quinta-feira, 8 de julho de 2010

JCVD

JCVD significa Jean-Claude Van Damme e é também o nome de um filme dele (2008).

Agora venham com todos os preconceitos sobre ele! Mas, se você tiver a minha idade, homem ou mulher, já deve ter assisitido (ou pelo menos ouvido falar) mais de um filme dele: Grande Dragão Branco (Bloodsport, 1988)? Soldado Universal (Universal soldier, 1992)? Retroceder nunca, render-se jamais (No retreat, no surrender, 1985)? Cyborg - O dragão do Futuro, Timecop, O alvo, Street Fighter, Leão branco, Morte súbita, Legionário, Duplo impacto, Vencer ou morrer, A colônia... O cara faz praticamente de dois a três filmes por ano! Desde 1988! São mais de 20 anos sem parar!

Canastraço, mestre em espacate (abrir as pernas em 180°), Van Damme já veio ao Rio e foi entrevistado pelo Jô duas vezes, onde mostrou ser aqueles caras meio babaquinhas, metido a engraçados, comedores, mas uns bobalhões...



Depois disso tudo, acabei vendo o tal JCVD e me surpreendi. Claro que não é um filme maravilhoso, mas exatamente por causa de todos esses preconceito citados anteriormente, eu jamais esperava ver o Van Damme atuando desse jeito. Dito como autobiográfico (com adaptações) e até sarcástico (vide cartaz ao lado), Van Damme volta para a Bélgica para enfrentar sua maré de azar: decadência hollywoodiana, perda da guarda da filha e sem dinheiro. No entanto, na sua terra natal, ele é um ídolo. A trama se desenvolve a partir de um assalto ao correio e, de início, não se sabe se Van Damme é o não é o mandante do crime. Até a cidade fica na dúvida se vai contra ou se fica do lado de seu ídolo.


Em um certo momento metalingüístico do filme, Van Damme é alçado e começa a conversar com a câmera sobre sua vida. Esse é o tal momento autobiográfico e que realmente impressiona. Todo mundo espera um chute que vai acabar com o vilão, mas isso só acontece na mente dele. Na vida real, é bem diferente. Ao resumir em poucos minutos sua carreira, os preconceitos caem. Claro que isso não significa que você irá ver os quase 40 filmes dele numa maratona cinematográfica suicida. Mas fica aquela impressão de que ele é mal aproveitado e, além disso, canastrão ou não, ele ainda é humano.

Se você quiser escolher um filme dele que não seja de ação para ver, você só tem essa opção. E é bem interessante.

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