isso me decepcionou bastante! Fiquei rapidamente repensando os outros jogos e vi que a potência alemã se dava muito mais na fragilidade defensiva dos adversários e - é claro - na velocidade de seus craques. Mas nesse jogo de semi-final todos craques estavam presos na função de marcação e não conseguiam espaços para criar e contra-atacar.

A Espanha vinha me frustrando pela espectativa de um futebol bonito que parecia sem objetividade, que ficava pra lá e pra cá até achar uma brecha. E as brechas apareciam (menos contra a Suíça). Uma delas apareceu nesse jogo, na cabeça do mediano zagueiro Puyol, que soube fazer sua função perfeitamente (ao invés de ficar subindo na hora errada, como certos zagueiros). Os espanhóis funcionam como aqueles predadores que ficam brincando com a comida até a hora de devorá-la.

Com isso, acho que o Uruguai vai pegar uma Alemanha deprimida, que acreditava no título e sairá de mãos vazias. A Celeste não tinha nada a perder e já fez muito. Tudo é lucro e já avisaram que vão pra cima porque querem ganhar esse terceiro lugar. E é exatamente isso que a Alemanha gosta: um time fraco que se abre para o ataque. Gostaria de uma vitória uruguaia, mas acho que os alemães vão levar.

E a final se define com duas seleções européias que disputam um título inédito.. ou seja... será SENSACIONAL! As laranjas invictas contra a fúria campeã da Europa! Em algum momento do jogo, a vontade das seleções deve ultrapassar táticas e habilidades e, isso, não se mensura (só o polvo!). Tentando prever algo, me dei conta que a Holanda joga bem parecido com a Alemanha, confiando nas habilidades de Robben e Sneijder mas sem a mesma velocidade. Por isso, antevejo um jogo parecido com o de hoje: Espanha no ataque e Holanda na defesa, aguardando a oportunidade de um contra-ataque mortal. Os espanhóis só precisam rever o jogo contra o Brasil pra ver o que NÃO fazer contra os holandeses. No entanto, continuo achando imprevisível o resultado. Mas aposto numa diferença de gols pequena, um placar baixo... tipo 1 a 0 ou 2 a 1. Só não sei pra quem (o polvo sabe!).

terça-feira, 6 de julho de 2010

Excelente equilíbrio na primeira semi-final!

Eu juro que eu estava torcendo para o Uruguai. Preferia me vingar da recente desclassificação ao invés do Maracanazo. Sou sulamericano, pô! Mas, desde o início, eu estava com o mesmo sentimento que tinha no jogo do Brasil: nao vai dar pra passar da Holanda, a não ser que seja o dia iluminado da celeste. Não havia sido o do Brasil e também não foi o do Uruguai.

O primeiro tempo veio com uma Holanda mostrando que ia levar, mas jogando um futebol mediano, contra um Uruguai que tinha todas as estatísticas negativas e muita vontade. Só que um petardo do meio campo de Van Bronckhorst pegou todo mundo de surpresa. Um golaço pra abrir o placar! Mas, quem tem Forlán, também sabe chutar de fora da área. E o cara parece conhecer todos os efeitos da Jabulani. Mais um petardo, mais um golaço e o empate.

No segundo tempo, o jogo ficou ainda melhor. Lá e cá! Um Uruguai mais perigoso por causa de uma modificação errada do técnico holandês e os goleiros trabalhando bastante para manter o empate. Mas aí vem o Sneijder... isso... aquele mesmo que detonou o Brasil... e desta vez acabou com o sonho celeste. Acabou mesmo, porque desestruturou todo o time uruguaio e deu espaço para o terceiro gol laranja. A Holanda veio pra cima querendo o quarto e o quinto gol, mas o time uruguai se recuperou do baque e mostrou que garra não ia faltar. No abafa dos acréscimos finais, um gol celeste pra botar fogo no jogo. Não foi o suficiente, só para mostrar que o jogo foi equilibrado e muito bom.

Uruguai chegará para a disputa do terceiro lugar com muitas chances, creio eu. Forlán merece. Muito.

Se a Holanda jogar o futebol de hoje e do primeiro tempo contra o Brasil, vai ter que esperar mais quatro anos pra tentar de novo. Sei que os laranjas estão invictos desde 2008, mas, se pegarem a Alemanha, acho que teremos um novo tetracampeão mundial e a quebra dessa invencibilidade. Se pegar a Espanha, fica imprevisível... os dois andam jogando um futebol muito irregular. Serão os invictos contra os campeões da Eurocopa. Ou seja... só jogão!

Ah... e, pela primeira vez, uma seleção européia irá ganhar a Copa do Mundo fora de seu continente. Só o Brasil fez isso! HA!