quarta-feira, 19 de março de 2008

"Felicidade não se compra, mas se herda"

Esse foi o título de uma matéria que saiu no jornal O Globo (16/3). Vou colocar aqui alguns tópicos pra refletirmos sobre a "infeliz" tentativa de "concretizar" o abstrato:


  • Em entrevista, uma pesquisadora americana diz que a felicidade é mensurável. Na mesma entrevista ela diz que a noção de felicidade é diferente para cada um, mas que a busca pela felicidade é universal. Tá... então como se mede uma coisa que é diferente pra cada um? Sei...
  • Bom... o maior objetivo da matéria é apresentar os fatos científicos que provam que a felicidade é genética, ou seja, existem genes que determinam em até 50% o grau de felicidade em cada um de nós (10% seriam os desejos realizados e 40% as posturas tomadas).
  • Diz que dinheiro, carreira e casamento não garantem felicidade, mas momentos passageiros de alegria... ou seja... falaram o óbvio.
  • Completa dizendo que pessoas mais sociáveis, ativas, estáveis, trabalhadoras e consciensiosas tendem a ser mais felizes... DÃÃÃÃÃÃÃÃ!
  • Aí vieram com um papo de "adaptação hedonística" que nada mais é do que a insatisfação intrínseca do ser humano que faz ele se satisfazer rápido e desejar outra coisa assim que realiza uma conquista. Mais obviedade... aliás... ainda bem que somos "hedonisticamente adaptados" ou seríamos um bando de conformados com o que temos e não sairíamos em busca de mais nada.
  • O estudo foi feito em gêmeos univitelinos e bivitelinos... Eu não sou gêmeo. Como é que fica?
É muito válido lembrar que uma dessas pesquisas recebeu 1 milhão de dólares para chegar a essas conclusões. E ainda vai receber mais dinheiro para tentar entender porque os tais momentos passageiros de alegria tem durações diferenciadas.

Será que alguém entende realmente de biologia e leu os estudos evolucionistas? Aqueles que dizem que por sermos diferentes temos mais chances de sobreviver? Isso é o básico. Se formos complicar com as variáveis de constituição social e cultural que a humanidade possui, acho que vou preferir comprar a felicidade ao invés de medi-la através dos genes que divido com meu doppelgänger...

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YOU CAN'T BUY HAPINNESS, BUT YOU CAN HERD IT
That was the title of an article. Here the highlights to reflect:
  • An interview with an American researcher says that we can measure hapiness. For her, the awareness of hapiness is different for each one of us, but the search for hapiness is universal. Ok... so... how can we measure something that is different for each one of us? I see...
  • Then... the article aims to use scientific facts to proves that some gens are responsible for 50% of our hapiness (10% would be realized dreams and 40% would be taken attitude).
  • It says that money, career and marriage not garantee hapiness, but short moments of joy... mmmm... obvious, right?
  • The it says that sociable, active, stable, working conscient people have a tendeny to be happy... DÃÃÃÃÃÃÃÃÃ!
  • The study was made in twins. I am not a twin. Then what?
And I have to say that the study received 1 million dollars to get those conclusions. It will receive more to discover why short moments of joy are short... Does anyone there really understand a little o biology or read and evolucionary study? The basic usually says that humanity has more chance to survive because it has lots of differences among its individuals. And the social and cultural variables? Well... I prefer to BUY hapinees than measure it with my doppelgänger's gens...

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