
Mas da vídeoinstalação, ainda me encontro perdido, dividido entre curtas experimentais e videoclipes, como se estivesse assistindo a comerciais da MTV. O próprio termo "videoinstalação" - que é utilizado nos press releases do evento - já me deixa confuso, pois da palavra "instalação" eu espero ambientação. Espero que o ambiente/obra me afete e leve para a intenção do artista. Projetar vídeos em salas escuras é "instalação"? Então, o AnimaMundi é uma grande instalação?
Dessa forma, me dei a oportunidade de ir à vernissage da exposição Vide-Espontâneo, com curadoria da doce Isabel Portella. Dez artistas apresentam trabalhos bem curtos, divididos em duas projeções na sala (por isso acho "vídeo-arte" um termo mais apropriado aqui), onde refletem sobre a espontaneidade e transitoriedade do cotidiano. Em momentos, você pode ficar parado se perguntando o porquê de estar assistindo um ônibus lotar ou espiando pelo olho mágico. Em outros você, é surprendido pelos grafismos de um ensaio fotográfico em movimento ou por um balão prateado.
No meu parco conhecimento, destaco Ensaio: 2 torres (a gravação da edição aúdio-visual em computador de Simone Michelin) e Teaser drum (o registro de uma performance de Franklin Cassaro com seu "abrigo bioconcreto"). Essa exposição fica até 25 deste mês no OiFuturo Flamengo, junto com a videoinstalação iCandomblé, de João Velho (nem aqui a palavra "instalação" me convence muito, mas entendo melhor).
Acho válido conhecer, pelo menos para tentar se inteirar dessa nova linguagem artística. Eu repito: tenho muito o que aprender.
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