terça-feira, 29 de abril de 2008

Superman (1978)

Esqueçam o novo filme do Superman ou qualquer outro que venha por aí. Superman mesmo é Christopher Reeve. O filme 1978 é absolutamente fantástico. Tão fantástico que o filme de 2006 o copia inúmeras vezes: de diálogos inteiros à presença de Brando, da aparição do herói em um acidente de avião ao clímax da kryptonita nas mãos de Lex Luthor, do levantar a terra para parar um terremoto ao levantar uma ilha de kryptonita em direção ao sol.

Reeve é incomparável a Brandon Routh. O ar de ingenuidade cômica que Reeve deu ao personagem é perfeito. Leva-nos a uma época áurea dos quadrinhos. Reeve é tão bom que os efeitos de vôo ganham credibilidade e veracidade. E quem aqui não sofre com o herói que tem poder suficiente pra girar o mundo ao contrário e alterar as leis de espaço-tempo? Reeve É o Superman e ponto final.


Os "Lex Luthors" são de excelentes: Gene Hackman (1978) e Kevin Spacey (2006) dão show. E eles são responsáveis pela diferença de gerações que o filme atinge. Os quadrinhos hoje são muito mais sombrios e, talvez, mais realistas, assim como Spacey. Hackman acompanha Reeve com um tom mais cômico do vilão. Incrível como papéis de vilões de super-heróis em Hollywood ganham protagonistas sensacionais (vide Jack Nicholson e Danny DeVitto no Batmans de Tim Burton de 89 e 92, respectivamente).

Margot Kidder dá um banho na magricela-sem-sal Kate Bosworth. A culpa não é só da péssima atuação de Bosworth, mas o papel de Kidder é muito melhor escrito. Todos sabem o quanto Lois Lane é importante no universo do Superman, e é no início que tudo se consolida. Colocar Lois com outro homem e mãe de um filho do Superman é grotesco! Não há liberdade poética que perdoe (vide o fracasso do Hulk mutante do primeiro filme do gigante esmeralda)!

Os efeitos podem até afastar novos espectadores do filme de 1978, já que o uniforme realmente é visualmente mais bonito e a tecnologia melhora a relação figura/fundo no uso dos efeitos. Mas a caracterização que foi feita de Krypton para contar a origem do Superman é impecável, com incríveis formações cristalinas e vestimentas das castas. E nada daquilo é tela verde pra ser cortada depois: é tudo cenário! É um programão.


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SUPERMAN (1978)
Forget the new Superman movie or any other. The real Superman is Christopher Reeve. The 1978 movie is absolutely fantastic. So fantastic that the 2006 film copies it many times: from whole dialogues to Brando's presence, from the appearance of the hero in an airplane accident to the climax of kryptonita in the hands of Lex Luthor, from lifting the earth up to stop an earthquake to raise a isle of kryptonita toward the sun. Reeve is incomparable to Brandon Routh. The air of comic ingenuity that Reeve gave to the character is perfect. It takes us to a golden era of comics. Reeve is so good that the flight effects gain credibility and veracity. And who does not suffer with him, the man who has enough power to get the world turn over and change the laws of space-time? Reeve is Superman and that is it. The "Lex Luthors" are excellent: Gene Hackman (1978) and Kevin Spacey (2006) are awesome. And they are responsible for the difference in generations that the film reaches. The comics today are much more gloomy, and perhaps more realistic, as Spacey. Hackman went with Reeve using a comic tome for the villain. It's stunning how villains roles in Hollywood are made by sensational artists (see Jack Nicholson and Danny DeVitto in Tim Burton 89 and 92's Batmans). Margot Kidder come over the skinny-boring Kate Bosworth. The fault isn't only the bad performance of Bosworth, but the role of Kidder is much better written. Everyone knows how important Lois Lane is in the Superman universe, and is in the beginning that everything is consolidated. But put Lois with another man and mother of a Superman's child is grotesque! No poetic freedom forgives that (see the failure of the mutant Hulk of the first film of giant emerald)! The effects may even avert new viewers of 1978 film, as the uniform is really more visually beautiful and technology improves the figure/background relationship in the use of effects. But the characterization that was made from Krypton to tell the origin of Superman is impeccable, with incredible crystal formations and varieties of garments. And nothing is green screen to be cut later: everything is setting! What a show!

2 comentários:

Anônimo disse...

post impresionante. Realmente disfruté la lectura de su blog.

fichagas disse...

gracias!!